Cinco anos após filho ser agredido por PMs e sofrer abusos em estação da Supervia, mãe luta na Justiça para que estado pague indenização
Connect with us

Geral

Cinco anos após filho ser agredido por PMs e sofrer abusos em estação da Supervia, mãe luta na Justiça para que estado pague indenização

Publicado

em

portal plural cinco anos após filho ser agredido por pms e sofrer abusos em estação da supervia, mãe luta na justiça para que estado pague indenização
Foto: Stephanie Rodrigues/g1

FAST AÇAÍ15 topo humberto pluralNuvera

“A gente luta com muito sacrifício para criar os nossos filhos e vem um agente do estado, que deveria proteger, e destrói a nossa vida. Há 5 anos eu luto diariamente para impedir que o meu filho tire a vida e por justiça. Há 5 anos eu luto para que o Estado pague o que esses homens fizeram com o meu filho. E espero que esse pesadelo acabe logo”.
A fala emocionada é da mãe de um dos jovens que foi vítima de agressões e abusos sexuais dentro da estação de trem da Supervia no Maracanã, na Zona Norte do Rio, em 2019. Dois adolescentes, um de 17 e outro de 18 anos, foram abordados por seguranças do trem, espancados, obrigados a fazer sexo oral no outro e filmados. O vídeo foi divulgado na internet.

Dois policiais militares foram condenados pelo crime, e dois seguranças da concessionária, absolvidos, mas acabaram demitidos. Na época, os policiais faziam um serviço extra para a empresa.

Cinco anos após o crime, o filho da mulher, que hoje tem 23 anos, foi diagnosticado com depressão, não sai de casa e toma oito comprimidos por dia. A Justiça definiu que ele é incapaz de cuidar da própria vida e deu a curatela provisória para sua mãe, que está desempregada e tem 48 anos.

Segundo a mulher, após o fato, o filho tentou tirar a própria vida quatro vezes e precisou ser internado em diversas outras ocasiões para tratar os surtos psicóticos. Atualmente, ele é acompanhado por especialistas em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPs).

De acordo com a mãe do jovem, os surtos começaram depois da humilhação que o filho passou, aos 18 anos. Desde que foi vítima da violência, o rapaz apresenta sintomas de esquizofrenia.

Segundo o psiquiatra Victor Viegas Vieira, médico residente em psiquiatria da UFRJ, a doença provoca mudanças no comportamento do paciente, e um dos sintomas é o isolamento social.

“Existe grande variação na forma da apresentação do transtorno em cada indivíduo. Quanto mais precoce for o acometimento pelo transtorno, maior o risco de pior prognóstico do quadro. Ou seja, indivíduos acometidos em idades mais jovens podem apresentar maior dificuldade de funcionamento social e de trabalho”, contou o médico.

Ao g1, o especialista explicou que um paciente diagnosticado com esquizofrenia “pode ficar fechado em si mesmo, com o olhar vago, demonstrando certa indiferença em relação ao ambiente”.

Ainda de acordo com o médico, o transtorno de esquizofrenia pode ser devastador para um paciente e para a sua família.

A mãe do jovem diz que esse é o comportamento habitual do filho, e que a rotina da família não é mais a mesma desde o episódio.

Indenização por danos morais
Enquanto isso, a família do jovem briga na Justiça para que o estado pague uma indenização por danos morais.

Em 2023, a Justiça do RJ determinou que o governo do estado pagasse R$ 300 mil à família. No entanto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) recorreu contra a decisão.

No mês passado, a Justiça baixou a indenização para R$ 60 mil. A família não concordou com o valor e recorreu.

“Não é pelo dinheiro, é para dar um mínimo de conforto para o meu filho… [É] para levar ele no médico, para comprar os medicamentos, porque às vezes não tem remédio no posto. Não quero depender do SUS”, diz a mãe.

“Eu trabalhava e sustentava a casa. Pagava as minhas contas, comprava tudo para o meu filho. Hoje, vivemos com R$ 600 do Bolsa Família e o vale alimentação do meu irmão que não chega a R$ 300”.

As dificuldades, segundo ela, viraram rotina.

“O meu filho virou uma criança. Ele gosta de comer biscoitos, tomar um achocolatado e às vezes não tem. Aqui é uma casa humilde, mas é aquilo que eu posso proporcionar de conforto. Ele merecia algo melhor”.

Mãe foi diagnosticada com depressão
Por segurança e para preservar a família, o g1 omitiu em qual cidade eles vivem. Na última semana, a reportagem esteve na residência: uma casa simples, sem reboco e com chão de cimento.

A mãe do jovem, que foi diagnosticada com depressão, conta que precisa tomar três tipos de remédios e desabafa ao lembrar o que sonhou para o futuro do filho mais novo.

“Como toda mãe, a gente sonha coisas boas para os nossos filhos, né? Terminar os estudos, ser alguém na vida… Na época, eu estava trabalhando em um banco e pagava um curso para ele. Mas deu tudo errado, não foi nada do jeito que eu pensei.”

