Deputados do RS aprovam projeto que prevê corte de benefícios sociais de quem ocupa ou invade propriedades
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Política

Deputados do RS aprovam projeto que prevê corte de benefícios sociais de quem ocupa ou invade propriedades

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Foto: Marcelo Oliveira/Agência ALRS

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A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira (4) um projeto de lei que visa cortar benefícios sociais promovidos pelo estado para indivíduos que invadam ou ocupem propriedades rurais e urbanas. A proposta recebeu 35 votos favoráveis e 14 contrários.

O projeto de lei nº 1.904/2024, de autoria do deputado estadual Gustavo Victorino (Republicanos), ainda precisa passar pela análise do governador Eduardo Leite (PSDB), que pode sancionar ou vetar a medida. A Casa Civil informou que a proposta ainda não foi encaminhada ao Executivo e não antecipou a posição do governo sobre o assunto.

Victorino justificou a proposta afirmando que seu objetivo é impedir que recursos públicos sejam destinados a pessoas que cometem crimes. “Não tem nada a ver com criminalização, porque crime já é. Trata-se de uma sanção administrativa”, afirmou o deputado.

A oposição, por sua vez, já considera ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) caso a lei seja sancionada. O deputado Adão Pretto Filho (PT) argumentou que a medida é inconstitucional e penaliza duplamente os cidadãos. “Além de não dar o direito da pessoa reivindicar, ele não dá o direito da pessoa acessar um benefício”, afirmou.

Se sancionada, a lei imporá sanções administrativas a quem ocupar ou invadir propriedades, afetando a concessão de benefícios sociais estaduais. Não afetaria programas federais como o Bolsa Família, mas poderia impedir ocupantes de cargo público e proibir a contratação direta ou indireta com o poder público estadual.

O projeto menciona que as sanções se aplicam a indivíduos “enquadrados” nos crimes de violação ao domicílio e esbulho possessório, mesmo sem condenação transitada em julgado. Segundo Victorino, a identificação seria feita pela polícia, com os envolvidos incluídos em uma lista de invasores.

A proposta gerou intenso debate na Assembleia. Adão Pretto Filho, ligado a movimentos sociais do campo, acusou o projeto de promover perseguição aos lutadores sociais e citou as garantias constitucionais de reforma agrária e política urbana. “Vamos fazer esse debate junto à extrema direita, porque não vamos tolerar nenhuma perseguição aos lutadores sociais”, declarou.

A deputada Bruna Rodrigues (PCdoB), que atua em movimentos de luta por moradia, também criticou o projeto. “Tira a presunção de inocência desses que são lutadores e lutadoras pelo direito constitucional de morar”, afirmou nas redes sociais.

A medida no Rio Grande do Sul ocorre em paralelo a ações similares em outros locais. Na Argentina, o governo de Javier Milei ameaçou cortar programas sociais de quem bloquear ruas durante protestos, sob o slogan “el que corta no cobra” (“quem corta, não recebe”). Já no Brasil, um projeto semelhante aprovado na Câmara dos Deputados restringe direitos de ocupantes de terras, incluindo o acesso ao Minha Casa, Minha Vida e ao Bolsa Família, estando atualmente em tramitação no Senado.

O projeto de lei estadual, assim como o projeto federal, atende a demandas de produtores rurais e busca uma abordagem mais rígida contra ocupações, abrangendo tanto áreas urbanas quanto rurais, sejam elas privadas ou públicas.

Fonte: G1

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Aliados de Bolsonaro temem que generais decidam fazer delação

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/stf-libera-integra-do-video-que-embasou-operacao-da-pf-veja-o-que-bolsonaro-disse/ Copyright © 2024, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
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Após a conclusão das investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, cresce a preocupação no entorno do ex-presidente e entre altos militares de que mais membros das Forças Armadas decidam se tornar colaboradores da Justiça.

Entre os nomes que mais geram apreensão estão os dos generais Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência e um dos principais articuladores do plano, segundo a PF, e Estevam Teophilo, comandante que ofereceu suas tropas para apoiar o golpe e que integrava o Alto Comando do Exército até 2023, já sob o governo Lula.

