Economia
Das 15 maiores companhias gaúchas com ações na bolsa, 13 tiveram lucro no primeiro semestre
Se 2018 foi de retomada para as maiores empresas do Rio Grande do Sul de capital aberto, por faturamento, marcando a melhora significativa dos números estampados nos balanços, 2019 está sendo de consolidação das finanças no azul. Entre janeiro e junho deste ano, 13 das 15 principais gaúchas listadas na B3, a bolsa de valores de São Paulo, arrecadaram mais do que gastaram.
O conjunto das companhias teve lucro de R$ 2,35 bilhões, alta de 3,8% frente a igual período do ano passado. Por outro lado, a receita líquida do grupo apresentou queda de 1,8%, atingindo R$ 41 bilhões e indicando que os ganhos vêm sendo puxados, principalmente, pela redução dos custos operacionais.
— Os gestores estão preocupados em melhorar a margem de eficiência, buscando gastar menos para ter melhores resultados. É a lição da crise pela qual o Brasil estava e ainda está passando. A economia estagnada faz com que as empresas olhem com mais atenção a rubrica dos custos — destaca Alexandre Wolwacz, sócio do Grupo L&S.
Na relação de empresas avaliadas, quatro tiveram crescimento do lucro em ritmo superior ao da receita e outras duas conseguiram reverter prejuízos. As que mais aumentaram o resultado líquido são as caxienses Marcopolo, com expansão de 117,3%, e Randon, com alta de 56,4% em relação ao semestre inicial de 2018, ambas voltando ao patamar de anos pré-crise. O movimento foi acompanhado pelo Grupo Dimed, dono da rede de farmácias Panvel, que teve alta de 14% no desempenho final. O Banrisul, mesmo com queda de 2,9% no faturamento, lucrou 29,5% a mais.
Já para a empresa Kepler Weber, o primeiro semestre marcou a saída do vermelho. A fabricante de silos para armazenagem de grãos fechou junho com saldo positivo de R$ 11 milhões, contra prejuízo de R$ 21,6 milhões em igual época do ano passado. Outra companhia que deu a volta por cima é a Taurus, que acumulava prejuízos nos últimos anos e fechou os primeiros seis meses de 2019 com lucro de R$ 47,6 milhões. Puxado pelo incremento de 20% nas vendas para os Estados Unidos, o resultado é o maior já obtido pela fabricante de armas em um semestre.
Mesmo com números no azul, os balanços de algumas empresas foram recebidos com pouco otimismo pelos analistas de mercado. É o caso da Gerdau, que, em meio ao cenário de competição acirrada com o aço chinês e a construção civil brasileira ainda sem deslanchar, perdeu R$ 2,3 bilhões em receitas no semestre. O desempenho é o que mais influenciou para baixo o faturamento acumulado pelas 15 empresas gaúchas analisadas. De quebra, no período, o lucro da siderúrgica foi 28% menor, atingindo R$ 825,3 milhões.
A queda na demanda também ocorreu na Grendene, que produziu 58,6 milhões de pares de calçados, cerca de 20% a menos frente ao primeiro semestre de 2018. Isso fez com que o lucro tivesse retração de 46,5%. Outro segmento com dificuldades no semestre foi o de celulose. Reflexo disso é o resultado da fabricante de papel para embalagens e papelão ondulado Irani que fechou no vermelho, acumulando prejuízo de 19 milhões.
— Todo mundo acaba sendo impactado pelo baixo crescimento que o país está passando — constata Valter Bianchi Filho, sócio-diretor da Fundamenta Investimentos.
Redução de funcionários e ajustes operacionais
De um modo geral, o diretor-executivo da assessoria financeira Bateleur, Fernando Marchet, avalia que as companhias gaúchas têm conseguido melhorar pontualmente os resultados, aproximando-se do nível de receitas verificados antes da recessão. Redução do quadro de funcionários e ajustes operacionais pesaram para a recuperação.
— A economia ainda não respondeu adequadamente de maneira a permitir, no geral, que as receitas possam crescer muito. A melhora pontual é resultado do trabalho que vem sendo feito internamente nas empresas — diz.
Ainda que o cenário externo se mostre instável, com o risco de recessão global, e a economia brasileira siga com dificuldades para deslanchar, Marchet avalia que a perspectiva é de que as empresas gaúchas consigam melhorar seus números na segunda metade do ano. Na avaliação do executivo, a aprovação de reformas estruturais, como a previdenciária e a tributária, contribuiria para aquecer a economia e aumentar os negócios.
Gaúcha / ZH
Economia
Governador Leite decidirá hoje sobre a implementação dos cortes de incentivos fiscais a partir de 1º de abril
Destaque
Saiba quais deputados votaram contra suspensão dos decretos que aumentam tributos na cesta básica do RS
Os deputados estaduais acolheram na sessão desta terça-feira, 26, o recurso apresentado pela bancada do PL para suspender os efeitos dos decretos que aumentariam os impostos da cesta básica a partir de 1º de abril. Na votação, foi registrado empate, com 23 votos favoráveis e 23 contrários. Desta forma, o presidente em exercício da casa, deputado Paparico Bacchi (PL), desempatou, conforme determina o Regimento Interno. Com decisão favorável, as medidas ficam suspensas e continuarão a ser discutidas na Assembleia Legislativa.
