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Estudo do Banco Mundial reforça necessidade de reformas no serviço público

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Recente relatório divulgado pelo Banco Mundial, analisando a evolução dos gastos com a folha dos servidores públicos no país e nos Estados na última década, reforça que a realização de reformas administrativas representa uma oportunidade “de ganhos fiscais significativos” a partir da racionalização das despesas de pessoal.

O estudo mostra que gastos sustentáveis com a folha de pagamento do funcionalismo aliados a mudanças na gestão permitem ampliar a produtividade e identificar os servidores com melhor desempenho. Entre 2008 e 2018, houve crescimento real dos salários entre os servidores federais de 2,5% ao ano. Nos Estados, aponta o levantamento, este percentual chegou a 4% ao ano entre 2003 e 2017, puxado em especial pelo crescente número de inativos e as regras da paridade dos vencimentos.

A análise está alinhada com a proposta de reforma administrativa e previdenciária elaborada pelo governo do Estado e que será apresentada à Assembleia Legislativa. “Reforça a nossa convicção sobre a necessidade de reformas estruturais. Nos últimos dez anos, a despesa com pessoal teve um salto nominal de 187% no RS, o dobro da inflação oficial”, afirma a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos.

Em 2007, a folha e encargos dos servidores estaduais do RS representavam R$ 10,1 bilhões, chegando a R$ 29,2 bilhões no ano passado. “Em 2019, serão mais de R$ 30,7 bilhões, mesmo sem o governo conceder reajuste salarial. É despesa que cresce e impede uma política que valorize o servidor”, acrescenta a secretária.

Conforme o relatório do Banco Mundial, 20 das 27 unidades brasileiras já apresentaram atraso no pagamento de servidores, sendo que a metade compromete mais de 60% da sua Receita Corrente Líquida (RCL) com despesas com pessoal. Os dados indicam que as gratificações e os adicionais por tempo de serviço representam entre 16% a cerca de 40% do pagamento mensal na média dos Estados.

“Quanto maior o número de rubricas de gratificações, maior a imprevisibilidade da folha, o aumento da pressão para incorporação previdenciária de tais benefícios, a dispersão salarial e a consequente ampliação do número de decisões judiciais”, consta no relatório.

Na conclusão do estudo, o texto aponta urgência em uma revisão dos benefícios concedidos e incorporados à aposentadoria. A reforma estrutural apresentada pelo governador Eduardo Leite às entidades sindicais e demais Poderes busca, justamente, conter o chamado crescimento vegetativo da folha. Com o fim da incorporação das vantagens temporais e gratificações, mais as mudanças na Previdência de civis e militares a partir da reforma em votação no Congresso, o Estado busca aliviar em R$ 25 bilhões os gastos para os próximos dez anos.

O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, aponta a situação previdenciária do Rio Grande do Sul como uma das piores do Brasil, por motivos como aumento da expectativa de vida e uma estrutura pública mais antiga. “Neste ano, o sistema previdenciário do Estado terá um déficit superior a R$ 12 bilhões. O cenário atual no Rio Grande do Sul é de que 82% da despesa liquidada até o momento em 2019 está comprometida com o pagamento de pessoal. Aqui no Estado, a folha corresponde a 60% de inativos e 40% de ativos”, explica.

Além das alterações nas carreiras, está em discussão na Assembleia a proposta de LDO para 2020, que prevê o congelamento de gastos com pessoal de maneira transversal, em todos os Poderes.

As medidas propostas para a previdência do Estado seguem os textos do governo federal da PEC 6/2019 e do PL 1645/2019 e, de acordo com o secretário Marco Aurelio, são essenciais para alcançar o equilíbrio fiscal que vai permitir ao Estado retomar uma agenda adequada de investimentos, que há décadas está retraída.

“Precisamos de regras mais profundas para alcançar uma nova perspectiva que permita o gradual equilíbrio das contas públicas e uma nova realidade para os servidores do Estado, além da garantia de serviços fundamentais de qualidade oferecidos a toda a população”, afirma.