O inquérito, que resultou no indiciamento de 37 pessoas, sendo 25 delas integrantes ou ex-integrantes das Forças Armadas, foi encaminhado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou à Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (27). Agora, cabe à PGR decidir se denunciará os indiciados.

Fontes consultadas pelo blog afirmam que, embora o acordo de delação com Mauro Cid, revelado em setembro de 2023, tenha sido fechado pela PF, ainda não há indícios de novas delações. No entanto, nada impede que outros investigados procurem a PGR para tentar colaborar e, assim, reduzir possíveis penas caso sejam condenados.

Os 37 indiciados são acusados de tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa – crimes cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão, sem contar eventuais agravantes ou atenuantes.

Para que um delator seja aceito, ele precisará fornecer informações novas e relevantes, além de apontar líderes superiores dentro da organização criminosa.

Teophilo é descrito por militares próximos ao governo Bolsonaro como um dos generais mais alinhados ao ex-presidente, e a PF acredita que ele tinha conhecimento do esquema em andamento, com a ambição de alcançar o posto de comandante do Exército.

Oficialmente, assessores de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente não está preocupado, alegando que ele não participou de nenhuma tentativa de golpe. A estratégia de Bolsonaro, portanto, é se distanciar da trama golpista.

Fonte: G1

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Não se faz golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais”, declara Bolsonaro sobre o indiciamento

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Foto: Cristobal Herrera/EFE
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Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25) que nunca discutiu a possibilidade de aplicar um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse ter estudado “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas da Constituição”. O ex-presidente concedeu uma entrevista coletiva ao retornar a Brasília para se reunir com seus advogados e discutir os próximos passos após seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder. Foi a primeira vez que falou publicamente desde o indiciamento.

— Como o Temer disse hoje, uma obviedade: golpe de Estado precisa da participação de todas as Forças Armadas, senão não é golpe de Estado. Ninguém dá golpe de Estado em um domingo, em Brasília, com pessoas com bíblias debaixo do braço e bandeiras do Brasil na mão, nem usando estilingue, bolinha de gude e muito menos batom. Não tinha um comandante… Vamos tirar isso da cabeça. Ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe — disse Bolsonaro.

— Se alguém viesse falar sobre golpe comigo, eu diria: “Tá, tudo bem, e o dia seguinte? Como o mundo reagiria?”. Agora, todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei — afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente ressaltou que a palavra “golpe” nunca esteve em seu vocabulário.

— Não faço e jamais faria algo fora das quatro linhas. Para mim, é possível resolver os problemas do Brasil dentro da Constituição — disse ele.

No documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (21), a PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo os generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército), o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres — pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A PF aponta Bolsonaro como o “líder” da organização criminosa, cujo objetivo era mantê-lo no poder.

O relatório também indica que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, em 2022. Além de mensagens de celular, vídeos, gravações e depoimentos da delação premiada do tenente-coronel Cid, há uma minuta de um decreto golpista que, de acordo com a PF, foi redigida e ajustada por Bolsonaro.

Fonte: GZH

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Política

Ex-presidente Michel Temer elogia pacote do governo e afirma que o ministro da Fazenda é uma grata surpresa

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-presidente da República Michel Temer elogiou nesta segunda-feira (25), durante uma conversa com jornalistas após participar de um evento da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o pacote de cortes de gastos que o governo Lula está prestes a anunciar.

“É um bom projeto, acredito que cortar gastos é sempre benéfico. Ao estabelecer um teto para os gastos públicos, você reduz a dívida pública e, consequentemente, os juros. Quando você paga juros, isso não traz nenhuma utilidade. Por outro lado, ao reduzir a dívida pública, os juros diminuem, trazendo vantagens para o País”, afirmou Temer.

O ex-presidente também comentou que a economia está indo razoavelmente bem e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se mostrado uma agradável surpresa. No entanto, ponderou que o governo Lula precisa indicar claramente suas intenções para os próximos dois anos de mandato, a fim de proporcionar tranquilidade e segurança social.

“Acho que a economia está indo razoavelmente bem, e Haddad, nesse sentido, é uma agradável surpresa. No entanto, o que a população realmente deseja é saber quais serão as ações principais de um governo de quatro anos ao longo do tempo. Isso proporciona uma certa tranquilidade e segurança social. Acredito que seria útil se isso ainda fosse feito”, disse Temer.

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