A complexidade dos decretos publicados pelo governador Eduardo Leite no final do ano passado dificulta a compreensão da população sobre o que de fato irá acontecer. Muito se fala da perda que setores produtivos terão, porém, o custo maior vai sair do bolso dos consumidores. Segundo cálculos elaborados pela Assessoria de Economia da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, cerca de 60,5% do que o governo Leite pretende arrecadar a mais a partir do vigor destas normas virá do aumento do Icms em itens da cesta básica. Um estudo realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) definiu que o gaúcho gastará, em média, R$ 683 a mais em alimentos por ano.
PRINCIPAIS MUDANÇAS
- Carnes: bovina, suína, aves, peixes e miudezas congeladas, frescas ou resfriadas: De 7% para 12%.
- Ovos: De isento para 12%.
- Flores: De isento para 17%.
- Frutas, verduras e hortaliças: De isento para 12%.
- Maçã e pera: De isento para 12%.
- Leite pasteurizado tipo A, B e C: De isento para 12%.
- Pão francês: De isento para 12%.
- Mistura e pastas para preparação de pães: De isento para 12%.
- Açúcar: De 7% para 12%.
- Banha: De 7% para 12%.
- Café torrado e moído: De 7% para 12%.
- Conserva de frutas: De 7% para 12%.
- Farinha de arroz: De 7% para 12%.
- Farinha de milho: De 7% para 12%.
- Leite UHT LV: De 7% para 12%.
- Margarina: De 7% para 12%.
- Creme vegetal: De 7% para 12%.
- Mistura para pães: De 7% para 12%.
- Óleos vegetais: De 7% para 12%.
- Sal: De 7% para 12%.
- Alho: De 7% para 12%.
- Arroz: De 7% para 12%.
- Erva Mate: De 7% para 12%.
- Farinha de trigo: De 7% para 12%.
- Feijão: De 7% para 12%.
- Massas alimentícias: De 7% para 12%.
- Pães: De 7% para 12%.
DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA A SUSPENSÃO
- Airton Artus (PDT)
- Airton Lima (Podemos)
- Aloisio Classmann (União Brasil)
- Carlos Burigo (MDB)
- Delegada Nadine (Psdb)
- Delegado Zucco (Republicanos)
- Dirceu Franciscon (União Brasil)
- Dr. Thiago Duarte (União Brasil)
- Edivilson Brum (MDB)
- Elton Weber (PSB)
- Frederico Antunes (PP)
- Guilherme Pasin (PP)
- Kaká D’Ávila (Psdb)
- Luciano Silveira (MDB)
- Luiz Marenco (PDT)
- Marcus Vinicius (PP)
- Neri, o Carteiro (Psdb)
- Pedro Pereira (Psdb)
- Professor Bonatto (Psdb)
- Professor Issur Koch (PP)
- Sergio Peres (Republicanos)
- Silvana Covatti (PP)
- Vilmar Zanchin (MDB)
DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA SUSPENSÃO
- Adão Pretto Filho (PT)
- Jeferson Fernandes (PT)
- Leonel Radde (PT)
- Luiz Fernando Mainardi (PT)
- Miguel Rossetto (PT)
- Pepe Vargas (PT)
- Sofia Cavedon (PT)
- Stela Farias (PT)
- Valdeci Oliveira (PT)
- Zé Nunes (PT)
- Eduardo Loureiro (PDT)
- Gerson Bumann (PDT)
- Luciana Genro (Psol)
- Joel Wilhelm (PP)
- Claudio Branchieri (Podemos)
- Capitão Martim (Republicanos)
- Gustavo Victorino (Republicanos)
- Patrícia Alba (MDB)
- Adriana Lara (PL)
- Kelly Moraes (PL)
- Paparico Bacchi (PL)
- Rodrigo Lorenzoni (PL)
- Felipe Camozzato (PL)
- Gaúcho da Geral (PSD)
AUSENTES
- Laura Sito (PT)
- Bruna Rodrigues (PCdoB)
- Matheus Fomes (Psol)
- Elizandro Sabino (PRD)
- Adolfo Brito (PP)
- Eliana Brayer (Republicanos)
- Rafael Braga (MDB)
- Cláudio Tatsch (PL)
Fonte: Rádio Espaço FM.
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Brasil abre 306.111 vagas de emprego formal em fevereiro
Em fevereiro, o Brasil criou 306.111 novas vagas de emprego formal, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (27).
Esse resultado é resultado de 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos no mês. No acumulado do ano, de janeiro a fevereiro, o saldo foi ainda mais positivo, alcançando 474.614 novos postos de trabalho, oriundos de 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos.
Os dados ministeriais revelam que todos os cinco principais setores econômicos apresentaram saldos positivos:
- Serviços (+193.127 vagas);
- Indústria (+54.448 vagas), com destaque para a Indústria de Transformação (+51.870 vagas);
- Construção (+35.053 vagas);
- Comércio (+19.724 vagas);
- Agropecuária, com saldo positivo de (+3.759 vagas).
Fonte: CNN Brasil
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