“Lula nunca nos desautorizou a buscar o equilíbrio das contas públicas”, diz o ministro da Fazenda
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“Lula nunca nos desautorizou a buscar o equilíbrio das contas públicas”, diz o ministro da Fazenda

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “nunca desautorizou” a equipe econômica na busca pelo equilíbrio das contas públicas.

Haddad destacou que Lula não se opôs ao aumento das receitas e até solicitou um “redesenho” das políticas públicas. “[O presidente] Nunca desautorizou o Ministério da Fazenda na busca pelo equilíbrio das contas públicas, especialmente pelo lado das receitas, já que nossa receita caiu 2% do PIB (Produto Interno Bruto) devido às renúncias fiscais nos últimos anos, como apontado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).”

Além disso, Lula encomendou um redesenho das políticas públicas que será executado com a sabedoria de não prejudicar os mais pobres, compromisso também assumido pelo Ministério da Fazenda.

“A proposta será apresentada e implementada para equilibrar as contas com a sabedoria política de alguém que já demonstrou compromisso com os mais necessitados do Estado brasileiro,” disse Haddad.

Essas declarações foram feitas durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável em Brasília. A reunião ocorreu em meio a declarações controversas de Lula sobre cortes de gastos públicos, uma agenda fortemente defendida pela equipe econômica e pressionada pelo mercado.

Na quarta-feira, Lula questionou se realmente há necessidade de cortar gastos públicos no Brasil ou se o ajuste deve ser realizado através do aumento da arrecadação. “O problema não é que tem que cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou aumentar a arrecadação. Precisamos fazer esta discussão,” disse ele em entrevista ao UOL, quando questionado sobre medidas para reduzir despesas. Após as declarações do presidente, o dólar disparou, atingindo R$ 5,51, o maior nível desde janeiro de 2022.

Haddad também comentou sobre a necessidade de proteger a economia brasileira das variações externas e reafirmou o compromisso com as metas fiscais propostas pelo governo.

“Não temos como alterar a política econômica americana. Temos que proteger nossa economia, acelerar a agenda de reformas econômicas. Não há condições de estabilizar a dívida/PIB sem crescimento econômico. Não há solução para isso sem que nos voltemos aos patamares,” afirmou.

Ele acrescentou que é “absolutamente possível” que a inflação esteja abaixo de 4% ao final do mandato de Lula. “Hoje já temos a menor inflação desde a instalação do regime de metas no Brasil. Não abdicaremos das metas econômicas,” pontuou.

Antes de Haddad, os presidentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, e da Febraban (Federação Nacional de Bancos), Isaac Sidney, discursaram em apoio a Haddad. Eles ressaltaram a importância de cuidar da economia interna, sem negligenciar a dívida pública e o fiscal, e considerando os impactos externos para que o país possa crescer.

Fonte: Jornal o Sul

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Congresso Nacional tenta limitar poderes de ministros do Supremo expedirem ordens individualmente

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Para contornar a falta de espaço na pauta do plenário, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) intensificaram a partir de 2009 a concessão de decisões monocráticas em ações de controle de constitucionalidade.

Levantamento feito pelo jornal  Folha de São Paulo  mostra que o número de liminares individuais em ADIs (ação direta de inconstitucionalidade) e ADPFs (arguição de descumprimento de preceito fundamental) foi de apenas 6 em 2007 e chegou a um pico de 92 em 2020. No ano passado, foram 71.

As liminares monocráticas nesse tipo de ação são alvo de discussão há anos no Judiciário brasileiro. O Congresso Nacional aproveitou uma brecha para tentar impor um revés ao Supremo, com o avanço de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe o poder individual dos ministros do STF.

Os novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram recados ao Supremo em discursos no último sábado (1º). Eles não trataram especificamente das decisões monocráticas, mas o tema está em pauta no Congresso.

As leis sobre as ações de controle de constitucionalidade, chamadas de ADI e ADPF, foram aprovadas pelo Congresso em 1999. Elas surgiram como proposta de um grupo de juristas, cujo relator era o professor (e ainda não ministro) Gilmar Mendes.

A legislação define regras para a concessão de medidas cautelares nessas ações —uma espécie de análise provisória e urgente do processo. Pelo texto, as liminares das ADIs só podem ser decididas por maioria absoluta do Supremo (seis ministros) ou individualmente pelo presidente da corte durante o recesso do Judiciário.

Para as ADPFs, a lei define ainda que as liminares podem ser concedidas individualmente pelo relator “em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave ou, ainda, em período de recesso”.

