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Destruída, Rua Teresa resume a tragédia de Petrópolis

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Local que existe desde o século XIX está na memória afetiva do Rio de Janeiro, gera milhares de empregos e foi tomada por lama

Não fui só eu, e certamente quem é da capital fluminense e decidiu clicar neste texto ou foi lá, ou conhece alguém que subiu a BR-040 para ir comprar roupas na tradicionalíssima Rua Teresa, em Petrópolis, naquele que é considerado o principal polo de vestuário da Região Serrana.

A confusão das lojinhas e das sacolas de quem vai às compras para revender no Rio de Janeiro deram lugar, na manhã desta quarta-feira (16), aos restos de carros, grades retorcidas e uma quantidade gigantesca de lama. Ali e em outras partes da cidade foram encontradas, até as 21h de quarta, 94 pessoas mortas.

Os primeiros a andar na velha rua foram, literalmente, todos aqueles que quiseram chegar à cidade fundada por D. Pedro II, no século 19: até a criação da Rodovia Washington Luís, no final dos anos 1920, quem saísse do Rio de Janeiro e quisesse ir para Petrópolis, precisava necessariamente passar por ali. O nome da via não é à toa: uma homenagem à esposa de Dom Pedro II, Teresa Cristina.

O historiador Joaquim Eloy explica que as casas da Rua Teresa, ou por necessidade ou por oportunidade de ser o único caminho, dividiram residência e comércio ainda no século 19. A transformação em indústria têxtil só veio em 1970, quando o acidentado relevo de Petrópolis inviabilizou o avanço da produção em escala industrial, os pequenos e médios produtores ganharam força e, das fábricas, operários foram montar seus comércios na mais famosa rua da cidade.

No auge, os dados locais indicam que 25% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade vinha de lá, com pelo menos 40 mil pessoas empregadas em pelo menos 1200 estabelecimentos. À CNN, empresários e membros da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) calculam que a crise que assola o Rio desde 2015 contribuiu para redução do potencial econômico da via.

Antes de a lama atingir três metros de altura no local, como reportou o repórter da CNN Pedro Duran, a velha Rua Teresa empregava entre 18 e 20 mil pessoas em cerca de 600 lojas.

No futuro, ninguém sabe. Nesta quinta-feira (17), a Rua Teresa certamente estará menos barulhenta do que quando se tornou polo têxtil. Serão ouvidas, no lugar do cochicho das pechinchas e das maquininhas de cartão, as máquinas que tentarão recuperar o antigo caminho imperial e, provavelmente, o choro de quem contabiliza perdas.

O repórter da CNN Cleber Rodrigues colheu algumas histórias de comerciantes como Raimundo Martins, que, após 40 anos de trabalho na Rua Teresa, sequer conseguiu entrar em sua loja para contabilizar prejuízos. “Raimundo me disse que toda vez que chove em Petrópolis eles têm medo, rezam, e a vida segue”, contou Cleber.

O Brasil do século XIX passa necessariamente por Petrópolis desde a chegada da Família Real, em 1808, seus palácios, símbolos e reminiscências imperiais. Na República, todos os presidentes até meados dos anos 1960, e depois Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva: todos passaram alguns dias no Palácio Rio Negro, residência de veraneio.

E no século XXI, a cidade de D. Pedro II resume e aprofunda a tragédia de um país que em 2022 se vê submerso, com pelo menos 160 mortos em quatro estados devastados pelas chuvas. Amiga do tempo, cenário do país, sonhos passaram pela Rua Teresa que, mais uma vez, precisará se reinventar.

Fonte:CNN

 

 

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Dois gaúchos estão entre os 10 candidatos mais ricos do país nas eleições de 2024

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Foto: Divulgação
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Os 10 políticos mais ricos do Brasil, que disputam prefeituras e vagas em Câmaras de Vereadores em cidades de sete estados, possuem juntos uma fortuna de R$ 7,3 bilhões.

