Agro
Fetag mobiliza produtores para protesto contra a importação de leite
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) está mobilizando os sindicatos de todos o Estado para um protesto em defesa da cadeia produtiva do leite. A atividade está programada para o dia 1º de agosto, a partir das 9h, no porto internacional de Porto Xavier.
Em entrevista à Rádio Colonial, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que o objetivo é pressionar o governo federal a adotar cotas ou tarifas para limitar a compra de lácteos da Argentina e do Uruguai, de onde vem a maior parte dos importados. “Se o governo não quer intervir no acordo do Mercosul, deve fazer a mesma coisa que eles fazem lá, que é incentivar, dar subsídio ao produtor aqui”, destacou Silva.
Segundo o líder sindical, o preço está caindo neste momento de entressafra, em que deveria estar aumentando.
No primeiro semestre do ano o Brasil importou quase 116 mil toneladas de leite, creme de leite e lácteos (exceto manteiga e queijo), volume 240% superior ao registrado no mesmo período de 2022, de acordo com dados da plataforma ComexStat, do governo federal.
Entre as reivindicações está a criação de uma barreira comercial para impedir a entrada de leite e derivados de países membros do Mercosul. Silva disse que se o governo Lula não quer mudar as regras do Mercosul, então que, siga o exemplo destes países e conceda subsídios aos produtores brasileiros.
Carlos Joel da Silva afirma que a Fetag não é contra o Mercosul, mas concorrência com a produção dos países vizinhos é desleal, pois os produtores destes países recebem subsídios governamentais e são beneficiados pelo menor custo de produção, fatos que, segundo ele, desestimulam a continuidade das famílias brasileiras na atividade.
Também a criação de regra que proíba as indústrias que importam leite ou derivados de receberem qualquer tipo de benefício fiscal do Estado do Rio Grande do Sul.
A entidade também reivindica junto ao governo do Estado a liberação de recursos do Fundoleite para implementar ações de apoio aos produtores de leite gaúchos.
Fonte: Paulo Marques Notícias
Agro
Grandes personalidades do agronegócio estarão no “Painel do Centenário da Soja”
Grandes autoridades e personalidades do agronegócio nacional estão com presença confirmada no “Painel do Centenário da Soja”, que acontecerá de 02 a 06 de dezembro, durante a Fenasoja 2024. Programação integra as comemorações do centenário do plantio da soja no Brasil, que ocorrerão durante a Feira Nacional da Soja.
Entre os nomes está Aurélio Pavinatto- CEO SLC (dia 02/12), Silvia Massruhá-presidente Nacional da Embrapa (03/12), na quarta-feira (04/12) o Cooperativismo será destacado na programação com nomes relacionados ao setor, através de uma parceria da Sicredi, Cooperluz, Cotrirosa, Cresol e Coopermil. Já na quinta-feira (05/12), o painel será com Francisco Turra presidente Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetai. Os debates acontecerão de segunda a sexta-feira, das 08 às 10h da manhã, no auditório central do parque de exposições.
O centenário da soja no Brasil será a grande comemoração da Fenasoja 2024, marcada para ocorrer de 29 de novembro a 08 de dezembro, no Parque de Exposições de Santa Rosa.
Programação do Painel do Centenário da Soja
SEGUNDA-FEIRA 02/12- 8h30min- Futuro da Soja no Brasil e no Mundo. Convidado: Aurélio Pavinatto – CEO da SLC Agrícola.
TERÇA-FEIRA 03/12- 8h30min – Futuro da Pesquisa, Tecnologia e Inovação da Soja. Convidada: Sílvia Massruhá – Presidente Nacional da EMBRAPA.
QUARTA-FEIRA 04/12- 8h30min – O Futuro do Cooperativismo” Convidados: SICREDI, CRESOL, COOPERMIL, COTRIROSA, COOPERLUZ.
QUINTA-FEIRA 05/12- 8h30min – A Importância e a Sustentabilidade dos Biocombustíveis na Cadeia da Soja . Convidado: Francisco Turra – Ex-ministro da Agricultura e Presidente da APROBIO.
SEXTA-FEIRA 06/12 8h30min – Papel da TECNOPUC no Berço Nacional da Soja e Região Noroeste do RS. Convidado: Luís Humberto M. Villwock – Head Celeiro AgroHub/TECNOPUC.
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Plantio da soja começa no Rio Grande do Sul
Conhecido como vazio sanitário, o período de proibição para cultivo da soja no Rio Grande do Sul se encerrou no final de setembro e, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), a janela recomendada para plantio teve início em primeiro de outubro, marcando o começo da Safra 2024/2025. Contudo, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (10/10), a operação de semeadura ainda está em estágio incipiente, restrita a pequenas áreas, de caráter mais experimental ou em cultivo escalonado, sem expressão estatística. Os produtores ainda estão concentrados na preparação das áreas e na dessecação da vegetação para garantir o adequado estabelecimento das lavouras.
A área a ser cultivada está estimada pela Emater/RS-Ascar em 6.811.344 hectares, representando aumento de 1,54% em relação à safra anterior. A produtividade média projetada é de 3.179 kg/ha, e a produção estimada de 21.652.404 toneladas.
Impulsionada pelo avanço das atividades na Metade Norte e na Fronteira Oeste do Estado, onde as operações de semeadura estão bastante avançadas e praticamente concluídas, a área semeada de milho atingiu 64% do projetado para a safra, apresentando evolução de 4% em relação ao período anterior. Contudo, nas regiões Centro e Sul, o ritmo de semeadura está mais lento devido ao excesso de umidade do solo, o que dificulta as operações com máquinas agrícolas, tanto pela falta de piso quanto pelo risco de compactação do solo.
As lavouras estão predominantemente em desenvolvimento vegetativo (99%); apenas 1% das lavouras, semeadas mais precocemente, iniciou a floração. As condições climáticas durante o ciclo da cultura têm sido favoráveis ao desenvolvimento das plantas, principalmente pela manutenção da umidade do solo em níveis adequados e pela alta disponibilidade de radiação solar. Para a Safra 2024/2025 no Estado, a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade está estimada em 7.116 kg/ha.
PASTAGENS
As pastagens cultivadas de inverno estão finalizando seu ciclo produtivo. As espécies anuais de verão se encontram em fase inicial de crescimento, proporcionando boa oferta de pasto. As adubações nitrogenadas foram realizadas antes das chuvas. As lavouras de trigo para silagem estão no estágio de enchimento de grãos, e o milho para silagem foi semeado.
BOVINOCULTURA DE CORTE
O rebanho bovino de corte está se recuperando devido às condições climáticas favoráveis e à recuperação dos campos nativos e das pastagens cultivadas. O ganho de peso varia consideravelmente conforme o manejo prévio, sendo mais significativo em pastagens bem estabelecidas, fertilizadas e com carga animal adequada. Já as áreas com alta densidade de animais enfrentam limitações no crescimento, afetando a disponibilidade e o ganho diário de peso. Atualmente, a atividade pecuária inclui bovinos na fase final de engorda e reprodução, além de touros destinados à comercialização para reprodução.
BOVINOCULTURA DE LEITE
O estado nutricional do rebanho encontra-se dentro dos parâmetros normais, com sanidade e escore corporal adequados. Em diversas propriedades, foram implementadas práticas de sincronização e IATF, visando otimizar a reprodução. As atividades de manejo incluem o monitoramento de partos, o desmame e a vacinação contra brucelose em terneiras de 3 a 8 meses. Além disso, a secagem das vacas tem sido realizada para preservar a saúde do úbere antes da próxima lactação, assegurando uma transição saudável e produtiva entre os ciclos de lactação.
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