Egípcios podem ter empregado um sistema de elevação para construir pirâmide há 4.500 anos.
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Egípcios podem ter empregado um sistema de elevação para construir pirâmide há 4.500 anos

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Foto: Divulgação

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Pesquisadores sugerem que os egípcios podem ter implementado um complexo sistema hidráulico, capaz de purificar águas e direcioná-las por meio de canais, para auxiliar na construção de uma de suas pirâmides mais antigas. Essa hipótese, apresentada em um estudo publicado nesta segunda-feira (5), indica que tal estrutura pode ter possibilitado a suspensão de um elevador para erguer as pesadas rochas utilizadas na construção.

O estudo, publicado na revista científica Plos One, analisou a pirâmide de Djoser, estimada em cerca de 4.500 anos. Localizada em Sacará, ao sul do Cairo, Djoser é uma das sete pirâmides mais antigas do Egito. Por ser a menor em comparação com as outras seis, sua estrutura é mais fácil de ser estudada, o que levou os pesquisadores a escolherem esse monumento.

“Desde o início, decidimos trabalhar em uma abordagem de engenharia reversa, considerando a pirâmide de Djoser como um protótipo para alcançar esse objetivo”, afirma Xavier Landreau, um dos autores do estudo e presidente do Paleotechnic, um instituto de pesquisa privado envolvido na elaboração do artigo.

Para formular novas teorias sobre como os egípcios ergueram essa pirâmide, os pesquisadores examinaram a região em um raio de aproximadamente 10 km ao redor dela. O objetivo inicial era entender o sistema que fornecia recursos hídricos para a construção do monumento. Para isso, desenvolveram um mapeamento da área e identificaram vestígios de uma bacia hidrográfica que, com a água da chuva, convergia para o rio Abusir, que atualmente está seco.

Neste rio, encontram-se vestígios de uma edificação conhecida como Gisr el-Mudir, com cerca de 2 km de comprimento. Sua existência já era reconhecida por egiptólogos, mas sua função real ainda gera dúvidas. Entre as hipóteses estão a possibilidade de ser uma fortaleza para proteção contra ataques de beduínos ou um recinto funerário.
A nova pesquisa apresenta uma nova suposição: que a estrutura funcionava como uma barragem para controlar o fluxo do rio e filtrar impurezas na água. Segundo Landreau, essa hipótese é sustentada por evidências relacionadas à construção, especialmente pela semelhança da estrutura com modelos contemporâneos de filtragem de água. O fato de a construção estar situada no local onde a correnteza do rio se dividia também fortalece essa teoria.

Os pesquisadores avaliaram dados hidrológicos e descobertas arqueológicas já documentadas, sugerindo que alguns compartimentos da trincheira serviam como bacias de sedimentação, retenção e purificação de água. Essas características, em conjunto com as suposições sobre a Gisr el-Mudir, levaram os autores a considerar ambas como parte de um sistema hidráulico. “Se considerarmos a Gisr el-Mudir e a trincheira profunda, podemos afirmar que elas constituem um sistema hidráulico unificado”, resume Landreau.

Outra possibilidade levantada pelo artigo é que esse sistema hidráulico pode ter sido essencial para a construção da pirâmide de Djoser. Os pesquisadores identificaram tubos que se estendiam da trincheira profunda até a pirâmide. Até então, suas funções eram desconhecidas, mas as análises sugerem que a água fluía por esses tubos. Dentro da pirâmide, a água seria direcionada para um ponto central, possivelmente um fosso que, para alguns egiptólogos, poderia ser o sarcófago do faraó Djoser. Contudo, o novo estudo propõe que esse compartimento poderia atuar como um elevador, levantando uma plataforma de rochas para facilitar a construção da pirâmide.

Além de avaliar a estrutura, os pesquisadores também consideraram a quantidade de água disponível para o funcionamento do mecanismo. Eles estimaram que apenas 1% a 3% do volume total de água da chuva estaria acessível durante o período de construção da pirâmide. Mesmo com essa proporção reduzida, o estudo concluiu que seria possível utilizar esse mecanismo de elevador integrado à pirâmide.

