Com recursos do pré-sal, supercomputador brasileiro volta ao top 500 - Portal Plural
Connect with us

Uncategorized

Com recursos do pré-sal, supercomputador brasileiro volta ao top 500

Publicado

em


Nuvera15 topo humberto pluralFAST AÇAÍ

 

Com a capacidade expandida de 1,1 petaflops para 5,1 petaflops, o supercomputador Santos Dumont voltou a figurar na lista dos 500 mais potentes do mundo. Ele também reassumiu a posição de número 1 da América Latina. A máquina instalada no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), tem agora condições de realizar 5,1 milhões de bilhões de operações matemáticas por segundo.

A expansão foi inaugurada hoje (25) com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Ela foi viabilizada a partir da destinação de 1% das receitas provenientes da extração do pré-sal do campo de Mero, na Bacia de Santos.

O repasses de recursos para atividades de pesquisa e desenvolvimento é uma das obrigações que devem ser assumidas pelas empresas vencedoras dos leilões para exploração de petróleo no regime de partilha, que passou a ser adotado no país com a aprovação da Lei Federal 12.351/2010. Desde então, 14 contratos já foram assinados seguindo o modelo. O campo de Mero é explorado pelo Consórcio de Libra, liderado pela Petrobras (40%) e com participação da anglo-holandesa Shell (20%), da francesa Total (20%) e das chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%).

O ministro Marcos Pontes afirmou que a crise econômica também faz revelar oportunidades e disse que não se deve tratar ciência e tecnologia como gasto. Segundo ele, a expansão do supercomputador contribui para gerar emprego, alavancar empresas e promover desenvolvimento social. “A ciência e a tecnologia é a base de todos os países considerados desenvolvidos. Você pode observar o que há de comum na história de todos eles. A ciência e a tecnologia é definitivamente a ferramenta que dá o retorno mais rápido e mais certo. Olhem os momentos de crise. Quando eles entram em crise, eles investem em ciência e tecnologia”.

O LNCC foi fundado em 1980 como unidade de desenvolvimento tecnológico e como órgão governamental provedor de infraestrutura computacional de alto desempenho para a comunidade científica do país. A instalação do supercomputador Santos Dumont custou R$60 milhões do governo federal e a máquina começou a funcionar em janeiro de 2016. A empresa responsável pela instalação é a francesa Atos, uma multinacional de tecnologia de informação que possui atualmente trabalhos em 73 países e presta também serviços para o Comitê Olímpico Internacional (COI).

“A maioria dos supercomputadores do mundo tem nomes de deuses ou nomes científicos. Santos Dumont é uma pessoa. Humana como todos nós. E era criativo, científico, inovador. Ele precisava de potência para voar. Ele queria ter propulsão própria e dirigibilidade. E o que ele faz? Santos Dumont tem controle, tem segurança, tem eficiência. O que ele queria quando se tornou o pai da aviação se reflete exatamente no supercomputador”, disse Luis Cassuscelli, diretor de Big Data e Segurança Cibernética de Dados da América do Sul da Atos.

O principal ganho do supercomputador é acelerar pesquisas, obtendo em tempos curtos resultados de operações que só seriam alcançados em anos nos computadores comuns. Somente em 2018, foram realizados cerca de 150 mil experimentos na máquina e, atualmente, estão em andamento mais de 130 projetos de pesquisa em áreas como química, física, engenharia, ciências biológicas, meteorologia, ciência agrárias, astronomia, climatologia, sismologia e outros.

Estão em andamento, por exemplo, estudos sobre o vírus zika e projetos que envolvem mapeamento de genoma. A Petrobras também utiliza a máquina, por exemplo, para realizar modelagens computacionais que subsidiam tomadas de decisões em sua atuação no setor de óleo e gás. Pesquisadores de todo o país podem usar o supercomputador, devendo para tanto ficarem atentos aos editais públicos para submissão de seus projetos. Aqueles que obtém aprovação de seus estudos passam a ter acesso remoto à máquina, sem necessidade de se deslocar até Petrópolis.

