Geral
Mais de 130 cidades passaram nove meses em situação de seca desde o início da crise
O Brasil enfrenta uma das secas mais severas de sua história, que já se estende por 18 meses. Iniciada em junho de 2023, a estiagem tem causado impactos devastadores no país, com rios secos, comunidades isoladas e prejuízos bilionários. Segundo especialistas, ainda não há previsão de alívio para essa crise climática.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), obtidos com exclusividade pelo g1, mostram que mais de 130 cidades brasileiras enfrentaram ao menos nove meses consecutivos de seca durante esse período.
A origem e os agravantes da crise
A intensidade da seca está associada a fenômenos naturais, como o El Niño, mas também a ações humanas que agravam o cenário, incluindo desmatamento, mudanças climáticas e uso ilegal do fogo. Estes fatores combinados ampliaram a extensão da estiagem, que afetou mais de 5 milhões de km² – cerca de 59% do território brasileiro, um recorde histórico.
Diferentes impactos em um país continental
Embora a seca atinja o Brasil como um todo, as regiões enfrentam a crise de forma desigual. As dimensões continentais do país e as variações climáticas explicam essas diferenças.
O levantamento do Cemaden revelou que 137 cidades passaram mais da metade do período de crise – nove meses – sob estresse hídrico severo. A cidade de Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas, enfrentou o pior cenário, com 14 meses de estiagem ininterrupta.
Mais de 50% do território nacional registrou pelo menos 30 dias consecutivos de seca, com graus variados de intensidade.
Impactos sociais e econômicos
A seca já afeta 2,8 milhões de pessoas, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Comunidades inteiras estão isoladas, sem acesso a serviços básicos. O cenário de calamidade inclui fome, rios secos e prejuízos bilionários, especialmente para a agricultura e pecuária, pilares da economia nacional.
No Amapá, alunos de uma escola pública foram obrigados a caminhar por mais de uma hora sobre lama para chegar às aulas, onde antes havia um rio. Já no Amazonas, as populações ribeirinhas ficaram vulneráveis, sem água e sem condições para a pesca, sua principal fonte de sustento.
Além disso, o uso ilegal do fogo agravou ainda mais o quadro. A estiagem prolongada impediu que as chuvas ajudassem a conter os incêndios, e uma densa nuvem de fumaça cobriu cerca de 5 milhões de km² – quase 60% do território nacional. Biomas como Amazônia, Pantanal e Cerrado sofreram queimadas que extrapolaram os períodos típicos, deixando até mesmo o Pará coberto de fumaça em dezembro.
O prejuízo econômico é alarmante: somente nos estados mais afetados, as perdas já somam R$ 2 bilhões, de acordo com a CNM. O valor, entretanto, é subestimado, pois não inclui todas as regiões atingidas.
Por que a seca varia de uma região para outra?
Os impactos da seca diferem entre regiões devido à combinação de fatores climáticos:
- El Niño: O fenômeno aquece o Oceano Pacífico, alterando os padrões de chuva e causando seca severa, especialmente no Norte.
- Bloqueios atmosféricos: Barreiras que impedem o avanço de frentes frias reduziram significativamente as chuvas no Centro e Sudeste do Brasil.
- Aquecimento do Atlântico Tropical Norte: Temperaturas acima da média no Atlântico contribuíram para mudanças nos padrões de precipitação em todo o país.
De acordo com o pesquisador Luiz Marcelo Zeri, do Cemaden, a combinação desses fatores intensificou a estiagem e espalhou seus efeitos pelo território nacional.
O que esperar para os próximos meses?
A expectativa de alívio com o início da estação chuvosa em outubro não se concretizou. A La Niña, que poderia trazer mais chuvas, não se manifestou de forma significativa e, caso ocorra, será mais fraca e tardia.
Segundo Zeri, mesmo com chuvas na média, o déficit hídrico acumulado em 18 meses é tão grande que será necessário um longo período de precipitações acima do normal para que as cidades comecem a se recuperar.
Com a chegada do verão, o cenário pode piorar. Altas temperaturas intensificam a evapotranspiração – perda de água do solo e dos rios – agravando ainda mais a seca. Previsões indicam que a estiagem continuará severa ao menos até março, especialmente na região central do Brasil.
A seca em números
- 130 cidades: enfrentaram mais de 9 meses consecutivos de seca.
- 59% do território: afetado pela estiagem, equivalente a 5 milhões de km².
- 2,8 milhões de pessoas: diretamente impactadas.
- R$ 2 bilhões: prejuízo econômico estimado (subestimado).
A crise hídrica que atinge o Brasil é uma das mais graves de sua história recente. Mais do que um problema climático, é um alerta para a urgência de ações efetivas contra o desmatamento, o uso ilegal do fogo e a adaptação às mudanças climáticas. A recuperação do país será longa e dependerá de planejamento estratégico e compromisso com a sustentabilidade.
