Destaque
Lixo espacial cruza o céu e é registrado em várias cidades gaúchas

Vídeos de uma luz cruzando o céu de diversas cidades gaúchas circularam nas redes sociais entre a noite desta quinta-feira e início de sexta (25). O fenômeno foi registrado também pelo Observatório Espacial Heller & Jung, em Taquara.
De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, diretor da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon) na região sul e proprietário do observatório, a análise indica que se trata da reentrada de um corpo de foguete russo na atmosfera terrestre. O material é considerado lixo espacial.
Conforme explicação de Jung, o foguete em questão é o Soyus SL-4 R/B, lançado em 22 de agosto de 2023 no Cazaquistão. A parte que caiu é o estágio superior do foguete.
Dados do observatório mostram que o corpo de foguete entrou na atmosfera terrestre às 23h39min53s e ficou até 23h41min31s — ou seja, mais de um minuto.
No X (antigo Twitter), há relatos de usuários que afirmam ter avistado a forte luz no céu de cidades como Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Nova Santa Rita, Taquara, Lajeado, Capão da Canoa, Montenegro, Bento Gonçalves e Vacaria. Há também registros da passagem no céu de Criciúma (SC).
Ainda não se sabe onde foi o final da trajetória e se ele caiu. O observatório seguirá analisando.
— Nossa atmosfera apresenta uma resistência a esses objetos (que retornam), então eles entram num processo de queima, vamos dizer assim. A temperatura é tão elevada que começam a se deteriorar, perder as partes, se desmanchar — explicou Jung em entrevista à Rádio Gaúcha na madrugada desta sexta-feira (25).
No entanto, segundo o professor, toda reentrada pode ser “perigosa”, pois há materiais que podem ser resistentes ao processo de deterioração na atmosfera.
Sobre o retorno de materiais ao solo terrestre, o especialista esclarece que foguetes costumam levar estruturas como satélites, por exemplo, ao espaço. As partes que não são mais necessárias, que não ficariam em uso, começam a perder altitude e entram em órbita na volta do planeta. A altitude pode diminuir até chegar a um ponto em que a estrutura pode atingir o solo, dependendo da resistência que apresentar durante a passagem pela atmosfera.
— O risco sempre existe. Tem partes que são resistentes a esse processo, não se deterioram, não se fragmentam, inclusive, e caem no solo.
Destaque
Prefeitura de Santa Rosa divulga Nota Oficial sobre obra do ginásio

A Prefeitura de Santa Rosa, por meio da Procuradoria, anunciou a conclusão do parecer técnico preliminar sobre as condições do solo para a construção do novo ginásio. O estudo confirmou que o terreno é adequado para a obra, mas indicou a necessidade de uma análise de sondagem mais detalhada para garantir a segurança da estrutura e definir a técnica construtiva mais detalhada.
Com essa etapa em andamento, a previsão é de que as obras sejam retomadas dentro de 90 dias. O município segue o processo para garantir que todas as exigências técnicas sejam atendidas antes da continuidade dos trabalhos.
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Santa Rosa decreta emergência devido à estiagem

Santa Rosa entrou em situação de emergência nesta segunda-feira (17), conforme decreto que será assinado pelo prefeito Anderson Mantei. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pela manhã, antecipando a medida oficial.
A estimativa já provocou perdas significativas no município. De acordo com um levantamento da Emater, os prejuízos na agricultura e pecuária ultrapassaram R$ 82 milhões, com uma redução de produtividade superior a 50%. Além disso, três comunidades rurais – Rincão Honório, Lajeado Ipê e Linha 13 de Maio – estão recebendo abastecimento de água por caminhões-pipa para consumo humano.
Com a decisão, Santa Rosa se juntou a outros 12 municípios da região de Amufron que já decretaram emergência devido à seca.
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Com peso valorizado, comércio na fronteira com a Argentina tem crescimento de 30% no RS

A valorização do peso argentino em relação ao real brasileiro tem feito os vizinhos estrangeiros lotarem lojas na fronteira entre os dois países. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do RS, o aumento no comércio é de pelo menos 30% neste verão em relação à temporada passada.
Se antes era comum ver brasileiros cruzando a fronteira para abastecer os carros e comprar mercadorias na Argentina, agora o jogo virou: são os argentinos que têm lotado as lojas brasileiras em busca dos mais variados produtos.
“Por conta da implementação de um programa bem sucedido de estabilização econômica, o que vem ocorrendo é uma recuperação do valor do peso argentino. Então essa recuperação do valor faz com que recupere o poder aquisitivo”, explica Anderson Denardin, coordenador de Economia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
De acordo com o especialista, o peso foi uma das moedas que mais se valorizou frente ao dólar, diferente do real, que desvalorizou.
“Isso significa que o peso em relação ao real foi uma das moedas que se valorizou de modo significativo. Isso faz com que os produtos nacionais brasileiros se tornem bem mais atrativos do que os produtos argentinos”, conclui Denardin.
De acordo com o gestor de um free shop na fronteira, as vendas para argentinos representam mais de 40% do total do estabelecimento. Para facilitar o comércio, até o atendimento passou a ser feito em espanhol.
“A gente começa dando ‘buenos días’, ‘buenas tardes’ e ‘buenas noches’. O vocabulário do que eles procuram é sobre ‘chombas’ e ‘remeras’, que vêm a ser polos e camisetas”, conta Paulo Pavin, CEO de um free shop na cidade.
E não só roupas ou produtos mais caros que são procurados pelos turistas. O taxista Valentin Castillo conta que atravessa a fronteira para comprar alimentos, material de limpeza e outros produtos do dia a dia.
“Convém comprar em Uruguaiana porque é mais ou menos 50% mais caro em Libres do que aqui”, diz.
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