Economia
Dólar opera em alta atento à Covid-19 e atinge R$ 5,63

O dólar comercial opera em alta frente ao real, após oscilar sem direção única na abertura dos negócios, com investidores digerindo à alta de casos confirmados de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, indicando a incidência de uma segunda onda de contaminação, o que pode frear a recuperação econômica nas regiões. Às
vésperas das eleições nos Estados Unidos, o mercado acompanha as negociações em torno do novo pacote de estímulo fiscal no país.
Às 9h51 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,39% no mercado à vista, cotada a R$ 5,6360 para venda, enquanto o contrato para novembro oscilava em alta de 0,17%, a R$ 5,6370.
O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, avalia que a segunda onda de contaminação por Covid-19 pesa nos mercados, em especial no europeu. Enquanto isso, a demora para o Congresso norte-americano chegar a um acordo sobre pacote fiscal afeta os preços de ativos por lá.
“O receio em relação à segunda onda de covid-19, que alguns estudiosos dizem que pode ser pior do que a primeira, pesa sobre os mercados. Porém, governos seguem relutantes em tomar medidas mais rígidas de distanciamento
social iguais às adotadas em março e abril devido à oposição política e fadiga da população com essas medidas”, avalia.
O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, destaca que investidores também seguem atentos ao aumento de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos e, como nas semanas anteriores, nas discussões em torno do pacote de estímulo fiscal trilionário que “não anda” por conta da proximidade da eleição, na semana que vem.
Hoje, começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no qual o mercado espera a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 2,00% pela segunda vez seguida.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, o encontro traz à autoridade monetária o desafio de alterar o discurso insistente de abertura de espaço para futuros cortes de juros e definir por um “fechamento definitivo
da porta” no curto prazo, em meio aos desafios inflacionários e fiscais.
FONTE AGENCIA BRASIL
Economia
Paraná Pesquisas aponta que 67% da população aprova a isenção do Imposto de Renda de pessoas que ganham até R$ 5 mil

Nesta terça-feira (18), o instituto Paraná Pesquisas divulgou uma pesquisa de opinião pública realizada entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2025 com o objetivo de consultar a população sobre a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
No final de 2024, o governo Lula anunciou uma nova política monetária com a proposta de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. A medida tem como objetivo aliviar a carga tributária sobre as classes mais baixas e médias da sociedade brasileira, bem como aumentar a tributação sobre os mais ricos.
De acordo com o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tal política de contenção objetiva “dar uma ajeitada” na casa. “Estamos isentando as pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês de pagar Imposto de Renda, que são mais de 70 milhões de pessoas. Estamos fazendo uma coisa correta, justa. E, obviamente, a gente vai ter de cobrar um pouco mais de imposto das pessoas mais ricas, o que é normal. Não tem nenhum problema”, declarou o chefe de Estado. Anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida também faz parte do pacote fiscal e dividiu a opinião da população e de especialistas.
Economia
Desemprego atinge a menor taxa desde 2012 no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul encerrou o quarto trimestre de 2024 com taxa de desemprego de 4,5%. Esse é o menor índice desde 2012, quando a taxa no Estado foi de 4,4% no último trimestre.
O índice apresentou uma redução de 0,6% em relação ao trimestre anterior, quando alcançou 5,1%. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o levantamento, o RS tem 288 mil pessoas desocupadas atualmente.
Para o secretário estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, políticas públicas direcionadas à empregabilidade e, principalmente, à qualificação, podem ser apontadas como um fator essencial para a redução dos índices. “O investimento do Estado em programas de qualificação é o maior até o momento, com uma projeção ainda mais expressiva para 2025. A capacitação dos trabalhadores possibilita que eles estejam preparados para ocupar as vagas ociosas do mercado de trabalho”, destacou.
A quantidade de pessoas ocupadas também atingiu números significativos, totalizando 6,077 milhões. Pela primeira vez desde o início da pesquisa, em 2012, o Rio Grande do Sul teve mais de 6 milhões de pessoas trabalhando, seja em empregos com carteira assinada, informais, temporários ou por conta própria. O nível da ocupação da população no Estado é de 63,5%.
Região Sul
A taxa de desemprego caiu significativamente na Região Sul do País entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024: de 4,1% para 3,6%. Em relação ao rendimento médio mensal, a região foi a única que apresentou expansão considerável, de R$ 3.611 para R$ 3.704, enquanto as demais permaneceram estáveis no período.
Fonte: O Sul.
[mailpoet_form id="1"]Destaque
Com peso valorizado, comércio na fronteira com a Argentina tem crescimento de 30% no RS

A valorização do peso argentino em relação ao real brasileiro tem feito os vizinhos estrangeiros lotarem lojas na fronteira entre os dois países. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do RS, o aumento no comércio é de pelo menos 30% neste verão em relação à temporada passada.
Se antes era comum ver brasileiros cruzando a fronteira para abastecer os carros e comprar mercadorias na Argentina, agora o jogo virou: são os argentinos que têm lotado as lojas brasileiras em busca dos mais variados produtos.
“Por conta da implementação de um programa bem sucedido de estabilização econômica, o que vem ocorrendo é uma recuperação do valor do peso argentino. Então essa recuperação do valor faz com que recupere o poder aquisitivo”, explica Anderson Denardin, coordenador de Economia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
De acordo com o especialista, o peso foi uma das moedas que mais se valorizou frente ao dólar, diferente do real, que desvalorizou.
“Isso significa que o peso em relação ao real foi uma das moedas que se valorizou de modo significativo. Isso faz com que os produtos nacionais brasileiros se tornem bem mais atrativos do que os produtos argentinos”, conclui Denardin.
De acordo com o gestor de um free shop na fronteira, as vendas para argentinos representam mais de 40% do total do estabelecimento. Para facilitar o comércio, até o atendimento passou a ser feito em espanhol.
“A gente começa dando ‘buenos días’, ‘buenas tardes’ e ‘buenas noches’. O vocabulário do que eles procuram é sobre ‘chombas’ e ‘remeras’, que vêm a ser polos e camisetas”, conta Paulo Pavin, CEO de um free shop na cidade.
E não só roupas ou produtos mais caros que são procurados pelos turistas. O taxista Valentin Castillo conta que atravessa a fronteira para comprar alimentos, material de limpeza e outros produtos do dia a dia.
“Convém comprar em Uruguaiana porque é mais ou menos 50% mais caro em Libres do que aqui”, diz.
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