Geral
Exposição ao excesso de luz noturna pode ter relação com maior risco de Alzheimer, aponta pesquisa
Um estudo do Centro Médico da Universidade Rush, publicado na última sexta-feira, 6, na revista Frontiers in Neuroscience, revelou uma associação entre maior exposição à luz noturna ao ar livre — conhecida como poluição luminosa — e uma maior prevalência de Alzheimer, a principal causa de demência no mundo.
Os pesquisadores analisaram dados de satélites de 48 estados americanos (exceto Alasca e Havaí) e informações de pacientes do Medicare, o programa de saúde para pessoas com doenças crônicas.
“O fenômeno foi observado tanto na média de 2012 a 2018 quanto em cada ano analisado individualmente, em pessoas com mais e menos de 65 anos, de ambos os sexos”, afirma o estudo.
Os cientistas ficaram surpresos ao descobrir que, entre indivíduos com menos de 65 anos, a intensidade da luz noturna estava mais fortemente associada à prevalência de Alzheimer do que qualquer outro fator de risco incluído no modelo.
Segundo os pesquisadores, pessoas mais jovens podem ser especialmente sensíveis aos efeitos prejudiciais da luz noturna. No entanto, os dados do Medicare são limitados para essa faixa etária, já que o programa atende principalmente idosos.
Limitações e Destaques
O estudo possui algumas limitações, como a resolução máxima dos dados de satélite — que abrange o nível de condado, que pode incluir várias cidades — e possíveis confusões com poluição do ar e sonora.
Apesar disso, o estudo acerta ao propor a análise do impacto de fatores ambientais no desenvolvimento do Alzheimer e da demência, uma síndrome marcada pelo declínio cognitivo e perda de autonomia.
Embora a exposição à poluição luminosa não esteja entre os 14 hábitos modificáveis associados à doença, o estudo encontrou uma associação significativa. “A intensidade média da luz noturna foi associada à prevalência de Alzheimer, mesmo quando considerados fatores como abuso de álcool, doença renal crônica, depressão, insuficiência cardíaca e obesidade”, destacam os pesquisadores, sugerindo que a poluição luminosa pode ter uma influência mais forte do que alguns fatores de risco conhecidos.
No entanto, outros fatores como fibrilação atrial, diabetes, hiperlipidemia, hipertensão e acidente vascular cerebral também mostraram forte associação com a prevalência de Alzheimer.
Mecanismo Proposto
Para a professora Robin Voigt, principal autora do estudo e diretora do Circadian Rhythm Research Laboratory da Universidade Rush, a principal hipótese é a disrupção do ritmo circadiano. “Quando interrompemos o ritmo circadiano, promovemos doenças mediadas por inflamação”, explicou ao Estadão.
Ela acrescenta que a interrupção dos ritmos circadianos pode aumentar a produção de citocinas pró-inflamatórias e afetar o microbioma intestinal, resultando em neuroinflamação. Isso pode levar à ruptura da barreira hematoencefálica e permitir que células imunes periféricas entrem no cérebro, onde podem ativar as microglias e desencadear neurodegeneração.
Além disso, a interrupção do ritmo circadiano está associada a distúrbios do sono, que também são relevantes para a pesquisa sobre demência.
Opiniões de Outros Cientistas
Estudar a relação entre poluição luminosa e Alzheimer é inovador, mas, de acordo com uma revisão da Universidade Médica de Wroclaw, na Polônia, “há um número crescente de pesquisas sublinhando a complexidade dessa correlação”. Estudos com modelos animais já exploram como a luz noturna pode promover neurodegeneração, mas são necessárias pesquisas com acompanhamento de pacientes, preferencialmente a partir dos 40 anos, utilizando dispositivos que meçam a exposição à luz interna.
A geriatra Claudia Kimie Suemoto, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), considera o estudo interessante e criativo, mas ressalta que a relação precisa de mais investigação. “O estudo usa informações mais gerais do que o ideal e é difícil separar a poluição luminosa de outros fatores como poluição do ar e sonora”, afirma.
Recomendações
“Nenhum fator isolado determinará se alguém desenvolverá Alzheimer. É necessário considerar a totalidade da pessoa”, ressalta Robin Voigt. Embora o estudo se concentre na luz externa, a exposição à luz interna também pode ser relevante e é controlável. Ela sugere algumas medidas para reduzir a exposição à poluição luminosa:
- Reduzir o uso de eletrônicos, como smartphones e televisores, à noite.
- Optar por luzes mais quentes em casa, em vez de lâmpadas brancas.
- Usar máscaras para dormir.
- Utilizar cortinas blackout.
Fonte: Estadão
Destaque
Tape Porã terá ciclovia interna
Um dos locais mais frequentados pelas famílias santa-rosenses, o Tape Porã, vai contar com uma ciclovia interna. A ordem de início para a execução da obra dentro do parque linear foi assinada pelo prefeito Anderson Mantei. Mais de R$ 570 mil serão investidos no local.
O projeto prevê a construção de uma pista de concreto que vai do quartel até o pórtico da Oktoberfest.
Além da ciclovia, o Tape Porã tem recebido outras melhorias. Neste ano, foi concluída a etapa III de ampliação do local, que vai da Vila Beatriz até a Vila Oliveira. A obra de 460 metros contemplou uma área total de 10.889,03 m². Mais de R$ 1,4 milhão de recursos próprios foram investidos no projeto.
[mailpoet_form id="1"]Ciência
Entidades afirmam que transplantes são seguros e salvam vidas
O Sistema Nacional de Transplantes é considerado o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, garantido a toda a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que financia cerca de 88% dos transplantes no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
O transplante de órgãos pode salvar vidas, especialmente quando se trata de órgãos vitais como o coração, e também pode devolver a qualidade de vida quando o órgão transplantado não é vital, como os rins. Com o transplante, é possível prolongar a expectativa de vida, restabelecendo a saúde e permitindo a retomada das atividades normais.
Segurança
O caso do Rio de Janeiro é inédito. Assim que foi noticiado, entidades médicas e de saúde, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) e o Ministério da Saúde prontamente defenderam o Sistema Nacional de Transplantes.
Entre as entidades estão a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “É um sistema que funciona há décadas e tem possibilitado a recuperação da visão de milhares de pessoas no país. Nosso sistema de transplante de córnea é reconhecidamente um dos melhores do mundo”, diz o presidente da SBC, José Álvaro.
Segundo Álvaro, um dos pacientes recebeu o transplante de córnea de um dos doadores infectados por HIV. Como a córnea não é um órgão vascularizado, ele não foi infectado.
Para ele, o caso do Rio de Janeiro é “seríssimo” e está sendo devidamente investigado, mas não deve comprometer a confiança em um sistema que “salvou a vida de milhões de pessoas e devolveu a visão a milhares”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em todo o país, 44.777 pessoas esperam por um transplante de órgão. A maioria, 41.395, estão na fila por um rim. O fígado aparece em segundo lugar, com uma fila de 2.320 pessoas, seguido pelo coração, com 431. São Paulo é o estado com o maior número de pessoas aguardando um transplante, com 21.564. O Rio de Janeiro está em quinto lugar, com 2.167 pessoas na lista de espera.
Fonte: Agência Brasil
[mailpoet_form id="1"]Esportes
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