Geral
Classmann comemora anúncio de R$ 30 milhões para hospitais de pequeno porte
O presidente da Frente Parlamentar de Apoio aos Hospitais – HPPs, deputado Aloísio Classmann, acompanhou, na quarta, ao lado do governador Eduardo Leite e da secretária de Saúde Arita Bergmann, o anúncio de investimento no valor de R$ 30 milhões, destinados aos hospitais de pequeno porte (HPPs), que atende demanda defendida pelo deputado.
Estão aptas a participar, 125 instituições no Estado que possuem até 50 leitos e que atendem pelo SUS ou pretendem oferecer o serviço após captação do recurso.
Os projetos submetidos podem ser para obras, equipamentos ou adequação à legislação para obtenção de alvará sanitário, no valor de até R$ 750 mil no total. Para Classmann, os recursos são importantes para melhorar o atendimento em saúde nos municípios menores, diminuindo o deslocamento de pacientes aos hospitais de referência.
Informações e o edital para cadastramento de projetos estão disponíveis no site da Secretaria da Saúde: www.saude.rs.gov.br/ageplan-instrucoes-recursos
Geral
Redução das emissões no transporte: o que o mundo e o Brasil precisam fazer?
Os recentes movimentos que pressionam a corrida pela eletrificação de veículos na Europa e nos Estados Unidos colocam o Brasil em uma posição mais favorável no processo de descarbonização no setor de transportes. Até pouco tempo visto como atrasado por não priorizar a produção de carros elétricos de imediato, o país agora demonstra tranquilidade ao adotar desde o início uma transição focada em veículos híbridos.
Um dos principais fatores a favor dos carros híbridos flex no Brasil é o uso de etanol, um combustível renovável que o país utiliza há mais de 40 anos, impulsionando o setor agrícola. Em contrapartida, o carro 100% elétrico envolve questões complexas, como a reciclagem de baterias e o aumento da extração de matérias-primas, como lítio e alumínio.
Enquanto grandes produtores mundiais, como China, EUA e Europa, optaram pelos carros elétricos por não terem muitas alternativas para atender às normas de descarbonização, o Brasil, oitavo maior fabricante de veículos, escolheu em grande parte o híbrido flex. Essa decisão também permitiu que as montadoras mantivessem parte de sua infraestrutura fabril intacta.
Onde o mundo está e onde precisa chegar
Estima-se que o setor de transporte seja responsável por 23% das emissões globais de dióxido de carbono, com variações dependendo do país. Nos EUA, esse número é de 29%, enquanto na União Europeia é de 23%, na Índia de 9% e na China de 7%. Dentre essas emissões, os carros de passeio respondem por 45% do total.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as emissões do setor de transportes cresceram 1,7% ao ano entre 1990 e 2022. Para atingir emissões líquidas zero até 2050, é necessário que as emissões sejam reduzidas em mais de 3% ao ano até 2030, exigindo regulamentações rigorosas, incentivos fiscais, investimentos em infraestrutura e a adoção de veículos com emissões zero.
Onde o Brasil está e onde precisa chegar
No Brasil, o setor de transportes é responsável por 13% das emissões de dióxido de carbono, com os automóveis contribuindo com 40% desse total. Se todos os carros flex utilizassem etanol, um terço dessas emissões seria eliminado, de acordo com Besaliel Botelho, conselheiro da Bright Consulting e ex-presidente da Bosch.
Embora a frota brasileira conte com cerca de 40 milhões de veículos, sendo 85% flex, apenas 30% a 40% desses carros são abastecidos com etanol, devido à percepção dos consumidores de que não há vantagem financeira em seu uso. Além disso, o etanol exige abastecimentos mais frequentes, pois sua eficiência é 70% da gasolina.
Segundo Botelho, se toda a frota de carros flex usasse etanol, o Brasil estaria preparado para alcançar as metas de descarbonização até 2030. Ele defende que o uso de etanol e biomassa, tecnologias já disponíveis no país, seria mais rápido para reduzir emissões do que a transição para veículos híbridos e elétricos.
Desafios e oportunidades
Apesar do etanol ser uma solução viável para a descarbonização, o governo brasileiro ainda não implementou programas que incentivem o uso de combustíveis sustentáveis por parte dos consumidores. Mesmo com a produção de veículos híbridos flex, a tendência é que os motoristas continuem abastecendo com gasolina.
