Maior seca em décadas pode causar onda de reajustes de preços e acelerar inflação
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Maior seca em décadas pode causar onda de reajustes de preços e acelerar inflação

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Foto: Thomaz Vita Neto/Estadão

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A maior seca dos últimos 70 anos, agravada por queimadas, gerou um alerta sobre o risco de uma nova onda de pressão inflacionária no Brasil. A falta de água pode impactar o custo de vida dos brasileiros ao afetar a produção de alimentos básicos, combustíveis renováveis como o etanol, a logística dos eletroeletrônicos e o preço da energia elétrica.

Esse cenário complica ainda mais a tarefa do Banco Central de controlar a inflação em um ambiente já desafiador. Com o desemprego em queda (6,8% no trimestre encerrado em julho) e o aumento da renda dos trabalhadores, o consumo das famílias está aquecido. Isso torna os consumidores mais receptivos a reajustes de preços, especialmente no setor de serviços. Além disso, a recente desvalorização do real frente ao dólar tem elevado os custos, pressionando especialmente os preços de produtos industrializados e importados.

A estiagem prolongada, que já dura mais de cem dias em algumas regiões, deve elevar ainda mais os preços do açúcar, café e laranja, que já estão em alta. O etanol, derivado da cana-de-açúcar, também pode ter seu preço impulsionado durante a entressafra.

Nos últimos 12 meses até agosto, o preço do açúcar refinado subiu 6,31% no varejo, a laranja-pera aumentou 47,56%, o café subiu 16,64% e o etanol, 10,05%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE. No mesmo período, a inflação geral medida pelo mesmo indicador foi de 4,24%.

Os efeitos da estiagem nos preços dos alimentos e na tarifa de energia elétrica, somados à demanda aquecida e à desvalorização do real, levaram economistas a revisar para cima as projeções de inflação para este ano e a ajustar as expectativas para o IPCA de 2025. Além disso, esse cenário sugere a necessidade de um novo ciclo de aumento dos juros básicos da economia a partir deste mês para conter as pressões inflacionárias.

Cana: queimadas e estiagem Ainda não há dados atualizados do governo sobre os danos causados pela falta de chuvas e queimadas ao agronegócio, especialmente nas culturas perenes como café, laranja e cana. No entanto, a Organização das Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) informa que 100 mil hectares de cana foram queimados nas últimas duas semanas até 4 de setembro, principalmente em São Paulo, com um prejuízo estimado em R$ 800 milhões.

José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, ressalta que a cana só conseguirá rebrotar quando as chuvas retornarem. “O clima seco e a falta de chuvas podem impactar a safra futura, mas ainda é cedo para previsões precisas.”

A consultoria Datagro estima que a safra de cana 2024/25, após incêndios e seca, será de 593 milhões de toneladas, menor do que a projeção inicial de 602 milhões de toneladas. “Recentemente, tivemos produções menores do que a safra atual, mas a safra atual poderia ter sido melhor,” comenta Bruno Wanderlei de Freitas, economista e sócio da consultoria.

A seca e os incêndios já influenciaram os preços do açúcar no mercado internacional, que subiram cerca de 5% nas últimas três semanas. Apesar de não haver escassez de açúcar, a produção brasileira de 39,3 milhões de toneladas é 7,3% menor do que no ano passado. Freitas prevê que o preço do açúcar para o consumidor não deve cair.

A mesma tendência deve ocorrer com o etanol, cujas cotações devem continuar firmes com tendência de alta. Devido às queimadas, a entressafra pode ser prolongada, com usinas possivelmente encerrando a moagem da cana em outubro e retomando apenas em março ou abril. “O preço do etanol pode perder competitividade nesse período,” afirma Freitas.

Laranja: menor safra em 35 anos A seca também afeta os pomares de laranja, que já lidavam com a doença do greening. “Algumas regiões enfrentam estiagem desde o final de março,” diz Carlos Lucatto, presidente da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM).

Em maio, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) projetava uma safra de 232,38 milhões de caixas (40,8 quilos) para 2024/25. No entanto, devido à estiagem, reduziu a expectativa para 215,78 milhões de caixas, o que representa uma queda de quase 30% em relação ao ano anterior e a menor safra em 35 anos.