Entre eles, estão dois gaúchos: Gilson Trennepohl (PL), atual vice-prefeito de Não-Me-Toque e candidato à reeleição no mesmo cargo, e Cleri Camilotti (PDT), que concorre à prefeitura de Dois Irmãos. Somados, ambos têm um patrimônio declarado de mais de R$ 1,8 bilhão.

Os bens foram declarados pelos candidatos no registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os integrantes da lista são de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com exceção de uma vice-prefeita em Primavera do Leste (MT), todos os concorrentes são homens e se autodeclararam brancos.

Em termos de nível educacional, quatro políticos possuem ensino superior completo, quatro concluíram o ensino médio e dois não completaram seus estudos — um no ensino fundamental e outro na faculdade.

Entre os candidatos mais ricos do Brasil, cinco fazem parte de chapas como vice-prefeitos, quatro são candidatos ao cargo de prefeito e um tenta uma vaga de vereador. A lista inclui sete empresários, um administrador, um comerciante e um vereador. Três deles são do PL e há um filiado a cada uma das seguintes siglas: União, Republicanos, PSB, PRTB, PP, Podemos e PDT.

Lista dos 10 Políticos Mais Ricos do Brasil:

10º – Francis Maris Cruz (PL)

  • Patrimônio: R$ 230.205.947,00
  • Ex-prefeito de Cáceres (MT) por dois mandatos, Francis Maris tenta novamente o comando do Executivo da cidade de 89 mil habitantes. Os bens declarados pelo empresário totalizam R$ 230,2 milhões, com um rebanho de animais avaliado em R$ 55,2 milhões.

9º – Ivanir Maria Gnoatto Viana (Republicanos)

  • Patrimônio: R$ 258.783.507,00
  • Vereadora que concorre como vice-prefeita de Primavera do Leste (MS), Iva Viana declarou R$ 258,7 milhões. Seu patrimônio inclui terrenos e veículos automotores.

8º – Dênis Luiz Lunelli (PL)

  • Patrimônio: R$ 285.208.390,00
  • Administrador que concorre como vice-prefeito de Guaramirim (SC). Declarou R$ 285,2 milhões, principalmente em participações societárias.

7º – Sandro da Mabel Antônio Scodro (União)

  • Patrimônio: R$ 313.405.896,00
  • Candidato a prefeito de Goiânia (GO), Sandro Mabel declarou R$ 313,4 milhões, incluindo terrenos, apartamentos e participações societárias.

6º – Gilson Lari Trennepohl (PL)

  • Patrimônio: R$ 323.854.778,00
  • Atual vice-prefeito de Não-Me-Toque (RS), Gilson Trennepohl declarou R$ 323,8 milhões, principalmente em quotas de empresas.

5º – João Carlos Ribeiro (PSB)

  • Patrimônio: R$ 388.739.199,00
  • Vice-prefeito em Pontal do Paraná (PR), João Carlos Ribeiro declarou R$ 388,7 milhões, majoritariamente em ações da holding JCR.

4º – Mauro Cristianini (PP)

  • Patrimônio: R$ 530.300.419,00
  • Tentando a reeleição como vice-prefeito de Maracaju (MS), Maurão declarou R$ 530,3 milhões, incluindo fazendas, chácaras e terrenos.

3º – Jonas Afonso de Moraes (Podemos)

  • Patrimônio: R$ 617.900.000,00
  • Empresário que concorre a vereador em Mogi das Cruzes (SP), Jonas Afonso declarou quotas em cinco empresas avaliadas em R$ 617,9 milhões.

2º – Cleri Camilotti (PDT)

  • Patrimônio: R$ 1.542.273.920,00
  • Candidato a prefeito de Dois Irmãos (RS), Cleri Camilotti declarou R$ 1,5 bilhão, majoritariamente em quotas na empresa RGSC Ambiental.

