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Dois homens foragidos são presos em Alecrim
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Professora é condenada a mais de 30 anos de prisão por estuprar aluna e oferecer bebida alcoólica a menores no RS
A 2ª Vara Judicial da Comarca de Tapes, na Região Centro-Sul do Estado, condenou uma professora da rede pública de ensino a 28 anos e 9 meses de prisão por estupro de vulnerável praticado contra uma de suas alunas, além de 3 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de fornecimento de bebida alcoólica a outras duas estudantes menores de idade.
A professora também deverá pagar R$ 15 mil de indenização a cada uma das três vítimas, por danos morais. A ré está presa desde 4 de setembro de 2023 no Presídio Estadual Feminino de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Cabe recurso da decisão, divulgada na segunda-feira (13) pelo Tribunal de Justiça gaúcho.
De acordo com o MP (Ministério Público), entre maio e julho de 2023, a professora de uma escola municipal de ensino praticou, por várias vezes e em locais diversos, atos libidinosos contra uma de suas alunas, de 14 anos na época dos fatos. Segundo o MP, em algumas ocasiões, os atos libidinosos contra a vítima ocorreram no banheiro e na biblioteca da instituição de ensino.
Em outra ocasião, durante visita do grupo da escola a Porto Alegre, a ré ofereceu bebida alcoólica a outras duas estudantes, todas menores de 18 anos, em um shopping.
Segundo o relato de uma das vítimas, a professora e ela acabaram se aproximando e, a partir disso, passou a confiar na criminosa, contando-lhe detalhes de sua vida. Mencionou também que ela lhe pedia, através de um aplicativo de conversas, para tocar o seu corpo. De acordo com o depoimento de outra vítima, a ré foi ganhando a intimidade das alunas, de tal modo que contavam os seus segredos para ela. Mencionou que a professora confirmou que estava tendo um relacionamento com uma das vítimas, inclusive, relatando que elas ficavam juntas na biblioteca, na sala dos professores, em salas de aula, dando detalhes sobre as intimidades entre elas.
A denúncia surgiu depois que a Polícia Civil realizou uma palestra na escola, na época dos fatos. Após o encerramento da atividade, adolescentes, visivelmente assustadas, procuraram a policial palestrante para relatar situações de abuso sexual praticadas pela professora. A denúncia foi formalizada por meio de um registro de ocorrência on-line anônima, sendo narrado no procedimento tudo o que a ré havia feito, incluindo as ameaças, dando início à investigação.
Decisão
“Entendo que a conduta social da acusada deve ser valorada negativamente, eis que se utilizou da profissão e da função pública para se aproximar da vítima e praticar o crime de estupro. No caso dos autos, verifica-se que inexiste o laudo pericial, dado o lapso temporal entre o registro da ocorrência policial e a data dos fatos. Contudo, dado o valor probante atribuído à palavra da vítima e das testemunhas nos delitos contra a dignidade sexual, a ausência de exame em que seja constatada a conjunção carnal é irrelevante para a comprovação do crime de estupro”, afirmou o juiz Ramiro Baptista Kalil.
Quanto ao fato de fornecer bebida alcoólica às estudantes, o magistrado destacou que as testemunhas confirmaram que a acusada havia oferecido vodca durante um passeio da escola. “O conjunto probatório é robusto e demonstra, com extrema segurança, a prática da conduta ilícita imputada à ré na denúncia, não havendo qualquer dúvida sobre os fatos. Ademais, ressalto que o crime previsto no artigo 243 do ECA tem natureza formal, sendo suficiente para sua consumação o ato de fornecimento ou disponibilização da bebida alcoólica às vítimas, sem a necessidade de comprovação de estado de embriaguez”, afirmou o juiz.
Fonte: O Sul.
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Vinte criminosos são presos durante operação contra grupo que era liderado por Nego Jackson, morto na Penitenciária de Canoas
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Aliança para desarticular uma organização criminosa responsável por abastecer com drogas e armas Porto Alegre e municípios da Região Metropolitana. Um dos líderes do grupo era Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson. Ele foi morto a tiros dentro da Penitenciária Estadual de Canoas em novembro do ano passado.
Cerca de 90 policiais cumpriram 51 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, em Porto Alegre, Charqueadas, Montenegro, Arroio dos Ratos e Canoas. Vinte criminosos foram presos.
Segundo o delegado Joel Wagner, a investigação iniciou em março de 2023, quando um indivíduo foi preso em flagrante por tráfico de entorpecentes. Na ocasião, foram apreendidas porções de crack e maconha. Apurou-se que o criminoso atuava sob as ordens de líderes de uma organização criminosa que opera nos bairros Cascata, Glória e Vila Jardim e nas vilas Buraco Quente e Monte Cristo, em Porto Alegre.
“A investigação também revelou que o indivíduo, inicialmente preso em flagrante, era peça-chave nas operações da organização criminosa, envolvendo-se diretamente na compra e venda de drogas e armas, além de articular atividades como distribuição de entorpecentes, coleta de lucros ilícitos, lavagem de dinheiro e logística de transporte e armazenamento”, explicou o delegado.
Conforme o diretor de Investigações do Denarc (Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico), delegado Alencar Carraro, a Operação Aliança faz parte da estratégia da Polícia Civil de enfraquecer o poder financeiro e estrutural das organizações criminosas, sobretudo, de reforçar a presença do Estado em áreas conflagradas pelo tráfico.
Fonte: O Sul.
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