No entanto, em 2009, com Gilmar já presidente do Supremo, integrantes do tribunal passaram a reclamar com frequência da dificuldade de levar seus processos ao plenário. Cada um, então, passou a dar suas liminares.

“É uma distorção, a meu ver. Enquanto eu tive a capa sobre os ombros e assento no Supremo, nos 31 anos em que lá estive, eu nunca atuei substituindo o colegiado. Isso é de um impropriedade marcante: aí vale tudo, é a ótica de cada qual”, disse à Folha o ministro aposentado Marco Aurélio Mello.

O ministro lembra as reclamações da sobrecarga do plenário. “Mas paga-se um preço —e é módico— de se viver em um Estado de Direito, ou seja, a observância irrestrita ao que está estabelecido”, disse.

Marco Aurélio deu 24 decisões monocráticas em ADIs e ADPFs de 2000 a 2021, quando deixou a corte.

O problema criado pela profusão de liminares monocráticas e a falta de espaço no plenário para referendo das decisões foi a permanência por longos períodos de decisões provisórias sem aval dos demais ministros.

O cenário criou distorções. Para o advogado e professor Lenio Streck, o caso mais emblemático foi a ADI dos Royalties. A ministra Cármen Lúcia suspendeu, em 2013, trecho de uma lei e acabou alterando as regras sobre quais estados deveriam receber os valores advindos da exploração de petróleo.

Até hoje, 12 anos depois, a liminar não foi julgada pelo plenário do Supremo.

Streck, porém, disse que o problema das decisões monocráticas foi solucionado quando o STF alterou seu regimento interno no fim de 2022 para prever que todas as medidas cautelares seriam levadas automaticamente para julgamento no plenário virtual.

Não haveria razão, na visão dele, para o Congresso intervir no tema. “Proibir [as decisões monocráticas], zerar o sistema é um problema porque, de algum modo, o Parlamento está entrando numa seara de jurisdição constitucional”, diz o advogado.

Ele afirmou que o Congresso é um dos principais alvos de ações diretas de inconstitucionalidade —mecanismo usado por partidos e associações para pedir a derrubada de leis.

“O Parlamento é o maior litigante de controle de constitucionalidade porque as minorias que perdem vão ao Supremo para tentar corrigir aquilo que o Congresso teria feito errado”, disse Streck.

Quatro ministros do Supremo ouvidos pela Folha, sob reserva, concordam que a mudança no regimento interno de 2022, construída pela hoje ministra aposentada Rosa Weber, resolveu o problema das liminares monocráticas de longa duração. Para eles, não há razão para se discutir novas alterações sobre o tema.

Fonte: Folha de São Paulo.

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Deputado Nikolas Ferreira ironiza plano de Lula: “Substitua o alimento ou compre outro dia”

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Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedir para a população não comprar alimentos caros, em meio a alta da inflação, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a fala do chefe do Executivo nas redes sociais: “plano de governo: substitua o alimento ou compre outro dia”, publicou no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (06).

Lula sugeriu que a população não compre produtos que estejam muito caros, para pressionar a redução dos preços e ajudar a controlar a inflação.

“Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o petista em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, ambas da Bahia, durante a manhã desta quinta-feira (05).

O presidente também incentivou os consumidores a substituírem itens mais caros por produtos similares, com preços mais acessíveis.

“Tenho dito que uma das pessoas mais importantes para a gente controlar os preços é o próprio povo. Se você vai num mercado, aí em Salvador, e você desconfia que tal produto está caro, você não compra”, acrescentou.

Na última terça-feira (04), o Banco Central informou que o cenário da inflação de curto prazo continua desfavorável, e que a alta dos preços dos alimentos tem sido significativa, com tendência de persistência no médio prazo.

 

Fonte: O Sul.

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MPF investiga falta de transparência em atos da Presidência

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O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para investigar falta de transparência em atos da Presidência da República.

O inquérito vai apurar supostas irregularidades presentes na presidência, segundo o procurador Paulo José Rocha Júnior. Recentemente, o sigilo sobre agendas e gastos da primeira-dama Janja gerou duras críticas por parte da Transparência Internacional.

A recusa em fornecer dados da quantidade de assessores de Janja e o sigilo de 100 anos em relação à visita dos filhos do presidente Lula (PT) serão pautados no inquérito. Também estão no inquérito o uso do helicóptero presidencial e a alimentação no Palácio da Alvorada.

“As questões versadas nos autos ainda demandam diligências para a formação do convencimento ministerial acerca das medidas a serem eventualmente adotadas”,
Paulo José Rocha Júnior, procurador do MPF.

 

Um documento com uma série de questionamentos já foi enviado à Presidência da República.

 

Fonte: Diário do Poder.

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