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Colesterol alto está a doenças do coração
Um médico afirma que “a mídia e as escolas de Medicina propagam a ideia de que o colesterol é um inimigo a ser combatido, mas isso está profundamente errado”. Segundo ele, as evidências que associam o colesterol à doença coronariana — obstrução das artérias que fornecem sangue ao coração — são “contraditórias”. O profissional também argumenta que “não há evidências sólidas de que o colesterol seja um fator de risco para morte e problemas cardiovasculares”, sugerindo que essas informações são perpetuadas por “forças poderosas que as utilizam para gerar lucros exorbitantes”.
O Estadão investigou e concluiu que essa informação é enganosa. De acordo com o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Federação Mundial do Coração, níveis elevados de colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, estão associados ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares. O excesso dessa substância pode levar à formação de placas nas artérias, causando doenças coronarianas e aterosclerose, que podem resultar em infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo reforça que estudos confirmam a relação entre colesterol alto e maior risco de problemas cardíacos, enquanto a redução dos níveis de colesterol está associada a benefícios para a saúde cardiovascular.
O médico responsável pela divulgação desse vídeo não possui especialização em cardiologia registrada no site do Conselho Federal de Medicina.
Em uma publicação viral, o médico Alessandro Loiola afirma que pretende “desconstruir o terrorismo” e a “paranoia” em torno do colesterol. Ele sugere que os estudos que vinculam o colesterol alto às doenças coronarianas são “bem contraditórios” e que não há evidências de que níveis elevados sejam fatores de risco para morte e problemas cardiovasculares. Loiola já foi verificado pelo Projeto Comprova por ter declarado que as vacinas contra a covid-19 são um “lixo”.
O vídeo, publicado no Instagram, minimiza o impacto do colesterol nas doenças cardíacas. No entanto, o que o médico afirma contrasta com as orientações de instituições de saúde tanto no Brasil quanto no exterior. O Ministério da Saúde explica que o colesterol desempenha funções essenciais, como a produção de hormônios e vitaminas, mas se torna perigoso quando há excesso de LDL. Em níveis elevados, o LDL é um dos fatores associados a doenças cardiovasculares graves.
A Federação Mundial do Coração estima que o colesterol alto seja responsável por 3,6 milhões de mortes anuais. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que cerca de 40% da população brasileira apresenta níveis elevados de colesterol. Em 2022, 400 mil pessoas no Brasil faleceram devido a problemas cardiovasculares, principalmente infarto e AVC (76%). Embora a hipertensão seja o principal fator de risco, diabetes e colesterol elevado também contribuem para esses problemas, de acordo com o Ministério da Saúde.
A médica Maria Cristina Izar, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que o colesterol não pode ser excluído da discussão sobre problemas cardíacos. A aterosclerose, por exemplo, é caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias. “O LDL é importante para o corpo, mas quando permanece na corrente sanguínea por muito tempo, sofre modificações químicas que dificultam sua remoção”, explica. “Não sendo removido, ele se deposita nas paredes dos vasos. A aterosclerose é causada por um acúmulo de gordura e outros fatores de risco.”
Maria Cristina acrescenta que, apesar de hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo também acelerarem problemas cardíacos, a exposição prolongada ao colesterol é determinante para a precocidade de eventos como infarto e AVC. “Estudos mostram que reduzir o LDL diminui em mais de 30% o risco de eventos coronários”, afirma.
Em 2022, a Fundação Mundial do Coração afirmou que há evidências irrefutáveis da relação causal entre o colesterol LDL e doenças cardiovasculares ateroscleróticas. A fundação alertou sobre a desinformação nas mídias sociais que questiona essa relação e destacou que essas informações errôneas são uma barreira para a saúde do coração e a implementação de estratégias preventivas. A redução do colesterol é considerada benéfica para prevenir infarto do miocárdio, AVC, revascularização e morte cardiovascular.
Níveis de Risco e Tratamento
Dada a associação entre colesterol elevado e problemas cardiovasculares, em 2017, a SBC estabeleceu novas metas para os níveis de referência do colesterol. Para adultos com mais de 20 anos, os valores recomendados são: abaixo de 130 mg/dL para risco baixo; abaixo de 100 mg/dL para risco médio; abaixo de 70 mg/dL para risco alto; e abaixo de 50 mg/dL para risco muito alto. O HDL, conhecido como “colesterol bom”, deve ser mantido acima de 60 mg/dL. Esses valores são semelhantes aos adotados em países como Reino Unido e Estados Unidos.
