Hambúrguer vegano é melhor para a saúde? Alimentos baseados em plantas também podem elevar o risco cardíaco
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Hambúrguer vegano é melhor para a saúde? Alimentos baseados em plantas também podem elevar o risco cardíaco

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Carnes veganas e outros ultraprocessados de origem vegetal, como pães industrializados, bebidas artificiais, batatas fritas e margarinas, também aumentam o risco de doenças cardiovasculares e morte. É o que revela um novo estudo realizado por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, do Imperial College de Londres, e da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc).

Nos últimos anos, diversos estudos têm mostrado os benefícios de uma dieta com menos itens de origem animal. Um acompanhamento de quase 30 anos, publicado no Journal of the American Heart Association, indicou uma redução de 16% no risco de doenças cardíacas. No entanto, novas pesquisas trazem um alerta: nem toda substituição é positiva.

Um estudo da University Harokopio de Atenas, na Grécia, já havia mostrado que uma alimentação baseada em itens vegetais, mas rica em produtos como doces, sucos, grãos refinados e batatas, não reduzia o risco cardíaco como esperado. Agora, o novo estudo brasileiro, publicado na revista científica Lancet Regional Health – Europe, destaca que parte do problema são os ultraprocessados.

Os pesquisadores usaram dados do UK Biobank, analisando informações de mais de 118 mil pessoas entre 40 e 69 anos. Observaram que aqueles que consumiam mais ultraprocessados de origem vegetal tinham um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Cada aumento de 10% desses itens na dieta estava associado a um aumento de 12% na chance de morte por problemas cardíacos.

Por outro lado, cada aumento de 10% no consumo de produtos vegetais não ultraprocessados – como frutas, grãos, verduras, legumes, raízes, nozes e sementes – reduzia o risco de doenças cardíacas em 7% e a mortalidade por essas doenças em 13%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas cardíacos são a principal causa de morte no mundo, sendo responsáveis por quase 400 mil vidas perdidas anualmente no Brasil.

“Uma alimentação à base de plantas é frequentemente recomendada em diretrizes alimentares, e a indústria alimentícia muitas vezes utiliza alegações de saúde, como ‘vegetariano, vegano ou à base de planta’, para promover seus produtos”, diz Fernanda Rauber, pesquisadora do Nupens/USP e da Faculdade de Medicina da USP.

“Nossos achados ressaltam a necessidade de não focar apenas em dietas à base de plantas, mas também considerar o nível de processamento desses alimentos. Consumir uma alimentação à base de plantas pode ser benéfico, exceto se for baseada em ultraprocessados. Nesse contexto, as escolhas devem priorizar o consumo de alimentos frescos (in natura) e minimamente processados.”

Os pesquisadores defendem que os resultados são importantes especialmente diante da tendência crescente de novos produtos ultraprocessados de origem vegetal. Citam um estudo francês, publicado no The Journal of Nutrition, em 2021, que revelou que vegetarianos e veganos consumiam mais ultraprocessados do que carnívoros, principalmente substitutos industriais de carne e laticínios de origem vegetal.

“Há uma crença generalizada de que todos os alimentos à base de plantas são inofensivos ao consumo excessivo. Os ultraprocessados de origem vegetal carregam essa mensagem subliminarmente. Esses produtos são comercializados como opções saudáveis em detrimento dos de origem animal, mas apresentam riscos à saúde devido à sua composição e métodos de processamento”, afirma Manuela Dolinsky, professora associada de Nutrição da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretora do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

Natália Oliveira, pesquisadora do Observatório de Epidemiologia Nutricional da UFRJ e professora do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), compartilha dessa visão:

“O marketing agressivo dessas indústrias, dizendo que esses alimentos são ‘saudáveis’, faz com que a população fique refém dessas informações. Uma medida importante é uma rotulagem nutricional adequada, que informe claramente ao consumidor os ingredientes e substâncias presentes no alimento. Além disso, a divulgação de informações científicas de forma acessível ajuda a minimizar os efeitos do marketing.”

Com base nas evidências, os pesquisadores defendem que o incentivo a dietas veganas e vegetarianas deve focar não apenas na redução do consumo de carne, mas também na evitação de ultraprocessados.

Fonte: Jornal o Sul

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Saúde

Com posto de saúde abandonado, mulher indígena grávida de 8 meses é atendida em ‘maca’ improvisada

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Uma mulher indígena grávida de oito meses precisou ser atendida em uma “maca improvisada” com cadeiras na Aldeia Guarani Pindó Mirim, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, durante visita médica no início de março.

Desde 2023, quando o forro do posto de saúde desabou, as 27 famílias da etnia Mbyá Guarani que moram no local não têm espaço apropriado para atendimento médico e precisam realizar consultas uma vez por semana em locais improvisados.

“Bem desconfortável, ainda mais ter que deitar na cadeira, porque dói as costas” ,diz Nicole Moreira da Silva.

Nicole não foi a única mulher grávida da aldeia indígena a precisar receber atendimento improvisado. Adriana da Costa também realizou consulta deitada em cadeiras agrupadas.

