Como um pequeno Estado virou rota do tráfico na Amazônia e vê guerra sangrenta entre PCC e CV
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Como um pequeno Estado virou rota do tráfico na Amazônia e vê guerra sangrenta entre PCC e CV

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Foto: Sejusp

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No Norte do Brasil, o pequeno Estado do Amapá atrai a atenção das duas maiores facções criminosas do país. Situado na rota amazônica da cocaína e do skunk (um tipo mais potente de maconha) vindos de Colômbia, Peru e Bolívia, o Amapá tornou-se um entreposto crucial para o tráfico de drogas destinado ao exterior. O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) disputam esse território estratégico, negociando e revendendo drogas para a Europa, em aliança com facções locais.

Com uma população de 733 mil habitantes espalhada por 16 municípios, o Amapá possui três facções locais. A chegada das organizações criminosas nacionais é relativamente recente. Segundo um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o PCC se aliou à Família Terror do Amapá (FTA), enquanto o Comando Vermelho se associou à União Criminosa do Amapá (UCA). Recentemente, as autoridades monitoraram uma possível nova aliança do CV com o grupo Amigos para Sempre (APS).

O interesse no tráfico de drogas e a violência decorrente são comuns a todas essas facções. Embora o número de mortes violentas tenha diminuído de 2021 para 2022, o Amapá ainda apresenta a maior taxa de homicídios do Brasil, com uma média de 50,6 mortes por 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional. As mortes decorrentes de intervenções policiais também são as mais altas do país.

Dados de 2023 do Ministério da Justiça mostram um aumento de 45,5% nos homicídios no Amapá, ultrapassando os 300 casos. Enquanto as facções locais disputam pontos de drogas, PCC e CV focam em assegurar rotas para o narcotráfico internacional.

“Apesar de não estar conectado por rodovias ao restante do país, o Amapá é cortado por uma ampla rede fluvial e tem fronteira com a Guiana Francesa, tornando-se disputado pelas facções. Além disso, o porto local facilita o escoamento de drogas para a Europa,” destaca o estudo Cartografias da Violência na Amazônia, realizado pelo FBSP em parceria com o Instituto Mãe Crioula.

A pesquisa indica que o Amapá está inserido na rota do narcotráfico do corredor dos rios Solimões/Amazonas. Além do tráfico de cocaína e skunk, PCC e CV exploram outras atividades ilícitas, como garimpo ilegal, grilagem de terras e abertura de estradas clandestinas.

A chegada dessas facções no Amapá está ligada à fragmentação da Família do Norte, uma organização criminosa que perdeu força nos últimos anos. A formação das facções locais começou há cerca de dez anos, com presos do Amapá sendo batizados pelo PCC em presídios federais.

Um mapeamento sigiloso do Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou a presença de pelo menos 72 facções nas prisões brasileiras. No Amapá, as principais são a Família Terror do Amapá (FTA), a União Criminosa do Amapá (UCA) e a facção Amigos para Sempre (APS).

O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) reconhece dificuldades, enfrentando sobrecarga de funções e infraestrutura inadequada. “O Iapen luta com a falta de recursos, tanto humanos quanto materiais, que afetam diretamente sua capacidade de executar eficazmente suas funções penitenciárias,” diz um relatório recente.

O combate às facções no Amapá tem se concentrado em operações ostensivas, baseadas em relatórios de inteligência, principalmente nas cidades de Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque.

Allan Jasper, professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), coordenou um estudo sobre a percepção da população em relação à violência. Ele alerta para a necessidade de políticas voltadas para os presídios antes que a violência tome as ruas.

“É preciso entender que a situação do egresso começa a se definir muito antes da hora em que ele vai sair. Se ele tem péssimas condições de vida na prisão, isso se reflete em violência fora dela. E diversas facções são organizadas e geridas a partir dos presídios,” conclui Jasper.

Fonte: Estadão

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Hugo Motta faz “exoneraço” e pega 465 servidores da Câmara de surpresa

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Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) fez um “exoneraço” e tirou 465 servidores de cargos em comissão na Casa. A medida foi publicada no Diário Oficial da União do dia 7/2. A medida pegou os funcionários de surpresa, pois não foram comunicados previamente nem pelos seus deputados.

Parlamentares que haviam feito indicações para os cargos minimizaram as exonerações. Eles afirmam que esse tipo de ação é comum quando há nova gestão no comando da Casa. Agora, eles aguardarão a reestruturação da Mesa Diretora da Câmara para renegociar os espaços.

 

Todos as exonerações atingiram cargos de natureza especial, os famosos “CNEs”. São postos visados pelos parlamentares, porque geralmente possuem salários mais atrativos.

De acordo com o regimento da Câmara, sua finalidade é a “prestação de serviços de assessoramento exclusivamente à Mesa e às Suplências, às Lideranças, às Comissões, à Procuradoria Parlamentar, à Ouvidoria Parlamentar, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a órgãos administrativos”.

Os exonerados por Motta ocupavam cargos de Assistente Técnico de Gabinete e Assessor Técnico Adjunto.
Fonte:Metrópoles
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Picadas de aranhas são a segunda maior causa de envenenamento por animais no Brasil

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O Brasil registrou 341.806 acidentes com animais peçonhentos em 2023, sendo 43.933 ocasionados por aranhas (12% do total). O Ministério da Saúde alerta que as picadas de aranhas são, atualmente, a segunda maior causa de envenenamento por animais peçonhentos no País, atrás apenas dos escorpiões.

“Acidentes por animais peçonhentos representam um importante desafio para a saúde pública no Brasil. Devido à rica biodiversidade e ao clima tropical favorável, o País abriga uma grande variedade de serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos, cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana”, destacou a pasta.

