Como Elon Musk e Taylor Swift podem resolver as relações entre EUA e China
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Como Elon Musk e Taylor Swift podem resolver as relações entre EUA e China

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Acabei de passar uma semana em Pequim e Xangai, conversando com autoridades, economistas e empreendedores chineses. Vou direto ao ponto: enquanto estávamos distraídos, a China deu um salto impressionante na manufatura de alta tecnologia em praticamente todas as áreas.

Se ninguém contou a Donald Trump, então eu contarei: nas redes sociais chinesas, ele é conhecido como “Chuan Jianguo”, que significa “Trump, o Construtor da Nação (Chinesa)”. Isso porque suas críticas ferozes e tarifas durante seu primeiro mandato como presidente motivaram Pequim a intensificar os esforços para alcançar a liderança global em carros elétricos, robótica e materiais raros — tudo para se tornar o mais independente possível dos mercados e tecnologias dos EUA.

“A China teve seu momento Sputnik, e seu nome é Donald Trump”, comentou Jim McGregor, consultor de negócios que vive na China há 30 anos. “Trump despertou nos chineses a necessidade de um esforço coletivo para levar suas capacidades científicas, inovadoras e de manufatura a um novo patamar.”

Hoje, a China que Trump enfrentará é muito mais poderosa como máquina de exportação. Suas capacidades industriais cresceram enormemente em sofisticação, tamanho e volume nos últimos oito anos, enquanto o consumo interno ainda deixa a desejar. Se eu fosse ilustrar a economia atual da China, seria como um corpo superior musculoso e robusto, mas sustentado por pernas finas e frágeis.

A força industrial chinesa é tão significativa que apenas tarifas altíssimas podem desacelerá-la. Contudo, essa estratégia pode ter um preço alto: a China poderia retaliar cortando o fornecimento de insumos cruciais para as indústrias americanas, muitos dos quais são difíceis de encontrar em outros lugares. Um confronto assim seria desastroso para as cadeias globais de suprimentos, algo que especialistas chineses com quem conversei preferem evitar. Eles ainda veem o mercado americano como essencial, mas não hesitariam em defender seus interesses.

Uma abordagem mais inteligente seria o que chamo de “paradigma Elon Musk-Taylor Swift”: os EUA poderiam usar tarifas para ganhar tempo e fomentar seus próprios Elon Musks — fabricantes locais capazes de exportar mais e importar menos. Ao mesmo tempo, a China poderia abrir espaço para mais Taylor Swifts — promovendo o consumo de bens estrangeiros e investindo em serviços que seu próprio povo quer, como saúde de qualidade.

Mas, se os EUA não responderem com um esforço coletivo comparável ao que fizeram após o lançamento do Sputnik pela União Soviética, em 1957, ficarão para trás.

Essa realidade ficou evidente durante minha visita. Muitas pessoas em Washington ainda não perceberam o avanço chinês, talvez porque poucas delegações americanas tenham visitado o país nos últimos anos, ou porque muitas empresas americanas transferiram seus funcionários devido à pandemia e não os trouxeram de volta.

Como observou Noah Smith, especialista em manufatura, com base em dados da ONU: em 2000, os EUA e seus aliados representavam a maior parte da produção industrial global, enquanto a China tinha apenas 6%. Em 2030, a previsão é que a China será responsável por 45% de toda a manufatura global, rivalizando sozinha com os EUA e seus aliados combinados. Esse domínio foi visto antes apenas no Reino Unido, durante a Revolução Industrial, e nos EUA, após a Segunda Guerra Mundial.

Exemplos não faltam: em 2019, os empréstimos dos bancos chineses para indústrias locais somaram US$ 83 bilhões. Em 2022, chegaram a US$ 670 bilhões. Enquanto isso, fabricantes como Xiaomi e Huawei, antes conhecidas por seus smartphones, agora produzem também carros elétricos sofisticados, enquanto gigantes como BYD estão exportando em grande escala.

A China está construindo uma frota de navios para transportar automóveis pelo mundo e lidera a infraestrutura de veículos elétricos, com estações de recarga em todo o país. Mais da metade dos carros novos vendidos na China são elétricos. Enquanto isso, nos EUA, a General Motors registrou prejuízo de mais de US$ 5 bilhões em sua principal fábrica na China, com vendas em queda livre.

Além disso, a China está investindo pesado na automação e na robotização de suas fábricas, criando as chamadas “dark factories” — linhas de produção totalmente automatizadas, operando sem luz, já que não há trabalhadores humanos para iluminar. Essa robotização não é apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade, dada a rápida redução de sua força de trabalho.

Entretanto, nem tudo é força. A China enfrenta desafios significativos: queda populacional, crise imobiliária, alto desemprego jovem e um governo centralizado que prioriza a ideologia em detrimento do dinamismo econômico. Muitos dos melhores talentos estão saindo do país, levando seus recursos e ideias para lugares como Japão, Dubai e Cingapura.

Para que o mundo mantenha um equilíbrio saudável, a China precisará de ajustes. Não pode continuar fabricando tudo enquanto importa apenas produtos agrícolas. É necessário investir mais em saúde, educação criativa e consumo interno. Do contrário, enfrentará uma aliança global contra sua hegemonia.