Margarete Gandini, diretora do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reconhece que o mercado define o preço do etanol, que é influenciado por fatores como paridade com a gasolina, entressafra e preço do açúcar. No entanto, ela ressalta que o governo já possui políticas para incentivar o uso de tecnologias sustentáveis, como o programa Mover e o PL do Combustível do Futuro.
Além disso, as usinas teriam que aumentar sua capacidade de produção caso a demanda por etanol cresça rapidamente. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) afirma que não há risco de escassez de etanol, e que novas tecnologias de produção de cana-de-açúcar e o uso de outras matérias-primas, como milho e cereais, podem ajudar a aumentar a oferta.
Quem está avançando no cenário global
Países como China e membros da União Europeia saíram na frente ao estabelecer metas para o fim da produção de veículos a combustão e ao investir pesadamente na fabricação de veículos elétricos, com subsídios generosos para os consumidores. No entanto, esses países estão revisando prazos e metas diante de desafios como a falta de pontos de recarga, o alto custo dos veículos elétricos e problemas de fornecimento de energia.
Na Alemanha, por exemplo, os incentivos de até €7 mil para a compra de carros elétricos foram suspensos, resultando em uma queda de 30% nas vendas. Nos EUA, fabricantes como Tesla estão enfrentando altos estoques e cortes de preços para atrair consumidores.
Quem está avançando no Brasil
No Brasil, a Toyota foi pioneira na produção de veículos híbridos em 2019, optando pelo híbrido flex, que se adapta à infraestrutura existente de abastecimento de etanol. A maioria das montadoras no país seguiu esse caminho, incluindo empresas chinesas como a Great Wall Motors (GWM), que começará a produzir SUVs híbridos plug-in no Brasil.
Até o momento, a produção de veículos 100% elétricos no país está confirmada apenas pela chinesa BYD, que provavelmente também iniciará com a produção de híbridos.
Clean techs e o futuro da mobilidade elétrica
Startups também estão apostando na eletrificação da mobilidade, focando em criar um ecossistema de soluções para veículos elétricos, como sistemas de recarga e plataformas de gestão para empresas. A Ezvolt, por exemplo, está implementando eletropostos em grandes cidades, enquanto a startup Tupinambá Energia oferece soluções de gestão de pontos de recarga.
A 99, empresa de transporte por aplicativo, investe na eletrificação da frota com a meta de ter 10 mil carros elétricos até 2025. Já a Hitech Electric desenvolve veículos elétricos para entregas urbanas de última milha.
Carreiras na eletromobilidade
A eletrificação está transformando a indústria automotiva, criando oportunidades para engenheiros, administradores e especialistas em dados. Gabriel Perucci, da GWM Brasil, ressalta que não há novos cargos específicos, mas sim uma adaptação dos profissionais às demandas da eletromobilidade.
Cursos voltados para a eletrificação veicular já estão disponíveis em instituições como a Unicamp e o Senai, oferecendo formação em políticas, tecnologias e oportunidades de negócios relacionadas à mobilidade elétrica e sustentável.
Fonte: Estadão
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Usinas solares e eólicas puxam alta de energia elétrica no Brasil neste ano
Entre janeiro e junho deste ano, entraram em operação no Brasil 168 novas usinas de geração de energia, adicionando 5,6 GW à matriz energética do país, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Esse aumento representa um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2023 e marca o maior avanço registrado nos últimos 27 anos.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo desempenho das usinas solares fotovoltaicas e eólicas, que juntas responderam por 92,3% de toda a nova capacidade instalada no Brasil durante o ano.
Somente em junho, a matriz energética do país recebeu um acréscimo de 889,51 MW, com a entrada em operação de 27 novas usinas. Desse total, 451,15 MW vieram de 10 usinas solares fotovoltaicas, 292,8 MW de 13 usinas eólicas, e 145,56 MW foram adicionados pelas 4 usinas termelétricas.
Atualmente, a capacidade instalada total da matriz energética brasileira chega a 203,9 GW. De acordo com as previsões da Aneel, o aumento total até o final do ano deve atingir 10,1 GW, considerando o desempenho já registrado no primeiro semestre.
Projeções para o ano
Os dados divulgados pela Aneel referem-se à geração centralizada, que abrange grandes usinas de energia. No entanto, se somarmos a geração distribuída proveniente de sistemas solares instalados em telhados de residências, comércios e outras áreas privadas, o número total seria ainda maior do que o indicado pela agência.
Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica), combinando grandes usinas solares e sistemas de geração própria, a fonte solar contribuiu com 7 GW para a matriz energética brasileira apenas no primeiro semestre deste ano.
