Saúde
Jantar tarde da noite faz mal? Entenda se há riscos para a saúde

Com a rotina corrida, trabalho, estudos, afazeres domésticos e outras obrigações, é comum que muitas pessoas deixem para jantar tarde, em um horário próximo à hora de dormir. Para se ter uma ideia, um estudo recente mostrou que quase 60% dos adultos dos Estados Unidos acham normal comer depois das 21h.
A pesquisa, publicada em outubro do ano passado no periódico Clinical Nutrition, foi realizada com mais de 34 mil norte-americanos ao longo de um período de 15 anos. A conclusão do estudo mostrou que, apesar do apelo para que as pessoas mudem seus hábitos alimentares, ainda há pouca mudança no comportamento de jantar tarde. Mas será que isso traz algum mal à saúde?
De acordo com Leonardo Parr, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), jantar tarde da noite pode alterar diversos processos metabólicos do organismo. “Devido à interação complexa entre o relógio biológico, o metabolismo glicêmico e a regulação do apetite, o hábito de jantar tardiamente pode causar uma ruptura nos ritmos circadianos do corpo, afetando a secreção de hormônios endócrinos, como insulina, grelina, leptina e melatonina”, explica.
Esse desequilíbrio hormonal causado pelo jantar tardio pode aumentar os riscos de desenvolver obesidade. “A resistência à insulina induzida pelo hábito de comer tarde pode levar ao armazenamento excessivo de gordura, especialmente na região abdominal”, esclarece Leonardo. “Além disso, a elevada produção de grelina e a diminuição de leptina (hormônios relacionados ao controle do apetite) podem levar a uma sensação aumentada de fome e menor capacidade de controlar a ingestão de alimentos, inclusive, no dia seguinte”, completa.
Um estudo de 2019 embasa essa relação entre jantar tarde e obesidade. De acordo com os pesquisadores, quem jantava próximo da hora de dormir tinha um risco aumentado de apresentar sobrepeso ou obesidade em comparação com aqueles que jantavam mais cedo. O estudo foi realizado com 872 adultos norte-americanos na meia-idade ou idosos.
Além disso, um estudo francês mostrou que quem faz refeições mais cedo pode ter menos riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto. Os pesquisadores analisaram dados de 103.389 pessoas e descobriram que o risco cardiovascular cresce 6% a cada hora de atraso para a ingestão da primeira refeição do dia.
Jantar tarde também está associado a um risco maior de diabetes tipo 2
Fazer a última refeição do dia tarde da noite também pode aumentar o risco de diabetes tipo 2. Um estudo publicado em 2023 no European Journal of Nutrition mostrou que quem comia regularmente depois das 21h tinham níveis mais elevados de HbA1c, um biomarcardor de risco de diabetes. Além disso, essas pessoas também apresentaram maiores níveis de açúcar no sangue após as refeições diurnas em comparação com aqueles que não jantavam tão tarde.
“A exposição prolongada a níveis elevados de glicose no sangue após uma refeição tardia pode sobrecarregar as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, levando à exaustão e à diminuição da sua função ao longo do tempo. Isso pode resultar em hiperglicemia crônica e desenvolvimento de resistência à insulina, precursora do diabetes tipo 2”, afirma Leonardo.
A qualidade do sono é alterada pela refeição tardia
Não é apenas a sua saúde metabólica que pode ser afetada por jantar tarde. A qualidade do sono também está relacionada a quando a sua última refeição foi feita. Isso porque comer tardiamente pode desregular a secreção da melatonina, hormônio do sono, levando à dificuldade para dormir e à má qualidade do sono.
“Além disso, quando alguém se deita depois de uma refeição tardia, a gravidade pode facilitar o refluxo ácido para o esôfago, especialmente se houver um atraso no esvaziamento gástrico”, explica o endocrinologista. “Isso não apenas causa desconforto, mas também pode interromper o sono, levando a despertares frequentes, dificuldade para adormecer novamente e reduzir a qualidade geral do sono”, completa.
Como regular a hora de jantar e melhorar a saúde no geral?
No dia a dia, pode ser desafiador manter uma rotina regrada de horários para jantar e dormir, mas esse é um passo importante para a manutenção da saúde e que vale a pena a tentativa. Na visão da nutricionista Tatiane do Nascimento, que atende pela Segmedic, o melhor horário para fazer a última refeição do dia é por volta das 19h. “Com isso, temos um intervalo de duas a três horas para iniciar o sono”, afirma.
Além de estabelecer um horário fixo para a janta, é interessante seguir alguns cuidados especiais com a alimentação noturna, incluindo, sempre, legumes, saladas, frutas, proteínas e fibras no cardápio. Os carboidratos, ao contrário do que muitos pensam, podem e devem estar presentes no prato.
“É um mito a história de que os carboidratos devem ser evitados no jantar. Não existem problemas em eles serem consumidos à noite, mas o ideal é focar em alimentos saudáveis e evitar os excessos”, alerta Tatiane. Por isso, a orientação é consumir carboidratos complexos, como batata-doce, arroz integral, aveia, feijões, ervilhas, lentilhas, entre outros.
Fonte: CNN.
Destaque
Vida & Saúde recebe Selo Ouro no Programa do Prestador da Unimed

