De doenças cardíacas a demência: os impactos da poluição para além dos pulmões
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De doenças cardíacas a demência: os impactos da poluição para além dos pulmões

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Foto: BrunoEscolastico/Adobe Stock

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Embora muitas vezes sejam vistos como problemas distintos, as mudanças climáticas e a poluição do ar estão profundamente interligadas. Temperaturas extremas, como as que temos enfrentado, aumentam a concentração de poluentes na atmosfera, prejudicando nossa saúde. O impacto mais evidente é o dano ao sistema respiratório, resultando em condições como asma, bronquite e, a longo prazo, câncer pulmonar. Mas os efeitos vão além disso.

A poluição do ar não afeta apenas os pulmões; ela também compromete o sistema cardiovascular, elevando o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), além de aumentar a probabilidade de demência, intensificar dores em pacientes com esclerose múltipla, e contribuir para o parto prematuro e baixo peso ao nascer. Também está associada a um maior risco de câncer de bexiga e esôfago.

A atividade humana tem exacerbado a poluição e o aquecimento global através de um estilo de vida que consome recursos intensivamente. Produzimos e consumimos excessivamente, resultando em uma maior emissão de gases de efeito estufa e poluentes. Não é surpreendente, portanto, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considere as mudanças climáticas uma das emergências de saúde mais urgentes da atualidade.

Fábio Luiz Teixeira Gonçalves, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), explica: “A mudança climática afeta tanto a poluição quanto a saúde. As duas estão interligadas e é impossível separá-las. Nossos invernos estão ficando mais curtos, enquanto o outono e a primavera estão cada vez mais quentes, secos e prolongados. Temperaturas mais altas bloqueiam frentes frias e aumentam a concentração de poluentes, impactando a saúde da população.”

O vínculo entre poluição e saúde começou a ser estudado na década de 1950, após uma estagnação de ar em Londres que causou a morte de dezenas de pessoas. A poluição gerada pela queima de carvão em indústrias resultava em ácido sulfúrico, prejudicial à saúde. Apenas em 1956 foram estabelecidas as primeiras regulamentações sobre a qualidade do ar, conforme explica Paulo Saldiva, patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.

Outro marco importante foi um estudo dos anos 1990, que acompanhou seis cidades americanas e correlacionou a poluição com a expectativa de vida. O estudo revelou que maiores níveis de poluição estavam associados a um aumento no risco de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares. “O estudo começou em 1970 e foi publicado em 1993. Ele mostrou que não há uma faixa segura de poluição e estabeleceu padrões globais que influenciam as diretrizes atuais”, ressalta Saldiva.

Fibrose cardíaca Um estudo recente realizado pela equipe de Saldiva revelou que pessoas expostas à poluição urbana, especialmente às partículas de carbono negro, apresentavam mais fibrose cardíaca, um indicativo de doenças cardíacas. Os pesquisadores realizaram autópsias em 238 corpos e encontraram uma associação significativa entre a quantidade de carbono negro nos pulmões e a fibrose cardíaca. O estudo também revelou que indivíduos com hipertensão têm um risco ainda maior.

“Além da hipertensão, a poluição é um fator adicional de risco para fibrose cardíaca. O impacto da poluição não se limita à emissão de poluentes, mas também está ligado aos níveis socioeconômicos, como a exposição mais intensa ao tráfego pelas camadas mais pobres da população”, explica Saldiva.

Casos de câncer A poluição do ar também está ligada ao aumento de casos de câncer, incluindo câncer de pulmão em mulheres jovens não fumantes, e tumores na bexiga e esôfago. Saldiva observa que, embora o risco da poluição seja menor comparado ao do tabagismo, a poluição é um risco universal e não há alternativas individuais, como no caso do cigarro. Políticas públicas são necessárias para enfrentar esse problema.

Prematuridade e baixo peso A exposição à poluição durante a gestação pode afetar o desenvolvimento fetal, aumentando o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Estudos encontraram partículas poluentes na placenta de mulheres grávidas e associaram a exposição à poluição a condições como hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia. “Essas micropartículas atravessam a placenta e causam inflamação no feto”, explica Saldiva.

Declínio cognitivo e demência Pesquisas recentes associaram a poluição ao declínio cognitivo e ao desenvolvimento de demência. Um estudo dinamarquês acompanhou 25.233 enfermeiros e descobriu que a exposição prolongada à poluição aumentava o risco de demência. No entanto, enfermeiros fisicamente ativos mostraram menor risco, sugerindo que a atividade física pode ajudar a mitigar esses efeitos.

Esclerose múltipla Um estudo publicado na revista Sclerosis constatou que a poluição do ar está relacionada a um aumento nas hospitalizações por crises de dor em pacientes com esclerose múltipla. O dióxido de enxofre presente no ar foi identificado como um fator que afeta a bainha de mielina, exacerbando crises de dor.

Mais problemas Além dos problemas respiratórios e cardiovasculares, a poluição pode afetar a pele e os rins, embora essas relações sejam mais difíceis de estudar devido à falta de dados específicos. “A ingestão adequada de água é crucial para ajudar o organismo a eliminar os poluentes inalados. Sem hidratação adequada, os rins ficam sobrecarregados”, alerta Gonçalves.

Fonte: Estadão

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Pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano

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As mulheres que fazem sexo menos de uma vez por semana podem ter mais probabilidade de morrer cedo do que aquelas que se envolvem em relações sexuais com maior frequência, é o que sugere um novo estudo feito nos Estados Unidos. Além disso, os pesquisadores também notaram que o sexo mais frequente reduz as chances de morte precoce em homens e mulheres com depressão.