A escassez fez o preço da laranja in natura disparar. A caixa (40,8 quilos) que custava R$ 50 no ano passado agora chega a R$ 120. A indústria está comprando a produção da fruta destinada à mesa, sustentando o preço interno.

No mercado internacional, o suco de laranja concentrado e congelado também subiu, passando de cerca de US$ 2 mil a tonelada para mais de US$ 6 mil, devido à falta de fruta no Brasil e na Flórida (EUA), dois grandes produtores.

Antonio Carlos Simonetti, um citricultor de quarta geração, alerta que a estiagem é mais preocupante do que a doença do greening, pois a falta de umidade prejudica a produção. Mesmo que a planta esteja doente, a umidade ajuda a manter alguma produção. A última boa chuva na sua área foi em março, e a seca tem impactado severamente a produção. Simonetti estima que colherá 200 mil caixas este ano, metade do que obteve no ano passado.

Café: seca e menor produção A seca também afeta a cafeicultura. A última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em maio, previa uma produção de 58,81 milhões de sacas para 2024, 6,8% maior do que a de 2023. No entanto, devido a ondas de calor e falta de chuvas desde então, Renato Garcia Ribeiro, pesquisador do Cepea, acredita que a colheita foi menor do que o esperado.

Ribeiro está preocupado com a safra de 2025, que pode ser prejudicada pela baixa produção do café neste ano e pela falta de chuvas durante a florada. “Essa é uma grande preocupação no momento,” afirma.

Os preços também foram afetados. A seca no Brasil e no Vietnã, grandes produtores de café, fez o preço do café robusta subir 119,7% e o do café arábica 85,2% desde o terceiro trimestre do ano passado até o início deste mês. Celírio Inácio, da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), destaca que o mercado de café tem enfrentado problemas climáticos variados nos últimos anos. A combinação de queimadas e a perspectiva de clima seco nos próximos meses gera incerteza e eleva os preços.

Reflexo na safra de grãos A seca também pode afetar as lavouras anuais como soja e milho, embora ainda haja especulações sobre o impacto real. A próxima safra de grãos, que é a mais volumosa, começa a ser semeada no Centro-Sul do País a partir de meados de setembro, quando termina o período de vazio sanitário e as chuvas geralmente começam.

No entanto, a meteorologista da Climatempo, Dayane Figueiredo, prevê que setembro será marcado por chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, com chuvas começando apenas no final do mês. “A falta de chuvas pode atrasar os cultivos, especialmente de soja,” alerta. Se essa previsão se confirmar, o risco de queda na produtividade dos grãos da safra de verão aumenta.

Fonte: Estadão

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Pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano

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As mulheres que fazem sexo menos de uma vez por semana podem ter mais probabilidade de morrer cedo do que aquelas que se envolvem em relações sexuais com maior frequência, é o que sugere um novo estudo feito nos Estados Unidos. Além disso, os pesquisadores também notaram que o sexo mais frequente reduz as chances de morte precoce em homens e mulheres com depressão.

No artigo, os autores comentaram que a atividade sexual é importante para a saúde cardiovascular geral dos humanos, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. “Usando as descobertas do nosso estudo, podemos inferir que a atividade sexual pode melhorar a perda de função que pode ocorrer com a idade e a progressão da doença”, disseram os investigadores.

 

A importância da vida sexual

Para chegar a qualquer conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 14.542 indivíduos dos EUA registrados como parte de uma pesquisa nacional de saúde feita entre 2005 e 2010. No total, 2.267 participantes forneceram detalhes sobre suas vidas sexuais, com 94,4% deles afirmando terem relações pelo menos uma vez por mês. Além disso, 38,4% responderam fazer sexo mais de uma vez por semana.

Estudos anteriores já indicavam que os norte-americanos médios faziam sexo 54 vezes por ano — o que se aproxima de uma vez por semana. Então, os pesquisadores decidiram classificar as pessoas entre aquelas com alta e baixa frequência sexual, dependendo se tinham relações acima ou abaixo dessa média.

No geral, mulheres com baixa frequência sexual tinham 1,7 vezes mais probabilidade de morrer por qualquer causa até o final de 2015 do que aquelas com vidas sexuais mais agitadas. Apesar de não encontrar a mesma resposta em homens, os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que a relação sexual parecia ter um efeito direto no impacto da depressão para a saúde de ambos os sexos.