1º – João Henrique Pinheiro (PRTB)

  • Patrimônio: R$ 2.851.300.000,00
  • Candidato a prefeito de Marília (SP), João Pinheiro declarou R$ 2,85 bilhões, relacionados a uma empresa de exportação de produtos agropecuários

Fonte: GZh

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Câmara Municipal de Santa Rosa aprova reajuste salarial para Secretários e Assessores

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Após a forte repercussão negativa em junho deste ano, que resultou na retirada da proposta original de reajuste dos salários dos políticos de Santa Rosa, a Câmara Municipal aprovou na sessão ordinária desta segunda-feira (2) um “novo” projeto que aumenta os salários dos futuros secretários municipais.

O projeto, que havia sido retirado anteriormente foi modificado,reapresentado e desta vez aprovado. A partir do próximo governo municipal, os secretários receberão um salário mensal de R$ 12.600,91. Além disso, terão direito ao 13º salário (já é pago atualmente) e também terão direito as férias proporcionalmente ao tempo trabalhado, sem a necessidade de completar um ano de exercício na função (essa é novidade). Esta medida se estende também ao Assessor de Gabinete e ao Procurador Geral do Município.

A lei aprovada nesta segunda-feira também prevê que, a partir de janeiro de 2026, os salários dos secretários municipais poderão ser reajustados anualmente por decreto. A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) votou contra o projeto, apresentando uma emenda que propunha que a autorização para tais reajustes fosse de competência da Câmara, através de lei específica. No entanto, a emenda não foi aprovada.

Vale lembrar que os cargos de prefeito e vice-prefeito receberão a partir de 2025 um reajuste de 8% em seus salários. Colocando em numeros, o salário do futuro prefeito será R$ 27.076,29, do vice de R$ 15.231,36, e o dos secretários de R$ 12.600,91.

A aprovação do reajuste salarial para os secretários, apesar da controvérsia e das críticas anteriores, reflete as discussões sobre a valorização dos cargos do Executivo municipal em Santa Rosa, que continuam a gerar debate.

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X não paga multas e pode ficar fora do ar no Brasil

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Foto: Reprodução
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O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu um prazo de 24 horas para que Elon Musk, proprietário do X, indique um representante legal da plataforma no Brasil. A decisão foi divulgada no perfil oficial do STF na própria rede social, marcando Musk. Além de exigir o pagamento das multas acumuladas, o STF alega a necessidade de um responsável legal pelo X no Brasil; caso isso não seja cumprido, a plataforma terá suas operações suspensas.

O X foi multado por não cumprir a ordem de bloqueio de perfis que atacavam instituições democráticas. A multa inicial de R$ 50 mil foi elevada para R$ 200 mil por dia. “O ministro Alexandre de Moraes, relator, determinou que a Secretaria Judiciária deste Supremo Tribunal Federal intime Elon Musk, por meios eletrônicos, a indicar, no prazo de 24 horas, o nome e a qualificação do novo representante legal do X Brasil em território nacional, sob pena de imediata suspensão das atividades da rede social até que as ordens judiciais sejam efetivamente cumpridas”, afirma a decisão do STF.

Essa decisão vem após Elon Musk anunciar o encerramento das operações do X no Brasil. No dia 17 de agosto, o X comunicou a demissão de cerca de 40 funcionários que trabalhavam no país. O comunicado oficial atribui essa decisão às ordens do ministro do STF de bloquear contas e perfis do X que violaram a lei, além de mencionar que o ministro ameaçou o representante legal do X no Brasil com prisão, caso a empresa não cumprisse as “ordens de censura”.

Tensão crescente no X Brasil

Em abril, Elon Musk já havia ameaçado fechar o escritório do X no Brasil. Em resposta às decisões de Moraes, o bilionário comentou: “Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?” em uma publicação do ministro na rede social. Musk acrescentou: “Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro.”

Fonte: Forbes Brasil

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