“Eu deito na cama e fico o tempo todo pensando: ‘Por que com o meu filho? Por que isso aconteceu com a gente?’ O meu filho não sai de casa, o meu filho não tem amigos. Ele só fica deitado”, conta.
Aos prantos, ela diz que não aguenta mais essa situação, mas resiste pelo filho.

“Tem mãe que está sofrendo porque perdeu seu filho e não conseguiu enterrar. Eu sofro porque o meu filho está desse jeito. Me dói muito saber que foi o estado, que foi o estado que fez isso com o meu filho. Ele está aí, está passando pelo que está passando”.

Questionada se perdoaria os envolvidos no crime, ela diz ser improvável.

“Difícil perdoar. Mesmo sendo mãe, tendo o coração aberto. Se fosse ao contrário, será que eles perdoariam?”

Humilhação gravada
Durante a sessão de espancamento, os rapazes – então com 17 e 18 anos – foram obrigados a praticar sexo oral um no outro. Não bastasse a brutalidade e a humilhação, o crime foi filmado e divulgado nas redes sociais.

Os amigos admitiram que eram usuários de drogas e que iriam comprar maconha na comunidade da Mangueira, mas disseram que no momento na abordagem não estavam com drogas. Eles também não estavam com nenhuma identificação.

Pouco tempo após o episódio, a Supervia demitiu os seguranças Rafael Souza Marcolino e Carlos Renato da Silva Alamino, que filmaram o crime, fez um acordo extrajudicial e pagou uma indenização para as famílias dos jovens – para evitar que caso fosse levado à Justiça.

“Eles pagaram um valor, que eu usei para comprar essa casinha e comprar remédios para ele, mas esse dinheiro não existe mais”, conta a mãe do rapaz.

Em 2022, o soldado Wagner Castro da Silva, que à época trabalhava na 1ª UPP (Fazendinha) do 16º BPM (Olaria), e o cabo Levine Venute da Silva Júnior, então lotado no Batalhão de Choque, foram condenados. Wagner foi sentenciado a 22 anos de prisão, e Levine, a 18 anos de prisão. Ambos em regime fechado.

Os dois funcionários da Supervia foram absolvidos.

Desde então, os advogados de Wagner e Levine tentam fazer que eles sejam soltos. Também em 2022, o cabo Levine e o soldado Wagner foram expulsos da corporação.

No relatório final do Inquérito Policial Militar (IPM), da Corregedoria da PM, que embasou as expulsões, o órgão afirmou “que as imputações irrogadas pelo órgão da acusação em relação a estes acusados são robustas, contundentes e indicam, de maneira inequívoca, terem sido os acusados autores dos bárbaros injustos culpáveis crimes de roubo, tortura, estupro e divulgação de cenas de estupro”.

Atualmente, ambos cumprem pena na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos ex-PMs.

A Supervia informou que se solidariza com as vítimas e repudiou o crime. A empresa disse que “os dois profissionais envolvidos no lamentável episódio foram imediatamente afastados de suas funções. E, após criteriosa apuração, demitidos”. A empresa não comentou sobre a indenização às famílias.

Em nota, a Defensoria Pública do Estado, que defende a família do jovem diagnosticado com esquizofrenia, informou que pediu a revisão do valor (R$ 60 mil) estipulado pela Justiça.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) disse que também vai recorrer.

Procurado, o governo do estado não comentou o caso.

Fonte: G1

Compartilhe

Geral

Pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano

Publicado

em

portal plural pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano

FAST AÇAÍ15 topo humberto pluralNuvera

As mulheres que fazem sexo menos de uma vez por semana podem ter mais probabilidade de morrer cedo do que aquelas que se envolvem em relações sexuais com maior frequência, é o que sugere um novo estudo feito nos Estados Unidos. Além disso, os pesquisadores também notaram que o sexo mais frequente reduz as chances de morte precoce em homens e mulheres com depressão.

No artigo, os autores comentaram que a atividade sexual é importante para a saúde cardiovascular geral dos humanos, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. “Usando as descobertas do nosso estudo, podemos inferir que a atividade sexual pode melhorar a perda de função que pode ocorrer com a idade e a progressão da doença”, disseram os investigadores.

 

A importância da vida sexual

Para chegar a qualquer conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 14.542 indivíduos dos EUA registrados como parte de uma pesquisa nacional de saúde feita entre 2005 e 2010. No total, 2.267 participantes forneceram detalhes sobre suas vidas sexuais, com 94,4% deles afirmando terem relações pelo menos uma vez por mês. Além disso, 38,4% responderam fazer sexo mais de uma vez por semana.

Estudos anteriores já indicavam que os norte-americanos médios faziam sexo 54 vezes por ano — o que se aproxima de uma vez por semana. Então, os pesquisadores decidiram classificar as pessoas entre aquelas com alta e baixa frequência sexual, dependendo se tinham relações acima ou abaixo dessa média.