Segundo o Ministério da Saúde, embora apenas três grupos de aranhas causem acidentes graves no Brasil, todas fazem parte do convívio humano, seja dentro de casa, em quintais ou parques.

Os chamados soros antivenenos, incluindo o soro antiaracnídico, são distribuídos exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e podem ser disponibilizados por hospitais públicos, filantrópicos e privados, desde que seja garantido o tratamento sem custo ao paciente.

 

Aranhas causadoras de acidentes graves no Brasil

Acidentes com aranhas ou araneísmo configuram um quadro clínico de envenenamento decorrente da inoculação da peçonha desses animais através de um par de ferrões localizado na frente das aranhas. Confira, a seguir, as principais aranhas causadoras de acidentes graves no Brasil:

– Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino): os sinais e sintomas da picada incluem dor de pequena intensidade. O local acometido pode evoluir com palidez mesclada com áreas equimóticas (placa marmórea), instalada sobre uma região endurada. Também podem ser observadas vesículas ou bolhas sobre a área endurada, com conteúdo sero‐sanguinolento ou hemorrágico. Nos casos mais graves, ocorre hemólise intravascular, de intensidade variável, sem associação direta com a extensão da lesão cutânea, tendo como principais complicações a insuficiência renal aguda por necrose tubular.

– Phoneutria (aranha-armadeira ou macaca): a dor imediata é o sintoma mais frequente. Sua intensidade é variável, podendo irradiar até a raiz do membro acometido. Outros sintomas são inchaço por acúmulo de líquidos, manchas vermelhas na pele, formigamento ou dormência na pele e excesso de suor no local da picada, onde podem ser visualizadas as marcas de dois pontos de inoculação.

– Latrodectus (viúva-negra): os sinais e sintomas incluem dor na região da picada, suor generalizado e alterações na pressão e nos batimentos cardíacos. Podem ocorrer ainda tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, dor de cabeça, manchas vermelhas na face e pescoço.

 

O que fazer

Em caso de acidentes com aranhas, as orientações são: procurar atendimento médico imediatamente; fotografar ou informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como tipo, cor e tamanho; se possível e, caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lavar o local da picada com água e sabão; realizar compressas mornas, que podem ajudar a aliviar a dor.

 

Prevenção

As medidas para prevenir acidentes com aranhas incluem: manter jardins e quintais limpos; evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas; evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas; limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos, pelo menos em uma faixa de um a dois metros junto das casas; sacudir roupas e sapatos antes de usá-los; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados, colocar soleiras nas portas e telas nas janelas; usar telas em ralos do chão, pias ou tanques; afastar camas e berços das paredes e evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.

 

Fonte: O Sul.

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Emissora de TV do PT terá dinheiro dos contribuintes

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O jornal O Estado de S. Paulo revelou que a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) firmou dois convênios com a assim chamada TV do Trabalhador (TVT), ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), para bancar a renovação dos estúdios e dos equipamentos da emissora, além de financiar a produção de seus “programas jornalísticos”. As aspas aqui são necessárias, evidentemente, porque o que a TVT chama de jornalismo é conhecido no mundo real como propaganda. A bem da verdade, o canal poderia facilmente se chamar “TV do PT” ou “TV CUT” sem perder a identidade, pois é ao proselitismo político que se presta.

A generosa cortesia com chapéu alheio custará R$ 2,65 milhões aos contribuintes. A aquisição de novas câmeras e transmissores, entre outros equipamentos, e a produção dos programas serão pagas com recursos advindos de emendas ao Orçamento da União indicadas por 12 parlamentares das bancadas do PT na Câmara e no Senado, o que só adiciona insulto à injúria. Se já é reprovável o financiamento público de uma organização privada, tão ou mais grave é a violação dos princípios da moralidade e da racionalidade nos gastos públicos. Se a TVT não tem condições de financiar suas atividades, este é um problema exclusivo de seus gestores. O ônus, por óbvio, não tem de recair sobre o erário.

Que fique claro: o PT, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a CUT, como quaisquer entidades privadas, têm assegurado o direito de ter seu próprio veículo de comunicação. Mas que o exerçam com seus próprios meios.

Embora faça parte da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), a TVT não é um canal de comunicação que serve ao conjunto da sociedade brasileira. Dado o traço de audiência, é lícito inferir que a esmagadora maioria dos cidadãos nem sequer ouviu falar do canal a serviço do PT e das agremiações sindicais, malgrado se dizer “do trabalhador”. Trata-se de uma emissora cuja origem e linha editorial são marcadamente associadas ao sindicalismo e à militância política petista, razão pela qual cabe ao PT, à CUT e aos sindicatos a esta vinculados custear a sua programação.

Para qualquer cidadão sensato, essa separação é perfeitamente compreensível. Já para os petistas, é inconcebível distinguir o interesse público dos interesses do partido ou do governo do presidente Lula da Silva. Nessa mixórdia, a apropriação da EBC para fins político-partidários é tratada como a coisa mais natural do mundo.

O Brasil enfrenta desafios fiscais que exigem responsabilidade e austeridade na aplicação dos recursos públicos. Cada centavo gasto pelo Estado deve ser justificado por seu retorno social amplo, beneficiando a coletividade, e não ser direcionado para sustentar veículos de comunicação de caráter privado, ainda que sob o disfarce de um convênio institucional.

Os contribuintes não podem ser forçados a financiar, mesmo indiretamente, a comunicação de um partido político ou outra entidade privada específica. O erário não pode ser empregado a serviço de interesses particulares. A ver como reagirão o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União.

 

Fonte: Estadão Conteúdo.

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