Era para ser mais um dia normal na rotina de um motorista de aplicativo de Caxias do Sul. No entanto, a madrugada de segunda-feira (5) reservou um grande susto a um homem, que preferiu não ser identificado, ao chegar em casa após levar a última passageira ao destino, no bairro Sagrada Família. Nada relacionado a assalto ou acidente de trânsito. Pouco depois da 1h30min, o motorista teve uma surpresa ao deparar com um menino de dois anos dormindo no banco traseiro do veículo.

A criança foi esquecida no carro por uma mulher, que minutos antes havia embarcado no veículo. O motorista, no entanto, não percebeu que a passageira estava acompanhada não apenas de uma, mas de duas crianças, além de balões e sacolas. Ele só notou que o menino havia sido esquecido após estacionar o veículo na garagem de casa e, como de costume, ver se algum passageiro não havia deixado para trás algum pertence.

— Olhei no banco e vi uma coisa. Pensei que a criança havia esquecido uma boneca. Mas, quando abri a porta, vi um menino dormindo. Dei um grito e saí correndo para devolver — comenta o motorista, emocionado, relatando que tem uma neta da mesma idade.

O motorista conta que a mulher desceu do carro normalmente no destino e que ainda esperou por cerca de cinco minutos até que ela entrasse no prédio onde mora. Apenas depois disso é que se deslocou para casa. De acordo com o registro da Brigada Militar (BM), no mesmo horário, um homem entrou em contato pelo telefone 190 contando que o filho de dois anos havia ficado no carro do motorista de aplicativo. A BM, então, se deslocou à casa da família e manteve contato com o motorista, que àquela altura já estava a caminho para devolver o menino em segurança aos pais.

A esposa do motorista conta que acordou com o grito dado pelo marido na garagem e se assustou, ainda mais quando foi verificar na garagem e percebeu que ele não estava lá.

— O susto foi grande — relembra ela.

A Brigada Militar chegou a fazer o registro da ocorrência, que não será encaminhado à Polícia Civil. A reportagem não conseguiu contato com a família da criança.

Fonte: GZH