No artigo, os autores comentaram que a atividade sexual é importante para a saúde cardiovascular geral dos humanos, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. “Usando as descobertas do nosso estudo, podemos inferir que a atividade sexual pode melhorar a perda de função que pode ocorrer com a idade e a progressão da doença”, disseram os investigadores.

 

A importância da vida sexual

Para chegar a qualquer conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 14.542 indivíduos dos EUA registrados como parte de uma pesquisa nacional de saúde feita entre 2005 e 2010. No total, 2.267 participantes forneceram detalhes sobre suas vidas sexuais, com 94,4% deles afirmando terem relações pelo menos uma vez por mês. Além disso, 38,4% responderam fazer sexo mais de uma vez por semana.

Estudos anteriores já indicavam que os norte-americanos médios faziam sexo 54 vezes por ano — o que se aproxima de uma vez por semana. Então, os pesquisadores decidiram classificar as pessoas entre aquelas com alta e baixa frequência sexual, dependendo se tinham relações acima ou abaixo dessa média.

No geral, mulheres com baixa frequência sexual tinham 1,7 vezes mais probabilidade de morrer por qualquer causa até o final de 2015 do que aquelas com vidas sexuais mais agitadas. Apesar de não encontrar a mesma resposta em homens, os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que a relação sexual parecia ter um efeito direto no impacto da depressão para a saúde de ambos os sexos.

 

Efeitos benéficos

Mesmo após ajustar fatores de risco, como obesidade, idade avançada e status socioeconômico, os autores chegaram a conclusão de que pessoas que sofriam de pressão tinham cerca de três vezes mais probabilidade de morrer durante um período de baixa frequência sexual.

 

Fonte: Mega Curioso.

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Donos da globo ficam 16 bilhões mais ricos em 2024 segundo a forbes

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O patrimônio dos donos do Grupo Globo disparou R$ 16 bilhðes, cerca de US$ 2,8 bilhões, no último ano, segundo divulgou a revista Forbes. A empresa pertence a João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho. Juntos, eles possuem uma fortuna de US$ 9 bilhões, cerca de R$ 51 bilhões.

No ranking de 2024, os três proprietários da Globo tinham um patrimônio total de US$ 6,2 bilhões (R$ 35,4 bilhões). Porém, mesmo com a alta do dólar em relação ao real, o patrimônio da família Marinho cresceu cerca de 45% em um ano.

A Forbes divulgou que cada filho de Roberto Marinho, fundador da emissora Rede Globo, possui uma fortuna de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 17 bilhões. A família, contudo, não é apenas dona do canal de televisão, eles são proprietários do portal g1, Globoplay, emissoras de rádio (como CBN e Rádio Globo), editora de livros, jornais e revistas impressas, além da produtora Globo Filmes.

O filho mais velho de Roberto Marinho, o Roberto Irineu Marinho também é proprietário da Fazenda Sertãozinho, que produz o café gourmet Orfeu.

 

Valor total do ativo de Globo cresce em 2024

A Forbes não detalhou qual calculo foi realizado para determinar o patrimônio da família Marinho. O último levantamento divulgado pelo Grupo Globo mostra que o total do ativo da companhia também cresceu.

Em 2023, a Globo possuia R$ 27 bilhões em ativos, valor que subiu para R$ 30,9 bilhões em 2024.

O lucro líquido do Grupo Globo mais que dobrou no último ano, de R$ 838 milhões em 2023 para R$ 1,9 bilhão em 2024. A companhia registra o lucro depois de uma grande reestruturação, que contou com a venda de ativos e demissão de atores, diretores, autores, produtores. apresentadores e profissionais de outras funções.

Além disso, a Globo também pode ter sido beneficiada com a mudança do governo federal. A gestão Luiz Inácio Lula da Silva tem investido em publicidade nas empresas do grupo. Como mostrou Oeste, na soma de 2023 e 2024, o governo repassou mais de R$ 300 milhões para 0 conglomerado de mídia.

Segundo dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o valor destinado pelo governo Lula ao Grupo
Globo supera o montante de R$ 177 milhões que o Palácio do Planalto enviou à companhia durante a Presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

 

Fonte: Revista Oeste.

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Igreja Batista Filadélfia realiza bazar com preços acessíveis no dia 12 de abril

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A Igreja Batista Filadélfia de Santa Rosa promove no próximo sábado, dia 12 de abril, a 2ºedição do bazar solidário do projeto “Mãos Que Servem”, com uma proposta que une solidariedade, economia e cuidado com a comunidade.

O evento acontece das 9h às 14h, nas dependências da igreja, e contará com uma grande variedade de peças de roupas infantis, juvenis e adultas, todas em ótimo estado de conservação.

O destaque do bazar é o preço fixo de R$ 5,00 para a maioria dos itens. Além disso, haverá uma sessão especial com peças selecionadas com valores de R$ 10, R$ 20 e R$ 30, oferecendo opções acessíveis para todos os gostos e necessidades.

Essa é a segunda edição do bazar, que já se consolidou como uma importante ação social da Igreja Batista Filadélfia. A iniciativa faz parte do projeto “Mãos Que Servem”, que visa atender pessoas em situação de vulnerabilidade e promover a solidariedade por meio do voluntariado.

O evento também marca uma data especial para a comunidade: neste mês de abril, a Igreja Batista Filadélfia completa 72 anos de história em Santa Rosa, reforçando seu compromisso com o serviço cristão e o apoio à população local.

 

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