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Diagnóstico nutricional dos ervais gaúchos inicia segunda fase

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Crédito foto: Luciano Kayser

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Iniciou a segunda fase do diagnóstico nutricional dos ervais, nos cinco polos ervateiros do Rio Grande do Sul. O objetivo é verificar e compreender como está a situação nutricional da erva-mate, árvore símbolo do Estado, e o manejo adotado pelos produtores rurais na condução da atividade Esse trabalho está sendo feito em conjunto entre Emater/RS-Ascar e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), dentro do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate.

Na primeira fase, foram coletadas cem amostragens de solo e cem amostragens de folhas, em 20 propriedades rurais de cada um dos cinco polos ervateiros. Nesta segunda fase, essas amostras serão analisadas no Laboratório de Química Agrícola do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Seapdr.

De acordo com o engenheiro agrônomo, coordenador do projeto e pesquisador da Seapdr, Bruno Brito Lisboa, estão envolvidos neste trabalho sete pesquisadores do DDPA das áreas de Fertilidade do Solo e Desenvolvimento Rural, além do corpo técnico do laboratório de Química Agrícola.

Lisboa explica que em virtude da pandemia da Covid-19, o trabalho no laboratório sofreu alterações em sua rotina. A expectativa é de concluir até o fim do ano as análises, a interpretação dos dados e o processamento estatístico. “As análises de solo retornarão aos produtores na medida em que vão sendo realizadas”, acrescenta.

O engenheiro florestal da Seapdr, Jackson Freitas Brilhante, explica que “os resultados das análises em relação à disponibilidade de nutrientes no solo e os teores desses elementos nas folhas serão cruzados com os dados de produtividade, o que permitirá a identificação de prováveis deficiências, ou até mesmo excessos de algum desses nutrientes”.

O engenheiro florestal destaca ainda que o estudo está sendo realizado em ervais com diferentes sistemas de manejo, como pleno sol, sombreado e sistema agroflorestal. Também estão sendo levantadas, por meio dos extensionistas da Emater/RS-Ascar, informações como área, participação da cultura na renda da propriedade e visão dos produtores sobre os principais gargalos da cadeia.

“Tendo em vista que a erva-mate é uma cultura perene e, nas colheitas, são removidos grandes volumes de material vegetal, entre talos e folhas, uma elevada quantidade de nutrientes é transportada. Então, a necessidade de reposição dos mesmos vai depender de vários fatores relacionados ao manejo de solo, intensidade de poda, manejo de resíduos vegetais e clima. Assim, a realização desta pesquisa também irá contribuir para um melhor entendimento dessa dinâmica nutricional”, avalia Brilhante.

De acordo com o coordenador do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate e engenheiro florestal da Emater/RS-Ascar, Antônio Carlos Leite de Borba, pretende-se ampliar o número de amostras de solos e folhas para o diagnóstico. “Esta ampliação da amostragem, para mais cem beneficiários visa a qualificar ainda mais as informações sobre a fertilidade e nutrição dos ervais nos cinco polos ervateiros do Estado. Também, pretende-se neste segundo semestre, através de laudos emitidos pelo DDPA da Seapdr, realizar a devolução das informações, mediante visitas técnicas dos extensionistas rurais, que terão mais este subsídio de informações qualificadas para sua atuação, no sentido de fazer recomendações técnicas de manejo e correção da fertilidade, conforme os resultados das análises realizadas”, esclarece Borba.

Outro trabalho que se buscará, após as restrições causadas pela pandemia, é realizar atividades com grupos de produtores, como dias de campo, oficinas e seminários, para levar as informações aos agricultores, às comunidades, às lideranças e aos tomadores de decisão, dentro da cadeia produtiva da erva-mate nos cinco polos ervateiros do RS.

Na opinião da produtora e presidente da Associação dos Produtores de Erva-mate de Machadinho (Apromate), Sélia Felizari, com esses dados, novos investimentos poderão se concretizar, com ganhos para a cultura. “Com a melhoria dos ervais, haverá maior geração de renda e empregos na agricultura familiar”, avalia. Ela reforça que a Apromate é parceira nesse projeto. “Promover um manejo adequado e nutrição equilibrada são premissas básicas na melhoria da produtividade e qualidade do produto erva-mate”, conclui.