Essa suposição pode oferecer uma resposta a uma das principais questões que intrigam os egiptólogos: como os egípcios conseguiram transportar grandes e pesados blocos de pedra para as partes superiores das pirâmides durante sua construção? Embora a hipótese apresentada pelo novo estudo seja preliminar, ela pode abrir caminho para novas pesquisas.

Fonte: Notícias ao minuto

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Ciência

Sete planetas estarão alinhados no céu nesta sexta-feira

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Um desfile de planetas. É assim que o Observatório Nacional descreve o que se tem configurado no céu nos últimos dias. Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e, nesta sexta-feira (28), também Mercúrio, estão “alinhados”. Três planetas podem ser vistos a olho nu: Marte, Vênus e Júpiter. Os demais são mais difíceis de serem observados. Apesar de não ser raro, o fenômeno não deixa de ser um convite para olhar para cima e admirar.

“Como é um fenômeno que está distribuído em uma área muito grande do céu, não é um fenômeno para você olhar com o telescópio, é um fenômeno para você olhar com os olhos. Deitar em um lugar seguro, com a visão livre do Oeste, do poente, e apreciar essa grande essa beleza. Você vai ter, realmente, vários planetas visíveis no céu”, diz o astrofísico do Observatório Nacional Ricardo Ogando.

Ogando explica que Marte, Vênus e Júpiter estarão mais visíveis e serão mais fáceis de serem observados. A dica é olhar para o ponto onde o Sol se põe. Mercúrio aparecerá ali por um momento, mas será muito difícil vê-lo. Já Urano e Netuno são planetas muito distantes da Terra e, por isso, a luz que eles refletem é muito fraca, o que impossibilita a observação a olho nu. De acordo com o astrofísico, Mercúrio e Saturno tipicamente são visíveis a olho nu, mas estarão muito perto do Sol no céu e serão ofuscados por ele.

“O céu começa a ficar mais escuro, você consegue ver bem Vênus. E aí, um pouco mais acima, Júpiter e, depois, Marte. Além disso, a Lua vai estar no céu nesse momento. Não é um planeta, é o nosso satélite, mas estará lá. É como se tivesse essa grande parada, um desfile de planetas”, descreve o astrofísico.

Para localizar os planetas, a dica de Ogando é usar um aplicativo para celular. É possível baixar gratuitamente aplicativos que mapeiam o céu.

O astrônomo e diretor do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Thiago Gonçalves, explica que planetas, ao contrário de estrelas, não cintilam, ou não piscam.

“À primeira vista, o planeta vai quase sempre parecer uma estrela muito brilhante”, orienta o astrônomo. “A particularidade dos planetas é que eles não cintilam. Eles estão mais próximos da gente. A cintilação acontece por conta de um efeito atmosférico. É a luz atravessando a atmosfera que faz com que pareça que as estrelas piscam um pouquinho. Mas, como os planetas estão mais próximos da gente, eles não cintilam”.

 

Entenda o alinhamento

De acordo como Observatório Nacional, embora o termo alinhamento planetário seja o mais usado, ele não descreve exatamente o fenômeno observado. Quando os planetas estão aparentemente próximos no céu, o correto é dizer que estão em “conjunção”.

Há vários tipos de conjunção, sendo a mais comum a conjunção em ascensão reta, explica o Observatório. Assim, em vez de “alinhamento”, o mais adequado seria falar sobre a visibilidade simultânea dos planetas no céu. Além disso, os planetas não formam exatamente uma linha, mas sim um arco no céu quando observados da Terra.

“O que acontece na prática é que, como todos eles estão mais ou menos na mesma direção, a gente consegue ver todos eles no céu ao mesmo tempo, supostamente. Isso quer dizer que em um dado momento da noite, você poderia, teoricamente, olhar para o céu e ver todos os planetas”, ressalta Gonçalves.

