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Ensino

Escolas públicas sofrem com baixa qualidade do ensino de inglês

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O uso do inglês como prática social – aquela aplicada a necessidades básicas de comunicação, como se apresentar, pedir produtos em uma loja ou manter uma conversa curta – ainda não é o foco principal do ensino da língua estrangeira na rede pública, de acordo com a pesquisa divulgada pela agência do governo britânico British Council.

Apenas dois estados brasileiros avaliados atingiram todos os critérios necessários para o ensino de qualidade do inglês: Paraná e Pernambuco. São Paulo e Distrito Federal ficaram atrás, mas acima da média brasileira. Pará, Amapá, Goiás, Mato Grosso e Alagoas não aparecem no estudo. Os demais estados apresentaram desempenho mediano ou insuficiente para os critérios do British Council, agência internacional do Reino Unido para educação e cultura.

Chamado Políticas Públicas para o Ensino de Inglês, o levantamento avalia o panorama que receberá, no ano que vem, as mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. De acordo com o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2018, o ensino da língua inglesa passará a integrar o currículo como matéria obrigatória.

Desafios

A pesquisa aponta dois déficits no desenvolvimento do ensino do idioma nas escolas públicas: a falta de professores qualificados e o foco no ensino gramatical em detrimento do ensino social da língua. “Uma vez que os discursos se organizam em práticas sociais, historicamente construídas e dinâmicas, o seu ensino pela prática traz um maior significado para o aluno”, explica Cíntia Toth Gonçalves, gerente sênior de inglês do British Council.

De acordo com o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2017, apenas 45% dos 62 mil professores de inglês na rede pública têm formação superior na área de línguas estrangeiras. Paraná e Sergipe são os únicos estados com mais de 70% dos docentes habilitados em língua inglesa ou estrangeira moderna.

“Essa é uma situação difícil, mas não única no mundo. No contexto brasileiro, é primordial que se concentrem esforços também na formação inicial dos futuros professores para que eles estejam preparados para atender à demanda gerada pela BNCC”, afirma Cintia.

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Ensino

Escolas Destaque da Rede Municipal de Ensino recebem certificação

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Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Rosa
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A Prefeitura de Santa Rosa através da Secretaria de Educação e Cultura, realizou a entrega de uma certificação para as escolas que foram destaque no primeiro semestre de 2024. A ação faz parte do Projeto “Educação: Um olhar para o futuro de Santa Rosa”. Implementado pelo Governo desde 2022, a atividade possibilita a análise dos dados pedagógicos e de aprendizagem das EMEFs que fazem parte da Rede Municipal de Ensino.

Neste primeiro semestre, foram destaque duas escolas do interior de Santa Rosa. Nos anos iniciais, a EMEF Érico Veríssimo e nos anos finais, a EMEF 15 de Novembro. A Secretária de Educação e Cultura, Josyane Heck, destaca que a premiação tem o objetivo de motivar e estimular os alunos, a serem mais comprometidos com o processo de ensino, “Estas ações contribuem para a melhoria do desempenho educacional dos estudantes, impulsionando positivamente os índices de qualidade no ensino”.

Através do projeto, as escolas têm acesso a novas metodologias, além de estratégias para melhorar o índice de aprendizagem dos alunos. Periodicamente, o município realiza também avaliações em forma de simulados aos moldes do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, com o intuito de qualificar cada vez mais, o ensino na Rede Municipal. Durante a entrega dos certificados, os profissionais e a direção de cada escola participaram de uma confraternização com a equipe da SMEC.

 

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Ensino

Idosa de 90 anos começa a estudar jornalismo, após cinco graduações concluídas

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Foto: Unicap
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Inspirando pessoas de todas as idades, Dorothi Lira da Silva, uma idosa de 90 anos natural de Olinda, Pernambuco, iniciou seus estudos em Jornalismo após já ter concluído cinco graduações. Sua história é um verdadeiro exemplo de dedicação e vontade de aprender.

Nascida em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, Dorothi aprendeu a ler em casa com a ajuda da mãe. Apesar de ter deixado a escola cedo devido ao medo da tuberculose, ela nunca perdeu o desejo de estudar.