Também colaboram com o projeto a Embrapa Florestas, o Sindimate/RS, o Ibramate e as associações de produtores, como Associação dos Ervateiros do Polo Planalto Missões (Aeplam), Associação dos Produtores de Erva-mate dos Vales (Aspemva), Associação dos Produtores de Erva-mate do Alto Uruguai (Aspemate) e Associação dos Amigos e Parceiros da Erva-Mate do Polo do Alto Taquari.

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Agro

Com a colheita, atenção de condutores deve ser redobrada

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Com o período da colheita da soja, orientações relacionadas ao tráfego de maquinário agrícola em vias abertas à circulação, tanto no que se direciona aos agricultores quanto aos motoristas de veículos de maneira em geral, que transitam pela região noroeste, são reforçadas. Isso em um contexto de aumento de circulação das máquinas utilizadas nas rodovias durante a época, em uma área potencialmente agrícola.

De acordo com o Chefe de Policiamento e Fiscalização da Delegacia PRF em Ijuí, André Luis Peringer, a atenção redobrada por parte de condutores precisa ser adotada ao ser levado em consideração também o fato de o maquinário desenvolver, de maneira geral, uma velocidade menor do que os demais veículos, sendo as manobras também mais lentas.

Em relação aos agricultores, além da questão do tráfego, a atenção precisa estar voltada também aos maquinários em si . “O que vale não somente para as rodovias federais e estaduais, mas para todas as vias abertas à circulação. Isso no que tange aos requisitos de dimensões máximas permitidas, equipamentos obrigatórios, habilitação compatível do condutor e o registro Renagro, este de acordo com o ano de fabricação do maquinário”, explica Peringer, ao mencionar a recomendação aos motoristas para que evitem deslocamentos noturnos, período considerado adverso.

Outra orientação também é quanto à necessidade de atenção redobrada em decorrência do aumento de circulação de caminhões, segundo o tenente Luiz André Manzini, comandante do Pelotão Rodoviário de Santo Ângelo. “Estamos iniciando esse período e, devido ao aumento da circulação de caminhões, orientamos os condutores para que tenham atenção e sigam as regras de trânsito”, reforça. Ainda conforme Manzini, dependendo das dimensões, com comunicação prévia, é realizado, pelos policiais, o controle de trânsito.

Orientação do Sindicato Rural

Aos produtores, o Sindicato Rural de Santo Ângelo orienta que tenham o máximo de cuidado ao trafegarem com suas máquinas agrícolas, tanto nas estradas gerais como vicinais. Há a recomendação também de que quando for necessário trafegar em rodovias estaduais ou federais, que seja comunicado o pelotão rodoviário local para auxiliar no deslocamento, sempre observando que as colheitadeiras devem trafegar sem a plataforma de corte e com todas as sinalizações necessárias tanto de luzes como sinais de alerta e um batedor na frente da máquina para dar mais segurança.

“Também salientamos que é expressamente proibido o tráfego dessas máquinas em horários noturnos, para tanto recomendamos que todos tenham o máximo de cuidado e atenção para evitar os acidentes indesejáveis.”, reforça o sindicato.

Tratores agrícolas para circularem em via pública*

1 – Registro obrigatório para veículos fabricados a partir de 2016: trator agrícola – Renagro emitido pelo Mapa (registro gratuito)

2 – São dispensados de licenciamento e emplacamento

3 – Condutor habilitado na categoria – tratores agrícolas : a partir da categoria B

4 – Dimensões máximas: altura máxima: 4,4m; largura máxima: 2,8 metros; comprimento máximo: 15 metros. Caso o trator não atenda esses requisitos, o transporte deve ser feito na prancha.  (Mesmo com implemento, se o conjunto não ultrapassar essas dimensões, poderá transitar na via pública).

5 – Equipamentos obrigatórios (para todos os anos, inclusive abaixo de 2016):

– faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;

–  lanterna de posições traseiras, de cor vermelha;

– lanternas de freio, de cor vermelha;

– lanterna de marcha ré, de cor branca nos fabricados a partir de 1° de  janeiro de 1990;

– alerta sonoro de marcha ré;

– indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros e traseiros

– iluminação de placa traseira, quando aplicável;

– películas (faixas) retrorreflexivas;

– pneus que ofereçam condições de segurança;

– dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;

– espelhos retrovisores;

– cintos de segurança para todos os ocupantes do veículo;

– buzina;

– velocímetro e tacógrafo para veículos que desenvolvam velocidade acima de 60 Km/h e

– pisca alerta.

