Política
Como a tentativa de assassinato de Donald Trump deve dividir ainda mais os EUA

Em 1981, quando o presidente Ronald Reagan foi baleado por um agressor em busca de atenção, o país se uniu em torno de seu líder ferido. O presidente democrata da Câmara, Thomas P. O’Neill Jr., emocionado, visitou o hospital, segurou as mãos do presidente republicano, beijou sua cabeça e rezou por ele.
Entretanto, a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump parece destinada a aprofundar ainda mais a divisão nos Estados Unidos. Minutos após o atentado, a atmosfera se encheu de raiva, amargura, suspeitas e recriminações. Teorias da conspiração emergiram, e um país já polarizado se fragmentou ainda mais.
O atentado em Butler, Pensilvânia, na noite de sábado, ocorreu dois dias antes da convenção de nomeação dos republicanos em Milwaukee, contextualizando o evento de forma ainda mais partidária. Enquanto os democratas lamentavam a violência política, acusando Trump de fomentá-la, os republicanos culparam o presidente Biden e seus aliados, afirmando que a retórica incendiária contra Trump teria incitado o ataque.
O filho mais velho de Trump, seu estrategista de campanha e um candidato a vice-presidente atacaram a esquerda horas após o atentado, mesmo antes da identificação do atirador ou da determinação de seu motivo. “Bem, é claro que eles tentaram mantê-lo fora das urnas, tentaram colocá-lo na cadeia e agora você vê isso”, escreveu Chris LaCivita, conselheiro sênior de Trump. Contudo, a campanha de Trump reconsiderou, e a postagem foi excluída. Um memorando enviado no domingo instruiu a equipe de Trump a não comentar sobre o atentado.
O episódio deve reforçar a narrativa de Trump de ser vítima de perseguição pelos democratas, que tentaram impeachment, indiciamento, processos e condenação. Mesmo antes do sábado, Trump já acusava os democratas de quererem que ele fosse alvejado pelo FBI ou até mesmo executado.
Após ser ferido no comício, Trump, com o rosto manchado de sangue, ergueu o punho para a multidão e gritou: “Lutem! Lutem! Lutem!”
O motivo do atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, ainda é especulado. Ele era um republicano registrado, mas havia doado US$ 15 a um grupo progressista no dia da posse de Biden. As autoridades ainda investigam o motivo do crime.
O atentado ocorre em um momento de profunda polarização ideológica, cultural e partidária nos EUA. Recentemente, uma pesquisa revelou que 47% dos americanos consideram provável ou muito provável uma segunda guerra civil em suas vidas, refletindo a divisão acentuada no país.
Michael Kazin, historiador da Universidade de Georgetown, afirmou que a violência política tem uma longa história nos EUA. “Como em 1968 – ou 1919, 1886 ou 1861 – a violência que acabou de ocorrer é inevitável em uma sociedade tão amargamente dividida como a nossa”, disse ele.
Desde o assassinato do presidente Abraham Lincoln, nunca uma tentativa de assassinato contra um presidente ou candidato presidencial exacerbou tanto a divisão partidária. Os presidentes James Garfield, William McKinley e John Kennedy foram mortos por atiradores solitários sem que os assassinatos se tornassem fontes de cisão partidária.
Nos últimos anos, a violência política nos EUA tem se tornado mais partidária. A deputada Gabrielle Giffords foi gravemente ferida em 2011, e o deputado Steve Scalise foi baleado em 2017. Um homem armado foi preso do lado de fora da casa do juiz Brett Kavanaugh em 2022, e um agressor invadiu a casa da deputada Nancy Pelosi no mesmo ano, atacando seu marido.
O ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por partidários de Trump também destaca a crescente violência política. A Polícia do Capitólio investigou 8.008 casos de ameaças envolvendo membros do Congresso no ano passado, o segundo maior total da história do departamento.
Muitos desses casos levaram não a um exame de consciência, mas a uma definição de culpa. Após o ataque a Giffords, os democratas criticaram Sarah Palin por seu mapa com cruzes digitalizadas, embora sem evidências de que o atirador soubesse disso. Os democratas impugnaram Trump por instigar o ataque ao Capitólio com sua retórica inflamadora.
Neste fim de semana, os republicanos argumentaram que, se Trump era responsável por sua retórica, Biden também deveria ser. Após o atentado, o senador J.D. Vance afirmou que a retórica de Biden levou diretamente à tentativa de assassinato de Trump. Scalise concordou, dizendo que a retórica incendiária dos líderes democratas deve acabar.
O deputado Mike Collins pediu acusações contra Biden por incitar um assassinato, embora ele próprio já tenha feito anúncios de campanha com retórica violenta.
Alguns líderes republicanos adotaram uma abordagem mais moderada. Mike Johnson disse que Trump foi “vilipendiado e perseguido” pela mídia e elites, e que ambos os lados devem “baixar a temperatura”.
Biden condenou categoricamente o ataque e ligou para Trump desejando melhoras, pedindo aos americanos que esfriem a cabeça. Ele afirmou: “A política nunca deve ser um campo de batalha literal e, Deus nos livre, um morticínio”.
O perigo é a normalização da violência política. Um estudo recente revelou que 11% dos americanos justificam a violência para que Trump volte à presidência, e 21% para avançar um objetivo político importante.
Garen Wintemute, da Universidade da Califórnia, destacou que a maioria dos americanos ainda rejeita a violência política. “A pergunta que temos diante de nós, como nação, é: ‘A violência se tornará parte da política americana?’ Cada um de nós precisa responder com um ‘Não se eu puder evitar’”.
Fonte: Estadão
Destaque
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Política
Ronaldo Caiado afirma que irá lançar chapa com Gusttavo Lima à Presidência

