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Mães revelam semelhanças e contrastes de criar filhos hoje e há 30 anos

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Duas mulheres que se tornaram mães em momentos bem diferentes da história se encontram para conversar sobre maternidade. Logo de cara, uma troca muito rica desenha um panorama repleto de contrastes. Pudera, são 30 anos separando suas experiências e fica fácil perceber as muitas mudanças que vieram com o avanço da tecnologia e, claro, com a chegada da internet. Mas o que salta mesmo aos olhos são as semelhanças que resistem à passagem do tempo na vida de Jéssica Rusch e Ana Lúcia de Amorim. Convidadas por Donna, elas se reuniram para um bate-papo tête-à-tête, revelando que os pontos comuns a mães de diferentes gerações vão além do que muitas imaginam.

Duas mulheres que se tornaram mães em momentos bem diferentes da história se encontram para conversar sobre maternidade. Logo de cara, uma troca muito rica desenha um panorama repleto de contrastes. Pudera, são 30 anos separando suas experiências e fica fácil perceber as muitas mudanças que vieram com o avanço da tecnologia e, claro, com a chegada da internet. Mas o que salta mesmo aos olhos são as semelhanças que resistem à passagem do tempo na vida de Jéssica Rusch e Ana Lúcia de Amorim. Convidadas por Donna, elas se reuniram para um bate-papo tête-à-tête, revelando que os pontos comuns a mães de diferentes gerações vão além do que muitas imaginam.

Aos 31 anos, a gastrônoma Jéssica acaba de trazer ao mundo sua segunda filha, Lana, que ainda não completou dois meses de vida. Mas mesmo antes de conhecê-la aqui fora, a mamãe já sabia de cor os traços do rosto da filha, graças às ecografias 3D feitas ao longo da gestação, uma tecnologia bem mais avançada do que as disponíveis quando esperava a primeira filha, Lara, hoje com sete anos. Natural de Brasília, Jéssica mora há 11 anos em Porto Alegre com o marido, com quem compartilha a aventura de criar duas meninas.

Já Ana Lúcia, 65 anos, servidora pública aposentada, é de Porto Alegre e deu à luz seu primeiro filho, Bernardo, em 1984. Um ano e sete meses depois, nasceu Maurício. A vida quase quarenta anos atrás tinha dias repletos de amor e correria atrás de dois garotos serelepes, e não contava com recursos como tablets e smartphones nem precisava lidar com a maternidade perfeita que, por vezes, é exibida online.

O impacto que as redes sociais têm sobre a autoestima de quem tornou-se mãe recentemente é um dos pontos que distinguem a realidade de hoje da que era vivenciada trinta anos atrás. Segundo a psicóloga Marisa Marantes, mães fragilizadas ou que ainda estão se reconhecendo como figuras maternas são as mais afetadas.

— As mães atuais tendem a se comparar bem mais com as outras e seus bebês. Agora tem Instagram e Facebook, onde muitas olham as fotos e pensam “Como é que ela está tão bem, como tirou uma foto tão bonita? Eu estou cansada, o bebê só chora, não tenho dormido”. As redes sociais são uma revista, ninguém vai publicar o lado ruim, o que não significa que está tudo bem o tempo todo — afirma Marisa.

Assim como há novidades — que conferem não só desafios, mas também praticidade ao dia a dia das mães —, também há práticas que costumavam ser populares, mas estão caindo em desuso. A psicóloga e especialista em saúde mental materna Juliane Borsa cita exemplos como “deixar a criança chorando” sozinha no berço até se acalmar ou “dar palmadas” quando ela desobedece, posturas muito criticadas atualmente. Mas a especialista ressalta que é importante ter empatia.

Rede de apoio

Na época que nossas avós se tornaram mães, a ideia da maternidade compulsória era mais forte — de forma que eram educadas para se casar e ter filhos, conforme observa Juliane Borsa. A mulher hoje tem mais ferramentas e voz para optar por não ter filhos ou tê-los no momento em que julgarem adequado. Boa parte vive uma série de experiências, conquistas profissionais e relacionamentos diferentes antes disso.

Ter uma criança que depende dela, muitas vezes, faz a mãe sentir-se sobrecarregada e solitária.

JULIANE BORSA

Psicóloga especialista em saúde mental materna

— Muitas vezes, ela é uma profissional, quer se cuidar, viajar, ter uma vida sexual satisfatória. E aí a maternidade chega e implica somar um trabalho a todos os outros que ela já assumiu. É algo complexo, pois essa mulher não é mais a dona de casa que pode viver em função dos filhos. Ter uma criança que depende dela, muitas vezes, faz a mãe sentir-se sobrecarregada e solitária, daí a importância das redes de apoio — aponta Juliane.