“É um perigo para nós, também. Ter que deitar é um perigo para as costas e para a criança, porque a cadeira é dura”, diz.

De acordo com Valdecir Moreira, cacique da aldeia, a situação já foi relatada à Secretaria da Saúde Indígena do Ministério da Saúde, à Prefeitura de Viamão e ao Ministério Público Federal (MPF), mas, pelo terceiro ano seguido, o posto de saúde segue abandonado.

“Esse espaço era uma maravilha, tinha tudo aqui dentro. Tinha espaço odontológico completo, macas para as mulheres gestantes serem atendidos. A gente tinha, completo, o que o posto de fora também tem”, diz.

A Prefeitura de Viamão diz que a gestão, que assumiu no início do ano, está planejando a reestruturação, mas não dá prazo. O MPF diz que esteve no local e ouviu as demandas da população. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) diz que o órgão responsável pela saúde indígena é o Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde afirma que abriu uma licitação para contratar uma empresa para reformar a Unidade Básica de Saúde Indígena da Aldeia Itapuã e que não conseguiu realizar a obra no ano passado por falta de empresas interessadas.

 

Aldeia abriga 27 famílias
Afastada do centro de Viamão, a Aldeia Guarani Pindó Mirim ocupa um espaço de 20 hectares e abriga 27 famílias da etnia Mbyá Guarani. O terreno é próximo à Reserva Estadual do Itapuã, território considerado ancestral pela etnia.

O local tem um posto de saúde há 20 anos, mas o local deixou de ser usado por falta de segurança e infraestrutura, principalmente depois que o forro de gesso do local desabou. Equipamentos médicos, cadeira de dentista e mesmo o ar-condicionado do local seguem no prédio em ruínas, sem manutenção.

O atendimento médico à população acontece de forma improvisada: profissionais de saúde ligados à Prefeitura de Viamão vão à aldeia toda segunda-feira e precisam improvisar a estrutura necessária. Crianças e idosos da aldeia precisam ter atendimento odontológico no meio do pátio, por exemplo.

“Idoso tirando dente na rua é um descaso. Hoje é falta de vontade de fazer, não falta verba. Falta vontade com a minoria”, diz o cacique.

Foto: Reprodução/RBS TV

FONTE: G1RS

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Destaque

Equipamento da Hemodinâmica chega ao Vida & Saúde

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Mais um importante passo foi dado para a implementação do Serviço de Alta Complexidade em Cardiologia, Hemodinâmica e Cirurgia Cardíaca no Hospital Vida & Saúde. Nesta terça-feira (25), o HVS recebeu o angiógrafo, equipamento que será instalado no setor de hemodinâmica.

Importado do Japão, o equipamento chega ao Vida & Saúde após uma intensa logística que iniciou no dia 31 de dezembro de 2024 – quando embarcou rumo ao Brasil. “Desde o fim do ano estamos acompanhando o transporte do equipamento, que teve sua rota alterada em função de diversos fatores, mas que agora chega ao Vida & Saúde como um marco importante na estruturação do Serviço”, explica o presidente Sidnei Strejevitch.

A chegada ao HVS também exigiu uma logística diferente. Em virtude do peso dos volumes, o equipamento precisou ser içado por guindaste até o sexto pavimento da Nova Unidade, onde funcionará o Serviço de Cardiologia.

Adquirido com recurso de R$ 5 milhões do Tribunal de Justiça do RS, a partir de Convênio com o Governo do Estado, o equipamento é o primeiro a ser alocado no serviço de Cardiologia. Nos próximos dias, técnicos realizarão a primeira fase da montagem do equipamento, seguindo com ajustes na infraestrutura das salas, novas instalações e vistorias.

Além do recurso do TJRS, o Serviço de Alta Complexidade em Cardiologia, Hemodinâmica e Cirurgia Cardíaca também recebeu o recurso de R$ 5 milhões da Prefeitura Municipal de Santa Rosa, R$ 5 milhões da Câmara Municipal de Vereadores e R$ 1,1 milhão do programa Avançar Mais do Governo do Estado para a aquisição de instrumental cirúrgico.  Ainda em fase de estruturação, a Cardiologia do Vida & Saúde ainda passa por obras e instalações.

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Destaque

Vida & Saúde trata sobre o Serviço de Cardiologia com Vice-Governador

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Uma comitiva de Santa Rosa reuniu-se com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza nesta segunda-feira (17). Na oportunidade, o presidente do Hospital Vida & Saúde, Sidnei Strejevitch e a diretora-geral Vanderli de Barros, acompanhados do prefeito Anderson Mantei, trataram sobre o andamento do Serviço de Alta Complexidade em Cardiologia no Vida & Saúde. A agenda com o vice-governador foi uma solicitação do prefeito Anderson Mantei.

Com a presença da secretária adjunta de saúde, Ana Costa e da equipe técnica da Secretaria, a reunião abordou o andamento das obras e da instalação de equipamentos do Serviço e contou com apresentação de projetos com solicitação de novos recursos para o Hospital.

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