Clique aqui e acesse o estudo do Banco Mundial

Clique aqui e acesse a cartilha da Reforma Estrutural do Estado

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Ex-ministro de Bolsonaro vira número dois em ministério de Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Helder Melillo Lopes Cunha Silva para exercer o cargo de secretário-executivo do Ministério das Cidades, pasta que atualmente é comandada por Jader Barbalho Filho, filho do ex-senador e ex-governador do Pará Jader Barbalho e irmão do atual governador do Estado, Helder Barbalho (MDB). O cargo é tido como de confiança e considerado como o posto de número dois em um ministério.

A nomeação de Cunha Silva foi publicada no Diário Oficial da segunda-feira (15).

“O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XXV, da Constituição, resolve: nomear Helder Melillo Lopes Cunha Silva, para exercer o cargo de Secretário-Executivo do Ministério das Cidades, ficando dispensado da função que atualmente ocupa”, informa trecho do decreto publicado no Diário Oficial.

A pasta é responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida, umas das principais vitrines do governo Lula. O nome de Cunha Silva havia sido cogitado quando um racha interno no MDB estava travado a nomeação do secretário-executivo.

Em seu currículo, Helder exibe longa experiência no governo. Na gestão de Jair Bolsonaro, por exemplo, foi secretário-executivo e ministro interino no Ministério de Desenvolvimento Regional, por curto espaço de tempo, após a exoneração de Daniel de Oliveira Duarte Ferreira em dezembro de 2022.

Nos bastidores, a informação é que o líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (AL), tentava alçar ao cargo o secretário nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Tomé. Porém, o ministro Jader Filho resistiu por querer alguém mais próximo a ele.

O cargo de número 2 do Ministério das Cidades estava vago desde a saída do ex-deputado federal Hildo Rocha (MDB), demitido na última sexta-feira (12).

Rocha já havia sido demitido do cargo, de surpresa em janeiro. Entretanto, ele retornou ao ministério no mês seguinte. Quando sua demissão foi publicada, em 12 de janeiro, Hildo Rocha disse que havia ficado sabendo dela por meio do Diário Oficial, explicação que pegou mal nos bastidores. Tanto que, depois da declaração, a exoneração dele foi alterada no diário para “a pedido”, ou seja, como se o ex-secretário tivesse pedido demissão.

 

 

Fonte: O Sul.

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CCJ: Relator do projeto acolhe emendas da oposição para cota racial em concursos

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Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
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Na tentativa de impulsionar a proposta de prorrogação da cota racial para concursos públicos no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto de lei (PL), acatou, total ou parcialmente, sete emendas apresentadas por colegas senadores, a maioria proveniente da oposição. O novo relatório foi apresentado nesta quarta-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Entre as emendas acatadas, destacam-se a redução do prazo de vigência da nova lei de 25 para dez anos, assim como a exclusão das cotas específicas para indígenas nos concursos do Ministério dos Povos Indígenas e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Além disso, o senador Costa também acatou o pedido para eliminar o artigo que estipulava metas de representatividade étnico-racial nos quadros do serviço público, como a ocupação de cargos de chefia, que deveriam seguir a proporção populacional dos grupos raciais calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outras emendas adotadas pelo relator introduziram novas diretrizes para a verificação da raça dos candidatos, incluindo a exigência de normas padronizadas em nível nacional, além de medidas adicionais para combater fraudes.

Após a apresentação do novo relatório, foi concedido um novo pedido de vista para que os senadores possam analisar as alterações. Com isso, a votação do projeto foi adiada para a próxima quarta-feira (24). O PL está sendo analisado em caráter terminativo na CCJ, o que significa que, se aprovado, seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.

“Entendo que todas as modificações que fizemos foram no sentido de atender emendas, a maioria delas propostas pela própria oposição”, afirmou Costa. As mudanças acatadas pelo relator foram solicitadas por senadores como Alessandro Vieira (MDB-SE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Viana (Podemos-MG), Magno Malta (PL-ES) e Rogério Marinho (PL-RN).