“Em parceria com sociedades de Análises Clínicas, Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e de Cardiologia, elaboramos um consenso com novos valores referenciais baseados no risco cardiovascular”, explica Maria Cristina. “No passado, pacientes podiam interpretar suas taxas isoladamente e não considerar outros fatores. É crucial manter os níveis controlados para reduzir a exposição acumulativa ao LDL ao longo da vida.”
O tratamento para pessoas com colesterol elevado inclui mudanças no estilo de vida e medicações. A cardiologista explica que a terapia envolve uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, sono adequado e controle da pressão arterial e peso. “Isso faz parte da prevenção global para a saúde cardiovascular”, afirma. Além disso, são prescritos medicamentos, como estatinas, com base no risco do paciente.
Fonte: Jornal o Sul
Geral
Fazer exercício ao ar livre traz várias vantagens, mostra pesquisa
Emagrecer, ganhar força muscular, fortalecer os ossos, aumentar a flexibilidade, melhorar a capacidade pulmonar, dormir melhor e prevenir doenças são apenas alguns dos inúmeros benefícios das atividades físicas — e quando feitas ao ar livre, esses benefícios podem ser ainda maiores.
Um estudo publicado no American Journal of Lifestyle Medicine revela que praticar exercícios em ambientes externos motiva mais as pessoas a se movimentarem e melhora a função imunológica, aumenta a resiliência do corpo às variações climáticas e ajuda no controle da dor.
Exercitar-se ao ar livre também proporciona ganhos na função cognitiva, melhora o humor, reduz a ansiedade, aumenta o bem-estar e diminui o estresse, deixando as pessoas mais felizes. Embora esses benefícios também sejam alcançados por quem se exercita em ambientes fechados, são mais evidentes em atividades ao ar livre.
“Há evidências científicas de que praticar atividades físicas ao ar livre traz maiores benefícios, especialmente para a cognição — como atenção e memória — e para a percepção de bem-estar, em comparação com atividades em ambientes internos”, explica Brendo Faria Martins, especialista em fisiologia do exercício do Espaço Einstein de Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Um dos motivos para isso é que a exposição à luz solar e ao ambiente natural aumenta a satisfação, os níveis de energia e os níveis de vitamina D, que regula substâncias como a serotonina, neurotransmissor ligado ao humor e bem-estar.
Além disso, a variação de terrenos e o contato com a natureza tornam os exercícios mais desafiadores e envolventes, o que pode fazer as pessoas gostarem ainda mais de se exercitar.
Esse conceito também se aplica a quem mora em grandes cidades. “Integrar exercícios ao ar livre na rotina, como caminhar ou pedalar até o trabalho, é uma maneira prática e eficaz de se manter ativo e aproveitar todos esses benefícios, mesmo com tempo limitado para treinar”, sugere o médico do esporte Thiago Viana, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
No entanto, para garantir ganhos consistentes, a regularidade é essencial, e o clima pode ser um obstáculo. Condições adversas, como chuva, frio ou calor extremo, podem desmotivar e tornar o exercício ao ar livre menos seguro. Para manter a constância, é importante ter alternativas para dias de clima desfavorável, como treinar em academias ou em casa com equipamentos simples. “Atividades como calistenia, ioga, pilates ou treinos de circuito, que não requerem muito espaço ou acessórios, são ótimas opções”, recomenda Viana.
Fazer um planejamento semanal de exercícios com flexibilidade para dias de clima ruim, incluindo treinos leves ou dias de recuperação, também é uma boa estratégia.
Cuidados
A segurança é um aspecto fundamental ao se exercitar ao ar livre. “Antes de sair para se exercitar, avise alguém sobre sua rota e horário de retorno, para que saibam onde você estará caso demore mais que o previsto”, orienta Martins. Escolha locais conhecidos e bem iluminados, especialmente se for se exercitar em horários menos movimentados.
Prestar atenção ao terreno também é importante, pois, ao ar livre, o solo tende a ser irregular e pode ter obstáculos como raízes de árvores, aumentando o risco de quedas. Se for se exercitar perto de ruas, use roupas com elementos reflexivos para ser visto pelos motoristas e evite áreas com muita poluição.