Fonte: G1
Curiosidades
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Geral
Mais de 70 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2024 no RS
A Polícia Civil gaúcha divulgou, nesta terça-feira (21), o Mapa dos Feminicídios referente ao ano de 2024. O documento demonstra a realidade dos números envolvendo feminicídios no Rio Grande do Sul durante todo o ano passado, quando 72 casos de feminicídios consumados foram registrados no RS. Comparando esse dado com o ano de 2023, houve redução de 15% nos casos.
O Mapa ainda demonstra que 72% dos agressores foram presos ou apreendidos. Até 31 de dezembro de 2024, 79% dos Inquéritos Policiais foram remetidos ao Poder Judiciário. Os registros de feminicídios consumados em 2024 foram registrados em 50 municípios gaúchos, enquanto que em 2023 foram 62 municípios que tiveram registro desse tipo de crime.
Os dados do Mapa de Feminicídios são oriundos do Observatório de Violência Doméstica da Secretaria Estadual da Segurança Pública, compilados e analisados pela Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis.
A criação de Salas das Margaridas é uma das ações que visa atenuar a taxa de feminicídios. As Salas das Margaridas são espaços especializados no acolhimento de vítimas de violência doméstica, familiar e de gênero por meio de um ambiente amplo, reservado e equipado com policiais capacitados para o atendimento às vítimas, sendo instaladas em Delegacias de Polícia que não são especializadas e são, atualmente, uma das principais políticas públicas da Instituição pelo fim da violência contra a mulher.
A Polícia Civil ainda conta com estratégias tecnológicas a fim de combater esse tipo de violência. Exemplo disso é a Delegacia Online da Mulher. Disponível desde o final de 2022, a DOL Mulher é uma página exclusiva para tratar da violência doméstica e de gênero contra a mulher, hospedada dentro do site da Delegacia Online. Esse serviço pode ser acessado 24 horas por dia, de qualquer tipo de dispositivo, como celulares, tablets e computadores.
O Estado do Rio Grande do Sul também é pioneiro na implementação de monitoramento eletrônico de agressores, que fazem uso de tornozeleiras eletrônicas para evitar a aproximação das vítimas amparadas por Medidas Protetivas de Urgência. Nesse programa, as mulheres recebem um aparelho telefônico através do qual recebem informações caso o agressor se aproxime. Dessa forma, as mulheres podem realizar contato diretamente com a central de monitoramento.
Fonte: O Sul
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Cuidados com a alimentação dos pets no verão: veja como adaptar hábitos para o calor
Durante os dias quentes de verão, é fundamental redobrar a atenção aos hábitos alimentares dos pets para garantir que eles permaneçam saudáveis diante das altas temperaturas. Além dos cuidados básicos, como evitar passeios nos horários de pico de sol e manter os animais sempre hidratados, a alimentação também desempenha um papel crucial em mantê-los frescos e confortáveis. Para isso, ajustes na dieta, aliados a um ambiente adequado, são essenciais para assegurar o bem-estar dos pets durante a estação mais quente do ano.
Segundo Tainá Simonetti, médica veterinária e proprietária da Capanna Pet Care, a forma como o alimento é disposto para o animal é indispensável para garantir a qualidade dos elementos nutritivos. “O ideal é não deixar a comida ou a ração exposta o dia inteiro, porque os nutrientes se perdem com o contato ao sol. Além disso, o calor atrai moscas e outros insetos, que podem contaminar o alimento”, explica a especialista.
Para incrementar a dieta dos animais, frutas refrigeradas surgem como uma alternativa saborosa, refrescante e nutritiva para os peludinhos: “Banana, maçã sem sementes, morangos e mamão são ótimas opções para o cuidado alimentar dos pets”, recomenda Tainá. Em adição, picolés caseiros feitos com ingredientes da fruta também são uma excelente maneira de proporcionar frescor e hidratação durante o verão, além de tornar a dieta mais divertida e prazerosa.
Confira as dicas:
Hidratação constante: O calor pode levar à desidratação, por isso é fundamental garantir que o pet tenha sempre água fresca e limpa disponível. Oferecer água gelada pode ser uma boa opção, especialmente para cães e gatos mais ativos.
Evitar alimentos pesados: Durante o verão, os pets podem ter menos apetite devido ao calor. Oferecer alimentos leves e mais refrescantes, como ração úmida, pode ser uma boa alternativa.
Comida fresca e natural: É indicado incluir alimentos naturais, como frutas (melancia, maçã, banana) ou legumes (cenoura, pepino), mas sempre com moderação e cuidado para garantir que não sejam tóxicos para o animal (uvas e cebola são proibidos para cachorro, enquanto abacate e laranja são para gatos).
Refeições menores e mais frequentes: No verão, é aconselhável dividir as refeições em porções menores e mais frequentes ao longo do dia, em vez de oferecer uma refeição grande. Isso pode ajudar a evitar desconfortos digestivos.
Monitoramento da saúde: Fique atento ao comportamento do seu pet. Se ele mostrar sinais de desconforto, como falta de apetite, letargia ou vômito, é importante procurar orientação veterinária.
Fonte: O Sul.
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