Top 500

Em 2017, o supercomputador Santos Dumont foi superado por outras máquinas e deixou a lista dos top 500 e também perdeu a posição de número 1 da América Latina, postos que agora foi recuperados. Com a expansão, ele passa a contar com mais de mil servidores instalados. Seu custo mensal de energia é de aproximadamente R$500 mil. A manutenção exige R$4 milhões por ano. Os altos valores combinados com uma restrição orçamentária enfrentada pelo LNCC chegaram a causar uma redução no funcionamento da máquina entre 2016 e 2017.

O Brasil é hoje o 21º país do mundo em capacidade de operações através de supercomputadores. As máquinas brasileiras respondem por cerca de 1% da potência mundial. O país possui outros dois supercomputadores na lista do top 500, embora em posições abaixo do Santos Dumont: um deles está em Salvador e pertence ao Centro Universitário Senai Cimatec, enquanto o outro, localizado no Rio de Janeiro, é da Petrobras.

Os líderes mundiais são Estados Unidos, 37,1% da capacidade mundial, e China, com 32,3%. “Você pega os maiores supercomputadores do mundo e vê que todos estão em centros nacionais de computação cujo suporte é dado pelos governos. Seja na China, nos Estados Unidos, na Suíça, na Alemanha, onde quer que seja há investimento público”, observou Augusto Gadelha, diretor do LNCC.

AGB
Compartilhe
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Uncategorized

Brasil segue fora da lista dos 10 principais destinos para investimentos do mundo

Publicado

em

portal plural brasil

15 topo humberto pluralFAST AÇAÍNuvera

Pelo segundo ano consecutivo, a economia brasileira não foi mencionada pelos CEOs globais entre os dez principais destinos para investimentos. Segundo a 28ª edição da Global CEO Survey, realizada pela PwC, o Brasil ficou na 13ª colocação, com apenas 4% das menções dos executivos.

Apesar do desempenho abaixo do esperado, houve uma leve melhora em relação ao ano passado, quando o país ocupou a 14ª posição, com 3% das citações.

A pesquisa foi divulgada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, e entrevistou cerca de 4,7 mil CEOs de mais de 100 países. Entre os participantes, os executivos brasileiros foram o segundo maior grupo de respondentes.

Investimentos e tendência global

Mesmo sem destaque na pesquisa, o Brasil pode alcançar um novo recorde de investimento direto estrangeiro em 2024, segundo Marco Castro, sócio-presidente da PwC Brasil. Ele explica que mudanças globais, como nearshoring (aproximação das linhas de produção dos mercados consumidores), realocação de cadeias produtivas e protecionismo geopolítico, estão redistribuindo investimentos.

O México, por exemplo, tem se beneficiado dessa tendência por sua proximidade com os Estados Unidos.

Destinos mais citados pelos CEOs

Os países mais mencionados pelos CEOs como prioritários para negócios nos próximos 12 meses foram:

  • Estados Unidos – 30%
  • Reino Unido – 14%
  • Alemanha – 12%
  • China – 9% (queda significativa em relação a 2024, quando obteve 21%)

Já para os CEOs brasileiros, os mercados mais relevantes são:

  • Estados Unidos – 36%
  • México – 20%
  • Argentina – 20%

A pesquisa da PwC foi realizada entre novembro e dezembro de 2024, período em que as empresas definem seus planos para o ano seguinte. No entanto, não refletiu totalmente a recente piora no humor do mercado brasileiro, causada pelo pacote de contenção de gastos do governo e a proposta de isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

Após o anúncio dessas medidas, o dólar ultrapassou R$ 6 e os juros dispararam, demonstrando a desconfiança dos investidores.

Mesmo assim, Castro destaca que o Brasil mantém um grande potencial de médio e longo prazo, especialmente no setor de energia limpa. O país tem uma matriz energética favorável e pode ganhar maior visibilidade durante a COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática).

Além disso, o Brasil vem apresentando um desempenho do PIB acima do esperado pelo segundo ano consecutivo, o que pode indicar um crescimento econômico surpreendente em 2025.