 

Efeitos benéficos

Mesmo após ajustar fatores de risco, como obesidade, idade avançada e status socioeconômico, os autores chegaram a conclusão de que pessoas que sofriam de pressão tinham cerca de três vezes mais probabilidade de morrer durante um período de baixa frequência sexual.

 

Fonte: Mega Curioso.

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Donos da globo ficam 16 bilhões mais ricos em 2024 segundo a forbes

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O patrimônio dos donos do Grupo Globo disparou R$ 16 bilhðes, cerca de US$ 2,8 bilhões, no último ano, segundo divulgou a revista Forbes. A empresa pertence a João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho. Juntos, eles possuem uma fortuna de US$ 9 bilhões, cerca de R$ 51 bilhões.

No ranking de 2024, os três proprietários da Globo tinham um patrimônio total de US$ 6,2 bilhões (R$ 35,4 bilhões). Porém, mesmo com a alta do dólar em relação ao real, o patrimônio da família Marinho cresceu cerca de 45% em um ano.

A Forbes divulgou que cada filho de Roberto Marinho, fundador da emissora Rede Globo, possui uma fortuna de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 17 bilhões. A família, contudo, não é apenas dona do canal de televisão, eles são proprietários do portal g1, Globoplay, emissoras de rádio (como CBN e Rádio Globo), editora de livros, jornais e revistas impressas, além da produtora Globo Filmes.

O filho mais velho de Roberto Marinho, o Roberto Irineu Marinho também é proprietário da Fazenda Sertãozinho, que produz o café gourmet Orfeu.

 

Valor total do ativo de Globo cresce em 2024

A Forbes não detalhou qual calculo foi realizado para determinar o patrimônio da família Marinho. O último levantamento divulgado pelo Grupo Globo mostra que o total do ativo da companhia também cresceu.

Em 2023, a Globo possuia R$ 27 bilhões em ativos, valor que subiu para R$ 30,9 bilhões em 2024.

O lucro líquido do Grupo Globo mais que dobrou no último ano, de R$ 838 milhões em 2023 para R$ 1,9 bilhão em 2024. A companhia registra o lucro depois de uma grande reestruturação, que contou com a venda de ativos e demissão de atores, diretores, autores, produtores. apresentadores e profissionais de outras funções.

Além disso, a Globo também pode ter sido beneficiada com a mudança do governo federal. A gestão Luiz Inácio Lula da Silva tem investido em publicidade nas empresas do grupo. Como mostrou Oeste, na soma de 2023 e 2024, o governo repassou mais de R$ 300 milhões para 0 conglomerado de mídia.

Segundo dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o valor destinado pelo governo Lula ao Grupo
Globo supera o montante de R$ 177 milhões que o Palácio do Planalto enviou à companhia durante a Presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

 

Fonte: Revista Oeste.

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Igreja Batista Filadélfia realiza bazar com preços acessíveis no dia 12 de abril

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A Igreja Batista Filadélfia de Santa Rosa promove no próximo sábado, dia 12 de abril, a 2ºedição do bazar solidário do projeto “Mãos Que Servem”, com uma proposta que une solidariedade, economia e cuidado com a comunidade.

O evento acontece das 9h às 14h, nas dependências da igreja, e contará com uma grande variedade de peças de roupas infantis, juvenis e adultas, todas em ótimo estado de conservação.

O destaque do bazar é o preço fixo de R$ 5,00 para a maioria dos itens. Além disso, haverá uma sessão especial com peças selecionadas com valores de R$ 10, R$ 20 e R$ 30, oferecendo opções acessíveis para todos os gostos e necessidades.

Essa é a segunda edição do bazar, que já se consolidou como uma importante ação social da Igreja Batista Filadélfia. A iniciativa faz parte do projeto “Mãos Que Servem”, que visa atender pessoas em situação de vulnerabilidade e promover a solidariedade por meio do voluntariado.

O evento também marca uma data especial para a comunidade: neste mês de abril, a Igreja Batista Filadélfia completa 72 anos de história em Santa Rosa, reforçando seu compromisso com o serviço cristão e o apoio à população local.

 

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