“Para quem sente dores ao se exercitar, é recomendado evitar superfícies irregulares e escolher terrenos planos para diminuir o impacto nas articulações”, sugere Martins. Isso é particularmente importante para idosos, que podem se beneficiar de exercícios que fortalecem a musculatura e melhoram o equilíbrio, prevenindo lesões.
Por fim, evite se exercitar nos horários de pico de calor no verão, use protetor solar, vista roupas adequadas à temperatura e mantenha-se bem hidratado, mesmo em dias nublados ou frios.
Fonte: Estadão
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Um ano após a guerra Israel vs Hamas, Hezbollah, Irã, o que pensar sobre o futuro?
Ao refletir sobre o primeiro aniversário da guerra entre Hamas, Hezbollah, Irã e Israel, trazemos a fala do professor de estratégia, John Arquilla, da Escola de Pós-Graduação Naval dos EUA: “todas as guerras se resumem a duas questões fundamentais: quem vence no campo de batalha e quem vence na narrativa.” E, mesmo após um ano de conflito, onde Hamas, Hezbollah e Israel infligiram imensas dores uns aos outros, ninguém conseguiu vencer decisivamente nem no campo de batalha nem na narrativa. Um ano depois do ataque de 7 de outubro, esta ainda é a primeira guerra árabe-israelense sem um nome definido e sem um vencedor claro — porque nenhuma das partes alcançou uma vitória completa ou uma narrativa coerente.
É preciso se solidarizar com os palestinos sem pátria e os árabes na Cisjordânia, que enfrentam os desafios impostos pelos assentamentos e restrições israelenses. No entanto, nada pode justificar os atos cometidos pelo Hamas em 7 de outubro — assassinatos, mutilações, sequestros e abusos sexuais contra israelenses, com o único objetivo de destruir o estado judeu. Se você acredita que a solução para a região está em dois Estados para dois povos entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo, a violência do Hamas apenas adiou essa possibilidade.
E quanto à narrativa do Irã? Eles alegam ter o direito, conforme a Carta da ONU, de criar estados fracassados no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque, cultivando forças aliadas para destruir Israel. Da mesma forma, o Hezbollah arrastou o Líbano para uma guerra com Israel, sem que o povo ou o governo libanês tivessem qualquer voz, e agora pagam um preço alto por isso.
Por outro lado, o governo de Israel também carece de uma narrativa clara sobre Gaza. Esta guerra, inevitavelmente a mais brutal entre israelenses e palestinos desde 1947, envolveu o Hamas operando em túneis sob casas, escolas e hospitais de Gaza, tornando impossível combatê-los sem causar baixas civis. Portanto, Israel tinha a obrigação de deixar claro que esta guerra não era apenas uma defesa, mas também um esforço para erradicar o Hamas e abrir caminho para uma solução de dois Estados — algo que o governo de Binyamin Netanyahu se recusou a fazer até agora.
Um ano depois, Israel ainda não articulou uma visão de futuro para Gaza, além da “vitória total”, mantendo uma guerra sem fim contra o Hamas, independentemente das baixas civis. Essa abordagem não só prejudica a credibilidade de Israel, como também mina o apoio de seus aliados árabes e dos EUA.
Internamente, a narrativa também falha em unir Israel. Soldados israelenses estão lutando contra Hamas e Hezbollah, mas muitos se perguntam se estão defendendo o Estado de Israel ou apenas prolongando a carreira política de Netanyahu. Há razões para acreditar que Bibi quer manter a guerra ativa para evitar depor em seu julgamento por corrupção em dezembro, adiar uma investigação sobre como seu governo não conseguiu impedir o pior ataque aos judeus desde o Holocausto e, talvez, influenciar as eleições americanas em favor de Donald Trump.
Essa ausência de uma narrativa forte e coerente prejudica Israel estrategicamente. Se Israel estivesse negociando com uma Autoridade Palestina reformada, seria mais fácil se retirar de Gaza, evitando uma insurgência permanente, e obter apoio internacional para uma solução duradoura. No entanto, o governo israelense parece estar fortalecendo o Hamas, enfraquecendo a Autoridade Palestina e rejeitando oportunidades de paz com os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, que se ofereceram para ajudar a reconstruir Gaza e normalizar relações.
A maior ameaça para Israel, hoje, não é o Irã, o Hamas ou o Hezbollah. Um Israel unido pode superar todos esses desafios. A verdadeira ameaça vem de dentro: a falta de uma narrativa clara que possa unir o país e garantir um futuro de paz e estabilidade.
Fonte: Estadão
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