O Hospital Vida & Saúde obteve o Selo Ouro no Programa do Prestador 2024 da Unimed Fronteira Noroeste/RS. O programa avalia prestadores de serviços de saúde credenciados na Unimed, premiando de acordo com o desempenho de cada instituição.
“Manter a excelência dos nossos serviços, com qualidade e segurança no atendimento, é um dos principais objetivos do Hospital, por isso, este tipo de avaliação é tão relevante para a instituição”, destaca a diretora-geral Vanderli de Barros.
O programa avalia desde a documentação legal obrigatória, passando por indicadores de qualidade e segurança do paciente e a gestão de reclamações. Além de avaliar, o programa incentiva boas práticas de segurança do paciente, visando a garantia da entrega de serviços de qualidade para a população.
Com média acima dos demais hospitais avaliados, o Vida & Saúde foi uma das quatro instituições da região a receber o Selo Ouro.
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Mutirão de vacinação contra a gripe vai ser realizado nesta terça-feira

A Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (FUMSSAR) informa que irá realizar, nesta terça-feira (15/04), um mutirão especial de vacinação contra a gripe. A ação acontecerá em horário estendido, das 17h30min às 21h, em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, com exceção da UBS Bela União. A iniciativa tem como objetivo facilitar o acesso da população, especialmente de quem não consegue comparecer durante o horário comercial.
Na última semana, a FUMSSAR recebeu uma nova remessa de vacinas contra o vírus influenza, que já foi distribuída entre as unidades. Na UBS Bela União, a vacinação será realizada em horário habitual, das 08h às 12h e das 13h30min às 17h.
Nos demais dias, a campanha de vacinação segue acontecendo conforme o cronograma de cada UBS. A imunização é destinada aos grupos prioritários, conforme listado abaixo.
Grupos prioritários para vacinação contra a gripe:
- Pessoas acima de 60 anos
- Crianças de 6 meses até menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes
- Puérperas (até 45 dias após o parto)
- Profissionais de saúde
- Professores
- Pessoas com deficiência permanente
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Profissionais de transporte coletivo rodoviário
- Caminhoneiros
- Profissionais portuários
- Profissionais das forças de segurança e salvamento
- Profissionais das Forças Armadas
- Profissionais dos Correios
- Pessoas em situação de rua
- Indígenas e Quilombolas
Documentação necessária:
Para receber a vacina, é preciso apresentar um documento com foto e a caderneta de vacinação. Profissionais da saúde e professores devem levar comprovante de vínculo com a instituição em que atuam (como crachá ou holerite). Gestantes devem apresentar a carteira de pré-natal, e puérperas, um comprovante de parto realizado há até 45 dias.
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16ª Conferência Municipal de Saúde reúne comunidade para debater melhorias no SUS em Santa Rosa

A Prefeitura de Santa Rosa, em parceria com o Conselho Municipal de Saúde e a FUMSSAR, realizou nos dias 11 e 12 de abril, a 16ª Conferência Municipal de Saúde, no auditório da Unijuí. O evento reuniu 260 delegados, entre usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços de saúde, além de autoridades e da comunidade. Pela primeira vez, foi realizada de forma simultânea a 1ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador(a) de Santa Rosa.
Com o tema “O SUS e você: Protagonistas da sua saúde”, as conferências foram marcadas por debates intensos, construção coletiva e participação efetiva dos segmentos representativos da saúde. Ao todo, foram apreciadas 329 propostas ao longo dos dois dias de programação. Durante a abertura, o presidente das conferências, Dr. Fábio Queruz, médico da Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa, destacou a importância do engajamento da população, “Este espaço é essencial para reafirmarmos o compromisso coletivo com a saúde pública, onde cada cidadão é protagonista na construção de um SUS mais forte, inclusivo e eficiente”.
A conferência também apresentou um retrato da diversidade e do engajamento dos participantes: a maioria era do gênero feminino (72,6%), com 48,4% representando o segmento de usuários e 46,6% participando pela primeira vez de uma conferência de saúde. As faixas etárias predominantes foram de 30 a 50 anos (37,2%) e de 20 a 30 anos (21,7%).
Além das propostas locais, foram eleitos os delegados que representarão Santa Rosa na 4ª Conferência Estadual da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, nos três segmentos: usuários, trabalhadores e gestores/prestadores.
Entre as propostas que serão encaminhadas ao Estado, destacam-se temas como:
– A promoção de ações intersetoriais para melhorar a saúde do trabalhador;
– A valorização dos profissionais da saúde, com incentivo à fixação no município;
– A criação de políticas de saúde mental no trabalho com enfoque multiprofissional;
– A inclusão da saúde do trabalhador na Rede de Atenção à Saúde do SUS;
– O incentivo à permanência do produtor no campo, com programas de diversificação e apoio à agroindústria familiar;
– A adequação da carga horária de trabalho, respeitando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
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