Fonte: O Sul

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Uncategorized

Pix: governo recua e revoga norma da Receita Federal sobre movimentações financeiras

Publicado

em

portal plural compras com cartões e pix estados já recebem dados detalhados de pagamentos desde 2018

15 topo humberto pluralFAST AÇAÍNuvera

O governo federal decidiu recuar e vai revogar a norma da Receita Federal sobre monitoramento das movimentações financeiras, incluindo o Pix, após repercussão negativa. A informação foi confirmada pelo secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas. As declarações foram feitas após reunião com o Lula, no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira.

— Nos últimos dias pessoas inescrupulosas distorceram um ato da Receita, causando pânico. Apesar de todo nosso trabalho, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato — disse o secretário.

A Receita passou a receber dados transações das operadoras de cartão de crédito (carteiras digitais) e das fintechs para movimentações acumuladas acima de R$ 5 ml por mês para pessoas físicas. Isso vale tanto para o Pix como para outras formas de transferência de recursos. Antes, apenas bancos tradicionais eram obrigados a informar os dados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo irá editar uma medida provisória (MP) para garantir que o Pix não será taxado.

— A MP equipara pagamento com PIX a pagamento em dinheiro — disse o ministro. — Lula está para assinar uma MP para reforçar gratuidade e sigilo do Pix.

Haddad disse que a MP vedará cobrança de valor diferente entre dinheiro vivo e Pix.

— Nós não queremos contaminação de fake news para discutir o que está na lei. Quer discutir o texto de lei, vamos discutir. Mas inventar pretexto para querer mais uma vez manipular a opinião pública e deixar dúvida no ar enquanto tramita a medida provisória — disseo ministro da Fazenda. — O estrago está feito por esses inescrupulosos, inclusive senador e deputado federal agindo contra o estado brasileiro.

O ministro disse que a revogação da norma foi feita para “evitar distorção”.

— Essas pessoas vão ter que responder pelo que fizeram, mas não queremos contaminar a tramitação da MP, até que de fato se esclareça no Congresso o que aconteceu nos últimos dias sobre uma coisa séria que a Receita está fazendo.

O ministro da Fazenda disse que existe uma lei de 2001 que garante à Receita Federal e às eceitas estaduais uma série d einformações.

— Mas a IN (instrução normativa) para não dar força às fake news sai de cena para reforçar a gratuidade e o sigilo do Pix — disse Haddad. — Vamos dialogar com os governos estaduais para ter um regramento que atenda o país, não a esse ou aquele governo.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, acrescentou que o objetivo da MP é “blindar o Pix de mentiras”:

— Em razão desses crimes e golpes, determinamos que a AGU ainda hoje notifique a PF para a abertura de inquérito. Para investigar os autores da desordem da informação. É crime contra a economia popular. Estamos notificando também a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor

O que dizia a norma

Toda a polêmica surgiu após a forte repercussão da norma da Receita Federal que ampliou a fiscalização sobre as movimentações financeiras de consumidores e empresas. Há um temor disseminado na população de que as garras do leão alcancem mais pessoas e empresas, principalmente aquelas que atuam como autônomos e informais. A Receita nega que o objetivo seja pegar os pequenos.

O órgão passou a exigir das chamadas fintechs algo que já era cobrado dos bancos tradicionais: notificar movimentações globais a partir de um determinado valor.

Movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas em Pix ou em outras transações financeiras, como TED e cartão de débito serão informadas à Receita.

A diferença é que agora instituições de pagamento, como fintechs, também deverão prestar essas informações. Como nos últimos anos, elas conquistaram fatia relevante do mercado, isso aumenta a abrangência de operações às quais a Receita terá acesso.

O órgão garante, porém, que a coleta de informações é direcionada ao combate de operações suspeitas, de grandes sonegadores, não ao monitoramento de trabalhadores informais ou pequenos empreendedores.

No caso dos clientes dos bancos tradicionais, que já tinham movimentações informadas, o limite foi alterado de R$ 2 mil para R$ 5 mil, que será o valor uniforme para todas as instituições financeiras. No caso de pessoa jurídica, o patamar foi elevado de R$ 5 mil para R$ 15 mil.