Com isso, a energia solar alcançou 44 GW de potência instalada no Brasil, sendo 30 GW provenientes de geração distribuída (como telhados solares) e 14 GW de grandes usinas solares.
As projeções do setor para 2024 indicavam um aumento de 9,3 GW apenas em energia solar, considerado um número conservador. Isso se deve ao fato de que 37,38% de todas as usinas em construção no país têm a energia solar como fonte principal. Além disso, das usinas projetadas, mas ainda não iniciadas, 82,67% são de usinas fotovoltaicas.
Fonte: Estadão
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Fazer exercício ao ar livre traz várias vantagens, mostra pesquisa
Emagrecer, ganhar força muscular, fortalecer os ossos, aumentar a flexibilidade, melhorar a capacidade pulmonar, dormir melhor e prevenir doenças são apenas alguns dos inúmeros benefícios das atividades físicas — e quando feitas ao ar livre, esses benefícios podem ser ainda maiores.
Um estudo publicado no American Journal of Lifestyle Medicine revela que praticar exercícios em ambientes externos motiva mais as pessoas a se movimentarem e melhora a função imunológica, aumenta a resiliência do corpo às variações climáticas e ajuda no controle da dor.
Exercitar-se ao ar livre também proporciona ganhos na função cognitiva, melhora o humor, reduz a ansiedade, aumenta o bem-estar e diminui o estresse, deixando as pessoas mais felizes. Embora esses benefícios também sejam alcançados por quem se exercita em ambientes fechados, são mais evidentes em atividades ao ar livre.
“Há evidências científicas de que praticar atividades físicas ao ar livre traz maiores benefícios, especialmente para a cognição — como atenção e memória — e para a percepção de bem-estar, em comparação com atividades em ambientes internos”, explica Brendo Faria Martins, especialista em fisiologia do exercício do Espaço Einstein de Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Um dos motivos para isso é que a exposição à luz solar e ao ambiente natural aumenta a satisfação, os níveis de energia e os níveis de vitamina D, que regula substâncias como a serotonina, neurotransmissor ligado ao humor e bem-estar.
Além disso, a variação de terrenos e o contato com a natureza tornam os exercícios mais desafiadores e envolventes, o que pode fazer as pessoas gostarem ainda mais de se exercitar.
Esse conceito também se aplica a quem mora em grandes cidades. “Integrar exercícios ao ar livre na rotina, como caminhar ou pedalar até o trabalho, é uma maneira prática e eficaz de se manter ativo e aproveitar todos esses benefícios, mesmo com tempo limitado para treinar”, sugere o médico do esporte Thiago Viana, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
No entanto, para garantir ganhos consistentes, a regularidade é essencial, e o clima pode ser um obstáculo. Condições adversas, como chuva, frio ou calor extremo, podem desmotivar e tornar o exercício ao ar livre menos seguro. Para manter a constância, é importante ter alternativas para dias de clima desfavorável, como treinar em academias ou em casa com equipamentos simples. “Atividades como calistenia, ioga, pilates ou treinos de circuito, que não requerem muito espaço ou acessórios, são ótimas opções”, recomenda Viana.
Fazer um planejamento semanal de exercícios com flexibilidade para dias de clima ruim, incluindo treinos leves ou dias de recuperação, também é uma boa estratégia.
Cuidados
A segurança é um aspecto fundamental ao se exercitar ao ar livre. “Antes de sair para se exercitar, avise alguém sobre sua rota e horário de retorno, para que saibam onde você estará caso demore mais que o previsto”, orienta Martins. Escolha locais conhecidos e bem iluminados, especialmente se for se exercitar em horários menos movimentados.
Prestar atenção ao terreno também é importante, pois, ao ar livre, o solo tende a ser irregular e pode ter obstáculos como raízes de árvores, aumentando o risco de quedas. Se for se exercitar perto de ruas, use roupas com elementos reflexivos para ser visto pelos motoristas e evite áreas com muita poluição.
“Para quem sente dores ao se exercitar, é recomendado evitar superfícies irregulares e escolher terrenos planos para diminuir o impacto nas articulações”, sugere Martins. Isso é particularmente importante para idosos, que podem se beneficiar de exercícios que fortalecem a musculatura e melhoram o equilíbrio, prevenindo lesões.
Por fim, evite se exercitar nos horários de pico de calor no verão, use protetor solar, vista roupas adequadas à temperatura e mantenha-se bem hidratado, mesmo em dias nublados ou frios.
Fonte: Estadão
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