Geral
Custo de “penduricalhos” no Judiciário ultrapassa R$ 819 milhões e gera críticas à gestão de recursos públicos
O Poder Judiciário ampliou a lista de benefícios extras pagos aos magistrados em outubro de 2023, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a conversão da licença-compensatória em pagamentos adicionais. Essa medida, que transforma dias de folga não utilizados em dinheiro, resultou em um impacto significativo aos cofres públicos. Entre julho de 2023 e outubro de 2024, 35 tribunais repassaram valores que aumentaram os contracheques de 8.736 juízes, desembargadores e ministros, com ganhos médios de R$ 12,4 mil por mês. O custo total foi de R$ 819 milhões nesse período.
A licença-compensatória em números
Um relatório da Transparência Brasil, com base no projeto DadosJusBrasil, revelou que cerca de 4,2 mil magistrados receberam mais de R$ 100 mil referentes a esse benefício no período analisado. O recorde foi registrado por um desembargador de Pernambuco, que acumulou R$ 313,2 mil entre julho de 2023 e outubro de 2024.
No âmbito federal, onde o benefício foi criado por via administrativa, o custo somou R$ 415 milhões em 25 órgãos. Já na Justiça estadual, dez tribunais gastaram R$ 404 milhões no mesmo intervalo.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) lidera os pagamentos, com um desembolso total de R$ 157 milhões desde setembro de 2023, gerando uma média mensal de R$ 11,6 milhões. Em São Paulo, o Tribunal de Justiça (TJ-SP), maior do País, já destinou R$ 97 milhões para o pagamento da licença-compensatória, com respaldo em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio CNJ.
Histórico e regulamentação
A licença-compensatória surgiu como extensão da “gratificação por exercício cumulativo”, que adicionava um terço ao salário dos magistrados que assumiam funções extras por mais de 30 dias. Em janeiro de 2023, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) redefiniu o benefício, transformando-o em folgas que poderiam ser convertidas em pagamento, isentas do teto constitucional por serem consideradas indenizações.
Em outubro de 2023, o CNJ replicou essa decisão para o Judiciário, permitindo que órgãos de Justiça adotassem o mesmo modelo. Desde então, tribunais federais e estaduais ajustaram suas normativas para implementar o benefício, viabilizando os pagamentos.
De acordo com o relatório, a maior parte dos valores foi paga em 2024, com R$ 691,6 milhões distribuídos em dez meses. Se mantida a média mensal, o total gasto pode ultrapassar R$ 1 bilhão até janeiro de 2025.
Impacto orçamentário e críticas
A Transparência Brasil alertou para o agravamento do impacto financeiro do benefício, destacando que ele compromete recursos públicos e aumenta a concentração de verba destinada ao sistema de Justiça. A organização também criticou o caráter indenizatório do pagamento, que permite que os valores escapem do teto constitucional de R$ 44 mil.
Além disso, o relatório destaca que a aprovação do projeto de lei dos Supersalários, atualmente em tramitação no Senado, pode oficializar aumentos nos contracheques de magistrados, em vez de resolver a questão. “Esse retrocesso reforça o caráter decorativo do teto constitucional e intensifica a má alocação de recursos públicos”, avaliou a ONG.
Supersalários em debate
O projeto de lei dos Supersalários, aprovado na Câmara e aguardando votação no Senado desde 2021, propõe limitar pagamentos que excedem o teto constitucional, restringindo os chamados “penduricalhos” a situações excepcionais, como auxílio-moradia e férias não gozadas.
Entretanto, segundo a Transparência Brasil, a continuidade de pagamentos como a licença-compensatória pode agravar o orçamento do sistema de Justiça, prejudicando o interesse público em benefício de vantagens corporativas.
O debate em torno desses pagamentos reacende questões sobre a gestão de recursos públicos e a necessidade de maior transparência e controle na administração financeira do Judiciário.
Fonte: Estadão
Geral
Steve Bannon ataca STF e compara Moraes a juiz nazista
O estrategista político norte-americano Steve Bannon, conhecido por seu papel na campanha de Donald Trump em 2016 e por suas conexões com líderes de extrema direita em todo o mundo, gerou controvérsia mais uma vez. Em uma entrevista a um canal brasileiro no YouTube neste domingo (19), Bannon fez comparações entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e juízes nazistas da década de 1930. Além disso, afirmou que as eleições presidenciais brasileiras de 2026 serão as mais decisivas do mundo e defendeu o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder.
Bannon criticou duramente Moraes, acusando-o de corrupção e autoritarismo. “O que esse juiz do Supremo faz é escandaloso. Os brasileiros sabem que ele é radical. Ele é como um juiz nazista dos anos 1930. Ele precisa ser removido do cargo. Sua justiça é mais corrupta que a de Lula”, disse ele.
O estrategista também ressaltou a relevância das eleições de 2026 para o Brasil e o mundo. “Precisamos vencer em 2026. A eleição mais importante do mundo será no Brasil. O povo brasileiro precisa restaurar Bolsonaro na Presidência”, afirmou.
Até o momento, o STF não se manifestou sobre as declarações de Bannon.
Embora atualmente inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro foi citado por Bannon como peça chave no futuro político do Brasil. Contudo, o ex-presidente enfrenta várias restrições legais, como a apreensão de seu passaporte desde fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga sua possível participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Na última semana, Bolsonaro tentou recuperar seu passaporte para comparecer à posse de Trump, mas o pedido foi negado por Moraes.
Fonte: Notícias ao minuto
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