Nos EUA, precisamos de algo mais: foco em inovação e engenharia. Elon Musk, apesar de sua postura polêmica, representa a energia empreendedora que devemos multiplicar. O futuro será definido por quem dominar as tecnologias mais avançadas — e, para isso, precisamos agir já.


Opinião por Thomas Friedman

É ganhador do Pullitzer e colunista do NYT. Especialista em relações internacionais, escreveu ‘De Beirute a Jerusalém’

Fonte: Estadão

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Steve Bannon ataca STF e compara Moraes a juiz nazista

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Foto: Divulgação
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O estrategista político norte-americano Steve Bannon, conhecido por seu papel na campanha de Donald Trump em 2016 e por suas conexões com líderes de extrema direita em todo o mundo, gerou controvérsia mais uma vez. Em uma entrevista a um canal brasileiro no YouTube neste domingo (19), Bannon fez comparações entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e juízes nazistas da década de 1930. Além disso, afirmou que as eleições presidenciais brasileiras de 2026 serão as mais decisivas do mundo e defendeu o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder.

Bannon criticou duramente Moraes, acusando-o de corrupção e autoritarismo. “O que esse juiz do Supremo faz é escandaloso. Os brasileiros sabem que ele é radical. Ele é como um juiz nazista dos anos 1930. Ele precisa ser removido do cargo. Sua justiça é mais corrupta que a de Lula”, disse ele.

O estrategista também ressaltou a relevância das eleições de 2026 para o Brasil e o mundo. “Precisamos vencer em 2026. A eleição mais importante do mundo será no Brasil. O povo brasileiro precisa restaurar Bolsonaro na Presidência”, afirmou.

Até o momento, o STF não se manifestou sobre as declarações de Bannon.

Embora atualmente inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro foi citado por Bannon como peça chave no futuro político do Brasil. Contudo, o ex-presidente enfrenta várias restrições legais, como a apreensão de seu passaporte desde fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga sua possível participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Na última semana, Bolsonaro tentou recuperar seu passaporte para comparecer à posse de Trump, mas o pedido foi negado por Moraes.

Fonte: Notícias ao minuto

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Instagram abandona formato quadrado e divide reações entre os usuários

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Foto: Divulgação
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O Instagram deixou para trás sua icônica organização quadrada (1:1) e passou a exibir imagens na proporção 4:5, mais retangular e vertical. A mudança, implementada no último fim de semana, tem gerado intensos debates entre os usuários.

Impactos na experiência visual

  • A nova proporção foi aplicada retroativamente, alterando o layout de todas as postagens já existentes.
  • Perfis que mantinham uma estética baseada no antigo formato quadrado tiveram sua organização desconfigurada, gerando insatisfação.
  • Muitos usuários recorreram a outras plataformas, como Threads e X, para expressar frustração com o novo layout, alegando que ele “bagunçou” seus feeds planejados.
  • O diretor do Instagram, Adam Mosseri, reconheceu em publicação nos Stories que a mudança pode causar estranhamento inicial, mas defendeu o novo formato como uma evolução necessária.
  • Segundo Mosseri, a maioria das fotos e vídeos já eram capturados na orientação vertical, e a adaptação ao antigo formato quadrado comprometia a exibição do conteúdo.

Repercussão entre criadores e usuários

A alteração tem sido particularmente controversa entre criadores de conteúdo e artistas que planejavam suas grades de perfil como verdadeiras galerias visuais. Muitos relataram que suas composições harmônicas foram desfeitas sem aviso prévio.

“É frustrante ver um trabalho de meses ser desfeito por uma mudança inesperada. A estética era um dos diferenciais do Instagram”, lamentou um fotógrafo que utiliza a plataforma como portfólio.

Por outro lado, alguns usuários enxergam a novidade como uma oportunidade. “Agora, meus vídeos e fotos aparecem de forma mais completa. Isso pode melhorar a experiência de quem acompanha meu conteúdo”, avaliou um influenciador digital.

Fonte: Olhar digital

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Água verde da Lagoa dos Patos em Tapes surpreende banhistas

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Foto: André Machado/Reprodução MetSul
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No último final de semana, a Lagoa dos Patos, no município de Tapes, no Litoral do Rio Grande do Sul, apresentou uma coloração verde intensa. No entanto, não se tratava de um tom cristalino como o das praias nordestinas, mas sim de uma tonalidade escura, semelhante a tinta.

De acordo com Carlos Mendes, professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), o fenômeno é comum durante o verão gaúcho e está relacionado à proliferação excessiva de algas.

Com temperaturas mais elevadas e maior luminosidade devido aos dias mais longos, as condições se tornam ideais para a multiplicação dessas microalgas. A alta concentração desses microrganismos torna a água mais densa, formando uma espécie de nata e alterando sua coloração”, explica o professor.

Mendes alerta que é recomendável evitar o contato com a água, recomendação que também foi feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tapes.

Amostras da água foram enviadas para análise na Furg. Dependendo do tipo de alga presente, o contato pode ser inofensivo ou causar irritações na pele, náuseas e vômitos.

Conforme a legislação vigente, há um limite de cianobactérias por mililitro para que a água seja considerada própria para banho. Embora ainda não seja possível afirmar se a lagoa está segura para os banhistas, o fenômeno costuma durar menos de uma semana.

Fonte: G1

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