Nos dois momentos em que Jéssica Rusch e Ana Lúcia de Amorim falaram sobre suas redes de apoio, as vozes embargaram e os olhos encheram de lágrimas. Os elogios às mães, sogras, babás, maridos e irmãs dão a dimensão da importância dessas figuras em suas vidas. “Alicerce”, “porto-seguro” e “paz” foram as palavras que usaram para descrever esse mecanismo que possibilita que muitas mulheres criem seus filhos de forma mais leve e satisfatória.

Como foi a descoberta da gravidez?

ANA – O primeiro filho foi mais ou menos planejado. Do Bernardo, passei uma madrugada inteira mal. No outro dia, fui para minha sogra, avisei o serviço, aquela coisa toda. Procurei minha médica, que pediu exames de sangue e descobri que estava grávida. Do Maurício foi uma surpresa muito boa. Simplesmente, meu ciclo menstrual atrasou, fiz exames de sangue e descobri. Mas fiquei muito feliz.

JÉSSICA – Estávamos casados havia quatro anos e não estávamos planejando. Minha menstruação atrasou, mas eu não tinha outros sintomas e comentei com a minha irmã que o bico do meu peito estava mais escuro. Ela, enfermeira, disse “isso aí é 100% grávida”. Fiz o teste e deu positivo. Foi um mix de sentimentos, já que na mulher muda tudo. Sobre a segunda gravidez, a Lara pedia muito um irmão. Então Lana, embora também não tenha sido muito planejada, veio para completar a família.

Você trabalhou na gestação?  

ANA – Eu tive eclâmpsia. Grávida do Bernardo, fiquei de repouso a partir do oitavo mês. Do Maurício, foi no sétimo. Isso porque a pressão sobe, há risco de ter o nenê antes do tempo, as pernas incham muito.

JÉSSICA – Na primeira gestação eu estava estudando Enfermagem, é um curso que tem pressão, pois lidamos com a vida de outras pessoas. Aí, tranquei a faculdade e a gravidez foi tranquila. Quando engravidei da Lana, estava começando meu negócio de doces, então dei uma pausa de novo. Tive diabetes gestacional, mas não tão grave. Tivemos que diminuir as quantidades de doces, principalmente balas Fini (risos).

Quanto tempo de licença-maternidade você teve?  

ANA – Foi uma licença de três meses e depois trabalho de meio período por mais dois meses, para poder amamentar.

JÉSSICA – Não tive e foi meu marido quem proporcionou que eu pudesse ficar mais tranquila, diminuir o ritmo, controlar a ansiedade.

Como foi o pré-natal? Fez algum exame de imagem para ver o sexo do bebê? 

ANA – Eu fiz ecografia. Quando estava grávida do Maurício, achei que fosse uma menina. Comprei brinquinho, pulseirinha, mas me enganei. Por causa da eclâmpsia fiz mais eco, para acompanhar. E ainda assim, a médica deixou passar da hora (o nascimento). Eu tinha todos os sintomas, mas ela disse que não poderia me atender, que estava tudo normal. Não estava. Quando cheguei ao hospital, ele já estava nascendo. O Maurício inaugurou a UTI neonatal do Moinhos de Vento, a chance era de 5% de sobrevivência. Ele teve todo um acompanhamento neurológico, foi bem complicado, mas hoje está aí, maravilhoso, ficou ótimo.

JÉSSICA – Meu pré-natal foi diferente para cada uma das filhas. Em sete anos bastante coisa mudou, antes não tinha tanto 3D. Fiz sete ou oito ecografias da Lara, mas foi só uma vez que pude ver o rostinho dela e super-rápido. Com a Lana, toda ecografia que fiz — umas oito também, para acompanhar — eu via, já sabia como ela ia vir. Parece um boneco de cera. Fico pensando: se em sete anos mudou tanto, imagina em 30, quando foi a Ana. É muito tempo. A minha mãe também. Na época dela, não fez ecografia, a gente nasceu pelo milagre de Deus. Eu também tive exames bem mais sofisticados nessa gestação. Em sete anos a tecnologia despontou de maneira surreal.

Minha rede de apoio foram minha sogra, uma diarista muito querida, que se tornou amiga, e meu marido.