Em relação à legislação atual, o PL amplia de 20% para 30% as vagas destinadas às cotas raciais, incluindo também indígenas e quilombolas. Atualmente, as cotas raciais em concursos públicos são reservadas apenas para a população negra. A legislação vigente, aprovada em 2014, perderá sua validade em junho deste ano.

Devido ao prazo para o término das regras de cotas raciais em vigor para concursos públicos, o relator Humberto Costa apelou para que o projeto fosse votado ainda nesta quarta-feira.

“Temos um concurso em andamento e, se essas regras não estiverem explícitas e claras, podemos enfrentar grandes problemas com processos judiciais, principalmente no momento da posse dessas pessoas, porque os concursos devem ocorrer durante a vigência da lei atual, e o processo de posse e integração ao serviço público ocorrerá posteriormente”, ressaltou Costa.

O líder da oposição, Rogério Marinho, destacou que o tema é bastante polêmico e que é necessário debater mais a questão das cotas raciais. “É humanamente impossível analisarmos esse projeto e deliberarmos sem termos a oportunidade de verificar quais modificações foram feitas para eventualmente propormos novas emendas”, afirmou.

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Senado aprova PEC que criminaliza porte de drogas em confronto com o STF

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado - imagem ilustrativa
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O Senado aprovou, nesta terça-feira, 16, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tipifica como crime o porte de drogas, em mais uma resposta direta ao Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto a Corte analisa um processo sobre o tema com uma perspectiva oposta àquela adotada pelos senadores, a PEC incorporará um artigo à Constituição, considerando tanto a posse quanto o porte de drogas como atos ilícitos, independentemente da quantidade. Segundo uma emenda proposta por Rogério Marinho (PL-RN), caberá aos policiais fazer a distinção entre usuário e traficante. A votação ocorreu em dois turnos no mesmo dia, com 53 votos a favor e 9 contra na primeira votação, e 52 a favor e 9 contra na segunda. Agora, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.

Com essa diferenciação, a PEC abre espaço para que usuários possam receber penas alternativas à prisão e tratamento para dependência. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é o autor da proposta.

Essa é mais uma derrota que o Senado inflige ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido já sofreu contratempos similares, como nos casos dos projetos de lei do marco temporal e da “saidinha”, ambos já aprovados pelo Congresso Nacional.  Tanto o PDT quanto o PSB, que são os partidos mais alinhados à base governista, optaram por apoiar a PEC. Eles foram acompanhados pelo PSD, PL, União, PP, Republicanos, além da oposição e da minoria. O MDB e a maioria liberaram suas bancadas.

Críticos afirmam que o endurecimento das regras resultará em uma superlotação carcerária. “Transferir para terceiros, um agente público, se aquele cidadão é traficante ou dependente, é gerar um sistema que vai colocar muita gente inocente e sem necessidade na prisão”, argumenta Rogério Carvalho (PT-SE).

Atualmente, o artigo 28 da Lei de Drogas estabelece que o usuário flagrado portando drogas deve ser advertido, prestar serviços à comunidade ou comparecer a um programa ou curso educativo. É esse mesmo artigo que está sendo avaliado pela Corte quanto à sua constitucionalidade.

Neste momento, o STF está julgando um caso que poderia descriminalizar o uso de maconha. O placar está 5 a 3, com divergências entre os ministros sobre a dosimetria, ou seja, o cálculo da quantidade de droga que diferenciaria um usuário de um traficante. Alguns ministros, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, argumentam que o limite é de 60 gramas. O crime de tráfico é punível com cinco a 15 anos de prisão, além de multa.

A oposição lidera a resistência contra o Supremo Tribunal, assim como fez quando o Congresso transformou a interpretação do marco temporal – que define o dia 5 de outubro de 1988 como ponto de referência para a demarcação de terras indígenas – em lei. Eles argumentam, principalmente, que a maconha é uma “porta de entrada” para drogas mais pesadas.

Fonte: Notícias ao minuto

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