6 – Obrigatoriedade do cinto de segurança para o condutor

*Informações PRF

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Agro

3ª edição do Concurso de Queijos Artesanais e Doces de Leite do RS é lançada em Porto Alegre

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Foi lançada nesta quinta-feira (14/03) a 3ª edição do Concurso de Queijos Artesanais e Doces de Leite do RS. Promovido pela Associação Gaúcha de Laticínios (AGL), Emater/RS-Ascar e Sebrae RS, o evento será realizado de 26 a 28 de maio, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, local que sediou a cerimônia de lançamento e que teve ainda a assinatura de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que repassou R$ 100 mil para a realização do evento.

Produtores gaúchos de queijos artesanais e doces de leite podem se inscrever até o dia 28 de abril pelo www.agl.org.br/2º-concurso-de-queijos-artesanais-do-rs .

As inscrições custam R$ 100,00 para não sócios e R$ 60,00 para sócios da AGL, a inscrição dá o direito de concorrer com apenas um produto, para cada produto adicional inscrito no concurso, o valor é de R$ 30,00 por produto para não sócio e R$ 20,00 para sócio. Os participantes devem preencher um formulário para cada tipo de produto que desejarem inscrever no concurso. Mais informações pelo [email protected].

Além do concurso, o evento terá uma programação de oficinas, exposição, comercialização de produtos e palestras técnicas. “O concurso, como o nome diz, é voltado para a produção artesanal. Então, são pequenos empreendimentos, que devem possuir o seu alvará sanitário e o registro no serviço de inspeção”, explica a extensionista da Emater/RS-Ascar e engenheira de Alimentos, Bruna Bresolin.

Serão 28 espaços, com várias queijarias e produtos artesanais, como cachaça, vinhos, conservas, mel e outros produtos que participam dessa produção, disponíveis para comercialização”, acrescenta Bruna.

Fonte: Emater/Ascar

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Agro

Colheita da soja começa no RS

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Com 65% das lavouras de soja no Rio Grande Sul em fase de enchimento de grãos e 19% em maturação, a colheita do grão avançou para 1% da área cultivada nesta safra, que é de 6.681.716 hectares. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (14/03) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), na maioria das regiões do Estado, a cultura demonstra desenvolvimento adequado, impulsionado por condições climáticas favoráveis, que promovem a formação e o enchimento dos grãos. A exceção ocorre na Região Sudeste do Estado, onde, mais uma vez, as precipitações foram insuficientes ou ausentes durante o período, comprometendo os rendimentos das lavouras afetadas. A produtividade projetada para esta safra é de 3.329 kg/ha. A produção estadual da oleaginosa deverá alcançar 22.246.630 toneladas.

Em termos fitossanitários da soja, prevalece o controle de doenças de final de ciclo, especialmente ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), disseminada na maior parte do Estado. Embora a pressão do patógeno ainda seja significativa, nas áreas onde o controle foi eficaz, não houve danos à cultura. Contudo, nas lavouras onde ocorreu atraso das aplicações ou foram utilizados fungicidas menos eficazes, as plantas estão perdendo área foliar, de forma significativa, devido à disseminação da doença.

No milho, a colheita também avançou e alcançou 72% da área cultivadas nesta safra, que é estimada em 812.795 hectares. Como os processos logísticos de transporte e beneficiamento das unidades beneficiadoras de grãos estão direcionados para o início do período da colheita de soja, o recebimento de milho foi suspenso. Esse fator explica o pequeno avanço da colheita do milho no período, evoluindo na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, mas restrita a pequenas áreas destinadas ao armazenamento na propriedade.

Milho silagem – A área cultivada está estimada em 348.549 hectares, e a produtividade projetada atualmente é de 35.518 kg/ha, que deverá resultar na produção de cerca 12 milhões de toneladas conservadas em silos e destinadas principalmente ao rebanho leiteiro.

Fonte: Emater/Ascar

 

 

 

 

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