ANA LÚCIA DE AMORIM

Servidora pública aposentada

Você tem uma rede de apoio? 

ANA – A minha rede de apoio foi a minha sogra. Fiquei um mês na casa dela quando ganhei o Bernardo, com ela me dando carinho e amor imensos. Durante esse tempo em que fiquei lá, tinha uma diarista muito querida, a Bina, que se tornou uma amiga. Eu fui cantando ela até que ela fez uma experiência, indo uma ou duas vezes por semana à minha casa. Até que ela disse “não tem jeito, me apaixonei, vou ficar contigo”. E meu marido, que é um pai fantástico, daqueles que troca a fralda dos dois ao mesmo tempo e acompanha na escolinha.

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Curiosidades

Fundador do Orkut prepara relançamento da rede social

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Foto: Reprodução
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O Orkut, a famosa rede social do Google dos anos 2000, voltou a ser um dos assuntos mais comentados no X na última segunda-feira (12), após usuários brasileiros começarem a relembrar como as comunidades dentro do site, que funcionavam como fóruns de discussão, conseguiam unir as pessoas.

Naquela época, algumas comunidades eram apenas para boas piadas de duplo sentido, enquanto outras movimentavam milhões de usuários. Entre as mais populares estavam “Eu Odeio Acordar Cedo”, com 6.106.958 membros, e “Eu amo minha MÃE!”, com 4.571.629 integrantes.

“Na era do Orkut, as pessoas eram unidas por interesses comuns. Se eu criasse uma comunidade chamada ‘Eu odeio calça saruel’, ninguém que gostasse de calça saruel iria perturbar, porque estaria ocupado na comunidade ‘Eu amo calça saruel’. A gente podia amar e odiar coisas em paz”, escreveu um usuário no X. A postagem alcançou 2 milhões de visualizações e gerou centenas de comentários.

“Muitos de nós desejam que algo como o Orkut volte. As pessoas lembram das comunidades que construíram e do espírito autêntico que existia. Nunca houve um momento melhor para trazer essa experiência autêntica de volta, já que as redes sociais atuais se transformaram em plataformas de mídia social. Em vez de conectar pessoas e criar comunidades, elas se voltaram para o marketing, corporações e influenciadores. Como todo mundo, adoraria que o Orkut voltasse logo.” O fundador não quis revelar a data exata para o retorno, apenas que está sendo planejado para breve. O site oficial do Orkut, extinto em 2014, foi reativado em 2022 com uma mensagem em inglês e português indicando que algo novo estava em desenvolvimento.

O anúncio, na época, foi feito dois dias após Elon Musk fechar um acordo para comprar o antigo Twitter por US$ 44 bilhões. A compra dividiu as opiniões online, e muitos passaram a pedir a volta do Orkut. “Se você pensar no ‘orkut.com’, era tudo sobre unir as pessoas, e eu sei que o que nos une é o que temos em comum. No Orkut, todos tiveram conversas maravilhosas sobre o que amavam, compartilharam risadas e se divertiram muito”, comentou.

“Se você observar as redes sociais de hoje, como Facebook e Instagram, verá que elas são muito diferentes. Elas priorizam o lucro em detrimento da segurança e lucram com a negatividade e a raiva, porque emoções negativas mantêm as pessoas engajadas por mais tempo, o que significa mais visualizações de anúncios e maior lucro para essas empresas, que também coletam e vendem dados. As redes sociais se tornaram muito tóxicas”, criticou.

O engenheiro destacou que a criação do Orkut tinha o objetivo de formar comunidades e unir pessoas. Na época, a rede social conquistou 300 milhões de usuários em todo o mundo.

“É por isso que todos se lembram do Orkut como um lugar onde encontraram seus melhores amigos, conseguiram o emprego dos sonhos, se apaixonaram, se casaram e formaram famílias. Acredito que podemos trazer de volta esse engajamento autêntico e genuíno. A chave é usar a tecnologia, como IA e aprendizado de máquina, para otimizar os algoritmos e reintroduzir essa autenticidade e conexão à sociedade através das redes sociais”, afirmou.

“Estou reunindo toda a experiência que tive com Orkut e Hello para lançar uma nova rede social, onde pretendo trazer toda a positividade e todas as experiências adquiridas ao longo desses anos. Se pensarmos no conteúdo que é criado hoje, ele realmente não agrega valor. Adolescentes estão passando de três a sete horas no TikTok, mas o que realizam ao final? Nada. Eles não fazem novos amigos, não criam novas conexões, e acabam deprimidos e solitários.”

