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La Niña, fenômeno que pode ajudar a diminuir calor atual, tem 60% de chance de ocorrer
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou nesta quarta-feira (11) que há uma chance de 60% de que o fenômeno La Niña se forme até o final deste ano.
La Niña ocorre quando há um resfriamento nas águas do Pacífico Equatorial Central e Leste, com temperaturas caindo 0,5°C ou mais. Esse fenômeno costuma ocorrer a cada 3 a 5 anos.
Apesar do possível surgimento de La Niña, a OMM alertou que o aquecimento global a longo prazo continua a ser uma preocupação (detalhes abaixo).
No Brasil, os efeitos típicos do La Niña incluem:
- Aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste;
- Tempo mais seco no Centro-Sul, com chuvas irregulares;
- Tendência de secas no Sul;
- Maior chance de entrada de massas de ar frio, causando variações térmicas.
Segundo a OMM, as condições climáticas atuais são neutras. No entanto, as previsões indicam uma probabilidade de 55% de que essas condições neutras evoluam para La Niña entre setembro e novembro de 2024, com essa chance subindo para 60% entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025. A chance de um novo El Niño nesse período é considerada baixa.
O El Niño deste ano foi um dos mais intensos já registrados, gerando impactos significativos no Brasil. Alguns especialistas o classificaram como “Super El Niño” devido à sua força e duração.
“Precisamos observar como o La Niña vai se comportar na prática e se ele realmente vai se confirmar. Em teoria, ele tende a intensificar as chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, além de afetar o clima em toda a América do Sul. Contudo, seu impacto global é mais complexo”, afirma Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.
Luengo ressalta que, ao contrário da OMM, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) prevê que o pico do La Niña ocorrerá entre novembro e janeiro, com 74% de probabilidade em dezembro. Ele também destaca que o fenômeno não deve ser muito intenso ou prolongado.
“Os efeitos variam dependendo da época do ano. Um La Niña em dezembro causa impactos diferentes de um em junho, devido às mudanças sazonais”, acrescenta.
Impactos de curto prazo no clima La Niña envolve o resfriamento das águas do Pacífico central e oriental e altera a circulação atmosférica tropical, como ventos, pressão e padrões de chuva. Seus efeitos variam em função da intensidade, duração e interação com outros fatores climáticos, mas geralmente são opostos aos do El Niño, especialmente nas regiões tropicais, incluindo grande parte do Brasil.
Mesmo com a presença desses fenômenos naturais, a OMM destaca que o contexto mais amplo é o das mudanças climáticas causadas pelo homem, que elevam as temperaturas globais, intensificam eventos climáticos extremos e alteram os padrões de chuva e temperatura.
Os últimos nove anos foram os mais quentes já registrados, mesmo com o resfriamento provocado pelo prolongado La Niña entre 2020 e o início de 2023.
“Desde junho de 2023, temos registrado temperaturas globais excepcionais na superfície terrestre e marítima”, afirmou Celeste Saulo, secretária-geral da OMM. “Mesmo que o La Niña traga um resfriamento de curto prazo, ele não alterará a tendência de aumento das temperaturas globais devido ao efeito estufa”, completou.
El Niño x La Niña O El Niño, fase positiva do fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS), aumenta as temperaturas no verão e torna os invernos menos rigorosos no Brasil, dificultando a chegada de frentes frias. Ele causa secas no Norte e Nordeste e chuvas acima da média no Sul e Sudeste.
Mesmo com o fim do El Niño, o inverno deste ano ainda foi fortemente influenciado por ele. Agora, com o resfriamento mais evidente das águas do Pacífico, o La Niña está previsto pela OMM.
O final do inverno deve manter o tempo seco em grande parte do Brasil. Setembro, por sua vez, terá chuvas abaixo da média em muitas regiões, exceto na faixa norte da Região Norte, sul do Mato Grosso do Sul, São Paulo e algumas áreas do Sul.
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, interior do Nordeste e oeste do Paraná, as chuvas devem ficar abaixo ou próximas da média.
Em relação às temperaturas, a expectativa é de calor acima da média em quase todo o país, com possibilidade de novas ondas de calor. Em áreas como Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e outras, as temperaturas podem ultrapassar 30°C. No Sul, as áreas de maior altitude podem registrar mínimas abaixo de 12°C, assim como em partes do Sudeste.
Fonte: G1
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