A Receita só recebe os valores totais movimentados mensalmente e proíbe que sejam informados detalhes de transações, como origem ou destino dos pagamentos.

Vídeo de deputado pressionou governo

Em vídeo que ultrapassou 100 milhões de visualizações no Instagram, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sugere que o aumento da fiscalização das transações poderia representar no futuro a taxação das movimentações via Pix.

— O governo Lula vai monitorar seus gastos. E o Pix não será taxado, mas é sempre bom lembrar… A comprinha da China não seria taxada, mas foi. Não ia ter sigilo, mas teve. Você ia ser isento do imposto de renda, não vai. O Pix não será taxado, mas não duvido que possa sim. Quem mais será afetado por esta medida serão os trabalhadores, que serão monitorados como se fossem grandes sonegadores — diz Nikolas no vídeo.

O impacto do vídeo provocou preocupação no Palácio do Planalto e motivou a convocação de uma reunião com ministros e outros integrantes do governo para debater o assunto. O presidente Lula mudou a chefia da Comunicação Social e escalou o publicitário Sidônio Pereira justamente por avaliar que a gestão petista vem perdendo a batalha nas redes sociais para a oposição.

Fonte: O Globo.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Uncategorized

Senado aprova obrigatoriedade de exame toxicológico para quem tirar a primeira carteira de motorista

Publicado

em

portal plural senado aprova obrigatoriedade de exame toxicológico para quem tirar a primeira carteira de motorista
Foto: Reprodução
FAST AÇAÍ15 topo humberto pluralNuvera

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que determina a utilização de recursos arrecadados com multas de trânsito para financiar a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por pessoas de baixa renda. O texto também amplia a obrigatoriedade do exame toxicológico, abrangendo motoristas de todas as categorias, inclusive aqueles que irão tirar a habilitação pela primeira vez. Após sofrer alterações no Senado, o projeto retorna para análise da Câmara dos Deputados.


Exame toxicológico e mudanças no financiamento

A obrigatoriedade do exame toxicológico, antes restrita a motoristas profissionais, foi estendida para condutores de aplicativos e para candidatos à primeira habilitação. No caso dos motoristas de aplicativos, os custos do exame deverão ser assumidos pelos próprios profissionais, já que eles não têm vínculo empregatício com as plataformas.

Além disso, o projeto busca promover a inclusão social, garantindo que recursos provenientes de multas de trânsito sejam destinados a custear a CNH de pessoas de baixa renda. Essa iniciativa, já adotada em alguns estados, tem como objetivo reduzir desigualdades e ampliar oportunidades no mercado de trabalho para aqueles que dependem da habilitação.


Outras alterações no trânsito

O texto também prevê mudanças na transferência de propriedade de veículos, que passará a ser realizada exclusivamente por meio eletrônico. Outra modificação importante é o aumento da pontuação mínima para a suspensão do direito de dirigir, que sobe de 40 para 50 pontos, desde que o condutor não tenha cometido infrações gravíssimas.


Impactos na segurança e na prevenção de acidentes

Rodolfo Rizzoto, coordenador do programa de segurança SOS Estradas, destacou os benefícios do exame toxicológico como ferramenta preventiva. Segundo ele, o exame foi mais eficiente que operações da Lei Seca ao identificar usuários habituais de substâncias químicas.

“Entre 2015 e 2017, quando o exame foi implementado integralmente, houve uma redução de 34% nos acidentes com caminhões e 45% com ônibus”, afirmou.

Rizzoto também revelou que aproximadamente 56 mil motoristas habilitados para dirigir motos ou carros foram impedidos de obter outras categorias de habilitação após falharem no teste. “Esse exame detecta comportamentos de risco e bloqueia usuários de drogas antes que obtenham a primeira habilitação. Não é algo que se identifique no exame médico convencional”, explicou.


Próximos passos

O projeto, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), agora retorna à Câmara dos Deputados para análise final. Caso aprovado, seguirá para sanção presidencial e entrará em vigor.

Foto: Jornal o Sul

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Compartilhe

[DISPLAY_ULTIMATE_SOCIAL_ICONS]

Trending

×

Entre em contato

×