Fonte: G1

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Curiosidades

Homem que ganhou quase 1 bilhão na loteria afirma que prefere uma vida simples

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Foto: Divulgação
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Quantas vezes já desejamos ganhar na loteria, acreditando que o dinheiro poderia resolver todos os nossos problemas? O relato de Larry Ross, um ganhador da loteria australiana, pode ajudar a desmistificar essa ideia.

Ele concedeu uma entrevista ao programa ’60 Minutos’, onde revelou como sua vida mudou – para pior – após ganhar um prêmio de 181 milhões de dólares (aproximadamente 940 milhões de reais).

Segundo Larry, o dinheiro “não traz felicidade” e o principal problema foi que as pessoas próximas a ele passaram a achar que o dinheiro também lhes pertencia. “Há muitos momentos em que digo a mim mesmo que, se pudesse voltar quatro anos no tempo e recuperar minha vida anterior, eu o faria”, afirma, referindo-se à sua vida antes de ganhar o prêmio.

Na entrevista, Ross compartilhou que quitou as dívidas de amigos e conhecidos, mas eles retornaram “seis meses depois” pedindo mais dinheiro. Quando se recusou a ajudá-los novamente, eles se afastaram dele. O depoimento de Larry, recentemente reexibido pela mídia australiana, revela a solidão em que ele vive atualmente, como concluiu a jornalista que o entrevistou.

Fonte: Notícias ao minuto

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Geral

Como o apagão global interferiu no Brasil

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Foto:Elijonas Maia/CNN
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Um apagão cibernético global, resultado de um problema com a empresa de segurança cibernética CrowdStrike, está impactando empresas e serviços em vários países, incluindo o Brasil. No país, empresas aéreas, bancos e hospitais estão enfrentando dificuldades em suas operações.

Transporte Aéreo

A Azul Linhas Aéreas informou que alguns de seus voos podem sofrer atrasos devido a problemas intermitentes no sistema global de gestão de reservas. A companhia orienta os clientes com voos agendados para hoje e que ainda não tenham feito o check-in a chegarem com antecedência ao aeroporto e procurarem o balcão de atendimento da empresa. A Azul lamenta os transtornos causados aos clientes.

A GOL Linhas Aéreas informou que suas operações e sistemas não foram afetados pelo apagão cibernético até o momento. Já a Latam alertou que seus voos podem enfrentar atrasos devido à queda mundial da Microsoft, mas até agora não houve impactos significativos na operação da companhia. O Grupo LATAM expressou pesar pelos possíveis inconvenientes causados.

A Inframerica, administradora do Aeroporto Internacional de Brasília, relatou atrasos apenas em voos da Azul devido a falhas no sistema da companhia. O movimento no balcão da Azul foi mais intenso do que o das outras empresas aéreas no terminal da capital federal. No entanto, o Ministério de Portos e Aeroportos afirmou que, até o momento, não há problemas nos aeroportos brasileiros devido ao apagão global. O Ministro Silvio Costa Filho garantiu que o transporte aéreo está sendo monitorado para evitar prejuízos.

Bancos

O Bradesco comunicou que está enfrentando problemas devido ao apagão cibernético global, com seus canais digitais fora do ar. A empresa está trabalhando para restaurar os serviços o mais rápido possível, mas os terminais de autoatendimento, como os caixas eletrônicos, estão funcionando normalmente.

O Nubank confirmou que seus serviços estão operando, mas o atendimento ao cliente está mais lento do que o habitual. O Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander, Caixa Econômica Federal e BTG Pactual informaram que não foram afetados. O Banco Central também relatou que seus sistemas estão funcionando normalmente, apesar da falha global.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou que alguns bancos brasileiros enfrentaram problemas temporários, mas a maioria já normalizou seus serviços e as demais instituições estão avançando na regularização.

Serviço Hospitalar

O Ministério da Saúde declarou que não sofreu impactos do apagão cibernético, pois não utiliza o software que causou a indisponibilidade em outras áreas.

Em São Paulo, o Hospital Sírio-Libanês relatou que pacientes e funcionários enfrentaram problemas devido à queda no sistema, resultando em longas esperas e, em alguns casos, procedimentos não realizados. A CNN está aguardando um posicionamento oficial do hospital.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) também foi afetado. Em nota, o HC informou que alguns equipamentos com a plataforma Windows 10 foram impactados, mas que o sistema está em processo de estabilização, sem prejuízos relevantes aos serviços assistenciais.

Fonte: CNN Brasil

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