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse nesta quarta-feira (5), que deve começar em breve a pré-campanha à Presidência da República de 2026 ao lado do cantor Gusttavo Lima. O evento de lançamento da chapa está agendado para o dia 4 de abril, em Salvador. Caiado ressaltou que a parceria com Lima está confirmada, mesmo que a filiação partidária do cantor ainda não tenha sido definida e possa ocorrer apenas no ano da eleição.
Os dois têm planos de realizar uma série de viagens por diversos Estados do Brasil, e a definição sobre quem será o candidato principal e quem ocupará a vice-presidência será baseada nas pesquisas eleitorais que forem realizadas. “Vamos sair juntos para disputar a Presidência. Em 2026, vamos decidir. Dia 4 de abril vou receber o título de cidadão baiano e vou lançar minha pré-candidatura. O Gusttavo Lima estará lá e vamos juntos caminhar os Estados. As decisões serão tomadas no decorrer da campanha. Mas uma decisão está tomada: nós andaremos juntos”, declarou ao Globo.
Gusttavo Lima, por sua vez, tem demonstrado um crescente interesse pela política, ajustando sua agenda musical para incluir compromissos políticos. Recentemente, ele se encontrou com o empresário Luciano Hang, que é conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que pode indicar uma aproximação com figuras do cenário político.
A articulação de Caiado para a formação da chapa enfrenta concorrência acirrada entre possíveis candidatos da direita, como Jair Bolsonaro, que defende que irá manter a pré-candidatura, e o nome de Tarcísio de Freitas sendo cotado, apesar dele manter a versão de que concorrerá à reeleição pelo governo do Estado de São Paulo.
Fonte: Jovem Pan.
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Bancada do PT elege fim da escala 6×1 e isenção do Imposto de Renda como pautas para “salvar” popularidade de Lula

A bancada do PT na Câmara, liderada por Lindbergh Farias (RJ), elegeu o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso) como uma de suas principais bandeiras na disputa política neste ano. O outro foco é a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A avaliação entre petistas é de que será preciso intensificar a defesa de medidas populares no Congresso para tentar alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco na tentativa de reeleição em 2026.
Ainda não está definido se o próprio governo fará campanha pela redução da jornada de trabalho no comércio e em parte do setor de serviços, mas a bancada se preparar para centrar esforços na discussão, já a partir da próxima semana. A investida ocorre num momento em que o governo muda sua articulação política e entrega a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para o comando da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
No último dia 25, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a escala 4×3 (quatro dias de trabalho e três de descanso). O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) também é autor de uma PEC que trata do assunto.
Petistas ainda apostam que a mudança na SRI deixará a equipe de Lula mais coesa nesse debate político. A escolha de Gleisi também faz parte do “modo campanha” adotado pelo governo Lula, após a popularidade da gestão Lula 3 despencar. O perfil combativo da presidente do PT, que é popular entre a militância da sigla, foi levado em conta no xadrez da reforma ministerial.
Ao longo dos últimos dois anos, Lula estabeleceu um “tripé de rejeição”, até amargar o derretimento da popularidade em todo o País. Os três fatores que empurram o governo ladeira abaixo são apontados por integrantes da própria base aliada a Lula: erros na economia, apatia política e desconexão com a vida real do brasileiro.
Fonte: Estadão Conteúdo.
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