Ele explica que usa o termo teoricamente porque na prática, isso não ocorre. É preciso que haja condições muito ideias para que todos possam ser avistados, mesmo com equipamentos astronômicos.

O fenômeno não é raro. O Observatório divulgou que ainda este ano, de 12 a 20 de agosto, antes do Sol nascer teremos Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno ao mesmo tempo visíveis no céu.

Conjunção entre Vênus e Júpter

O destaque será para o dia 12 de agosto, quando haverá uma conjunção entre os dois planetas mais brilhantes do céu: Vênus e Júpiter.

Para Gonçalves, ainda assim, é uma boa oportunidade para olhar para o céu. “Eu gosto de dizer que é uma boa oportunidade para que a gente aumente digamos a divulgação sobre a importância da ciência e de olhar para o céu”, diz. “A gente tem cientistas trabalhando bastante e esse momento é bom para estabelecer um contato, estabelecer a comunicação, aparecer nas redes sociais para que as pessoas consigam se conectar um pouco com o céu e com os astrônomos brasileiros”.

 

Informações falsas

Segundo Ogando, esse fenômeno ganhou projeção e há informação falsas sendo divulgadas sobre ele. Uma delas é justamente que se trata de um fenômeno raro.

“Esse ‘alinhamento’, curiosamente, ganhou uma visibilidade. E, junto com ela, umas uns penduricalhos errados, falando que é super raro, que só acontece em um trilhão de anos. Eles nem têm ideia do que é um trilhão de anos. O universo tem 13,7 bilhões de anos. É muito engraçado ver como o pessoal realmente criou um monte de fantasia em torno disso e aí isso, isso cria uma expectativa no público, que se decepciona depois”, diz.

Outra informação enganosa é que o alinhamento pode gerar fenômenos e desastres naturais na Terra por conta da gravidade dos planetas. De acordo com Ogando, isso é impossível.

“É uma força ínfima. Os planetas estão muito distantes. Por mais que Júpiter, por exemplo, seja um planeta com uma massa muito grande, muito maior do que a da Terra, ele está a uma distância muito grande. Então, a influência gravitacional é ínfima”, explica.

 

O Sistema Solar

A Terra faz parte do chamado Sistema Solar. Ao redor do Sol orbitam os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, nesta ordem. Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são os planetas mais próximos do Sol e são formados principalmente por rochas.

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são planetas gasosos, mais distantes do Sol e formados por gases diversos. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Enquanto a Terra demora 365 dias, ou um ano, para dar volta a redor do Sol, Netuno, o planeta mais distante demora o equivalente a 165 anos para completar essa volta.

 

Fonte: Correio do Povo.

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Ciência

Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer

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Foto: Reprodução
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O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.

A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.

Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.

Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.

No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.

A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.

Fonte: CNN Brasil

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Ciência

Pesquisador gaúcho coordenará a maior expedição científica latino-americana à Antártica

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Foto: Divulgação/CIRM Programa Antártico Brasileiro
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O cientista gaúcho Jefferson Simões, um dos maiores especialistas brasileiros na Antártica, liderará a maior expedição científica latino-americana ao continente. A partida está marcada para o dia 22 de novembro, com pesquisadores de oito países — Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru, Portugal e Rússia — embarcando no navio quebra-gelo russo R/V Akademik Tryoshnikov para circunavegar a Antártica.

A Expedição Internacional de Circunavegação Costeira Antártica (ICCE) tem como objetivo coletar informações ambientais por meio de pesquisas biológicas, químicas e físicas. O grupo de cientistas também realizará levantamentos geofísicos e análises atmosféricas, glaciológicas e oceanográficas ao longo do percurso, utilizando várias estações oceanográficas. Além disso, a missão fornecerá apoio ao radar aerotransportado RINGS, que examinará a borda de gelo da Antártica.

Simões, que coordena o Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua como delegado do Brasil no Comitê Científico de Pesquisa Antártica (SCAR), comandará a missão, financiada pela Swiss Fondation Albédo pour la Cryosphère.

Fonte: O Bairrista

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