Depois de décadas, casamento e três filhos, Dorothi retomou os estudos e concluiu uma série de graduações, incluindo Pedagogia, Ensino Religioso, Ciências Físicas e Biológicas, Matemática e Direito. Sua determinação em adquirir conhecimento a levou a buscar o curso de Jornalismo, mesmo não sendo oferecido em uma instituição próxima.

Mesmo com a falta do curso em sua região, Dorothi não desistiu e concluiu a graduação em Direito no ano passado. No entanto, seu desejo pelo jornalismo permaneceu forte. Agora, aos 90 anos, ela se encontra entre alunos muito mais jovens, mas sua paixão pela aprendizagem continua inabalável.

Dorothi ressalta a importância da educação de qualidade para as futuras gerações e deseja que todas as crianças tenham a oportunidade de estudar e aprender. Sua história inspiradora mostra que nunca é tarde para buscar conhecimento e seguir os sonhos.

 

Fonte: Só notícia boa

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Ensino

Desafios persistentes na luta contra o analfabetismo no Brasil

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Foto: Divulgação
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Erradicação do analfabetismo até 2024 era um dos objetivos do Plano Nacional de Educação, lançado há uma década, porém o país ainda está distante dessa meta. Embora o problema esteja mais concentrado no Nordeste, com uma taxa de analfabetismo de 11,2% em 2023, o Rio Grande do Sul apresenta uma taxa de 2,7% entre a população acima de 15 anos, esses dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2023, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa era de 2,5% no Estado, enquanto em 2019 era de 2,4%, indicando uma estabilidade, considerando a margem de erro. Cerca de 62,5% dos 256 mil analfabetos do Estado são brancos, totalizando aproximadamente 160 mil pessoas. No entanto, proporcionalmente, a população negra é mais afetada, dado que há menos pessoas pretas e pardas do que brancas no Rio Grande do Sul.

No Brasil, aproximadamente 9,3 milhões de pessoas são incapazes de ler ou escrever, segundo dados do IBGE. Entretanto, especialistas acreditam que esse número possa ser ainda maior. Na pesquisa, os entrevistados são questionados se são capazes de escrever um bilhete simples. Aqueles que respondem negativamente são considerados analfabetos.

“A situação geralmente é mais grave do que sugere a Pnad, pois a pesquisa é baseada na autodeclaração dos participantes, o que pode ser influenciado pelo constrangimento das pessoas”, analisa a professora Patrícia Camini, da Faculdade de Educação da UFRGS. “A falta de desenvolvimento completo na alfabetização afeta a vida da pessoa em todos os aspectos, criando um estigma social por não dominar a leitura e a escrita.”

Esse é frequentemente o caso de pessoas mais velhas que são analfabetas, enfrentando dificuldades ao longo da vida e se sentindo constrangidas e desmotivadas. No Brasil, o analfabetismo é predominantemente um problema entre idosos, e no Rio Grande do Sul não é diferente. Considerando a faixa etária acima de 60 anos, a taxa aumentou de 6,8% para 7,4% entre 2022 e 2023, de acordo com a Pnad.

Impacto Social e Econômico

De acordo com João Paulo Derocy Cêpa, gerente de articulação e advocacy do Movimento pela Base, não ser alfabetizado na idade correta tem diversos efeitos negativos. “Assegurar a alfabetização precoce é garantir que os alunos desenvolvam as habilidades necessárias para continuar aprendendo em um caminho regular. Aqueles que não conseguem ler, escrever e compreender textos dificilmente aprenderão plenamente Matemática, História e Geografia, disciplinas que exigem interpretação de texto e análise crítica”, explica o especialista.

A alfabetização é fundamental para o desenvolvimento social, linguístico e cognitivo do indivíduo, segundo Patrícia Camini. Ela afirma que o atraso nessa formação fundamental resulta em uma falta de autoconfiança, o que pode contribuir para o aumento da evasão escolar a longo prazo. “Se a pessoa não aprende na idade correta, ela perde confiança em suas habilidades de comunicação. Em uma sala de aula regular, alguns alunos progridem na alfabetização, enquanto outros percebem que seu desenvolvimento é mais lento. Isso pode levar essas pessoas a desistirem de aprender, sentindo-se menos valorizadas pelo professor”, diz.

Fonte: GZH

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