No geral, mulheres com baixa frequência sexual tinham 1,7 vezes mais probabilidade de morrer por qualquer causa até o final de 2015 do que aquelas com vidas sexuais mais agitadas. Apesar de não encontrar a mesma resposta em homens, os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que a relação sexual parecia ter um efeito direto no impacto da depressão para a saúde de ambos os sexos.

 

Efeitos benéficos

Mesmo após ajustar fatores de risco, como obesidade, idade avançada e status socioeconômico, os autores chegaram a conclusão de que pessoas que sofriam de pressão tinham cerca de três vezes mais probabilidade de morrer durante um período de baixa frequência sexual.

 

Fonte: Mega Curioso.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Geral

Donos da globo ficam 16 bilhões mais ricos em 2024 segundo a forbes

Publicado

em

portal plural donos da globo ficam 16 bilhões mais ricos em 2024 segundo a forbes

FAST AÇAÍNuvera15 topo humberto plural

O patrimônio dos donos do Grupo Globo disparou R$ 16 bilhðes, cerca de US$ 2,8 bilhões, no último ano, segundo divulgou a revista Forbes. A empresa pertence a João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho. Juntos, eles possuem uma fortuna de US$ 9 bilhões, cerca de R$ 51 bilhões.

No ranking de 2024, os três proprietários da Globo tinham um patrimônio total de US$ 6,2 bilhões (R$ 35,4 bilhões). Porém, mesmo com a alta do dólar em relação ao real, o patrimônio da família Marinho cresceu cerca de 45% em um ano.

A Forbes divulgou que cada filho de Roberto Marinho, fundador da emissora Rede Globo, possui uma fortuna de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 17 bilhões. A família, contudo, não é apenas dona do canal de televisão, eles são proprietários do portal g1, Globoplay, emissoras de rádio (como CBN e Rádio Globo), editora de livros, jornais e revistas impressas, além da produtora Globo Filmes.

O filho mais velho de Roberto Marinho, o Roberto Irineu Marinho também é proprietário da Fazenda Sertãozinho, que produz o café gourmet Orfeu.

 

Valor total do ativo de Globo cresce em 2024

A Forbes não detalhou qual calculo foi realizado para determinar o patrimônio da família Marinho. O último levantamento divulgado pelo Grupo Globo mostra que o total do ativo da companhia também cresceu.

Em 2023, a Globo possuia R$ 27 bilhões em ativos, valor que subiu para R$ 30,9 bilhões em 2024.

O lucro líquido do Grupo Globo mais que dobrou no último ano, de R$ 838 milhões em 2023 para R$ 1,9 bilhão em 2024. A companhia registra o lucro depois de uma grande reestruturação, que contou com a venda de ativos e demissão de atores, diretores, autores, produtores. apresentadores e profissionais de outras funções.

Além disso, a Globo também pode ter sido beneficiada com a mudança do governo federal. A gestão Luiz Inácio Lula da Silva tem investido em publicidade nas empresas do grupo. Como mostrou Oeste, na soma de 2023 e 2024, o governo repassou mais de R$ 300 milhões para 0 conglomerado de mídia.

Segundo dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o valor destinado pelo governo Lula ao Grupo
Globo supera o montante de R$ 177 milhões que o Palácio do Planalto enviou à companhia durante a Presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

 

Fonte: Revista Oeste.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Geral

Igreja Batista Filadélfia realiza bazar com preços acessíveis no dia 12 de abril

Publicado

em

portal plural igreja batista filadélfia realiza bazar com preços acessíveis no dia 12 de abril

NuveraFAST AÇAÍ15 topo humberto plural

A Igreja Batista Filadélfia de Santa Rosa promove no próximo sábado, dia 12 de abril, a 2ºedição do bazar solidário do projeto “Mãos Que Servem”, com uma proposta que une solidariedade, economia e cuidado com a comunidade.

O evento acontece das 9h às 14h, nas dependências da igreja, e contará com uma grande variedade de peças de roupas infantis, juvenis e adultas, todas em ótimo estado de conservação.

O destaque do bazar é o preço fixo de R$ 5,00 para a maioria dos itens. Além disso, haverá uma sessão especial com peças selecionadas com valores de R$ 10, R$ 20 e R$ 30, oferecendo opções acessíveis para todos os gostos e necessidades.

Essa é a segunda edição do bazar, que já se consolidou como uma importante ação social da Igreja Batista Filadélfia. A iniciativa faz parte do projeto “Mãos Que Servem”, que visa atender pessoas em situação de vulnerabilidade e promover a solidariedade por meio do voluntariado.

O evento também marca uma data especial para a comunidade: neste mês de abril, a Igreja Batista Filadélfia completa 72 anos de história em Santa Rosa, reforçando seu compromisso com o serviço cristão e o apoio à população local.

 

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Trending

×

Entre em contato

×