Geral
Campanha chama atenção para os direitos das trabalhadoras domésticas
Essenciais São Nossos Direitos leva informação às profissionais
A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e a organização não governamental Themis realizam hoje (13) a campanha Essenciais São Nossos Direitos, que divulga a profissionais do Rio de Janeiro, Volta Redonda (RJ), Salvador, Sergipe, Recife e Pelotas (RS) informações sobre dispositivos capazes de amparar legalmente estas profissionais no exercício das atividades. Articulada com sindicatos, a ação, que conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), estende a orientação à população em geral, já que pode contribuir para a proteção da categoria.
No âmbito da campanha, está havendo uma transmissão para discussão do tema, veiculada pelo perfil do Facebook da Themis.
Apesar de a Emenda Constitucional 72 – mais conhecida como PEC das Domésticas – valer desde 2013, é desconhecida pela maioria das pessoas. De acordo com levantamento elaborado pela Themis, 70% das trabalhadoras domésticas e 83% dos empregadores afirmaram não saber qual é o teor do texto, que garantiu à categoria direitos que já se aplicavam aos demais trabalhadores, como seguro-desemprego, indenização por demissão sem justa causa, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), salário-família, adicional noturno, auxílio-creche e seguro contra acidente de trabalho. A emenda também prevê jornada semanal de 44 horas e o pagamento de horas extras, quando o expediente for excedido.
Conforme destacam as entidades que promovem a campanha, a falta de informação pode agravar condições que já atingem grande parte das domésticas, como a informalidade, a violência e a discriminação. Conforme ressalta a coordenadora de projetos da Themis, Jéssica Miranda, a categoria passou a ter carteira assinada somente em 1970, embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) esteja em vigor desde a década de 1940.
A coordenadora acrescenta que novos contextos da atualidade têm levado as entidades representativas da categoria a repensar formas de organização. Como exemplo, cita o curso de empoderamento legal da Themis, que formou 400 trabalhadoras de todo o país e fez com que a instituição procurasse uma solução para a falta de acesso à internet das domésticas, o que acabou sendo resolvido por recargas mensais de celular.
Segundo Jéssica, há questões antigas que permeiam o trabalho das domésticas, como o racismo. “A gente percebe a questão racial muito forte, quando fala sobre a relação de poder que as mulheres estabelecem também”, pondera. “Fizemos uma pesquisa de mercado, que terá os dados em novembro e que mostra isso, que a maioria de empregadoras é de mulheres brancas, com nível superior e exercem esse lugar de opressão. Que, de fato, não estão assinando carteira, desconhecem a legislação. E é mais fácil, porque aí não olham pro seu papel de opressoras.” Conforme estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2018, 6,2 milhões de pessoas tinham como ocupação o serviço doméstico remunerado, das quais 92% (5,7 milhões) eram mulheres, sendo 3,9 milhões negras.
Na avaliação da presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Município do Rio de Janeiro, Maria Izabel Monteiro, a pandemia de covid-19 evidenciou ainda mais o racismo e sua ligação com os impedimentos para se informarem sobre os direitos que lhes são assegurados. “A consequência da herança escravocrata permanece até os dias de hoje. A sociedade classista não admite que a trabalhadora tenha acesso a direitos”, afirma. “Os empregadores não cumprem a legislação porque não querem. Fazem isso justamente por discriminação racial, de gênero.”
Para a presidente da Fenatrad, Luiza Batista, durante a crise sanitária, o que aconteceu não foi a valorização repentina do trabalho das domésticas, e sim o reforço de uma perspectiva histórica de exploração. “A sociedade não valoriza nem reconhece [o trabalho das domésticas], a maioria não reconhece. Aí, quando chega no momento de pandemia, querem que a doméstica se submeta a ficar direto no local de trabalho, sem ver os próprios filhos, a família. Não é pela valorização que fazem esse tipo de exigência, é pela servidão. É porque as pessoas acham que lavar as roupas íntimas delas próprias, organizar uma casa, limpar o banheiro é fazer tarefas que desmerecem as pessoas. Foi aí que a gente viu que escancarou mesmo o preconceito e o racismo”, diz. “As tarefas domésticas podem ser feitas por qualquer pessoa, não há nenhuma falta de dignidade, desonra. Quando se está levando a situação por esse lado, mais uma vez, se está ampliando a discriminação contra as trabalhadoras domésticas.”
ebc
Geral
Líder da oposição na Venezuela cobra que Brasil ‘eleve sua voz’ contra repressão de Maduro
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, fez um apelo para que o Brasil se manifeste contra a repressão do governo de Nicolás Maduro. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao blog e ao Estúdio I, da GloboNews.
“Precisamos que a comunidade internacional, especialmente o Brasil e o presidente Lula, levantem suas vozes para pôr fim à repressão”, afirmou a líder opositora, que foi impedida de participar das eleições de julho deste ano.
A eleição, que teve Maduro e Edmundo González como candidatos, foi marcada por falta de transparência. Ambos se declararam vencedores. O Conselho Nacional Eleitoral e o Tribunal Supremo, alinhados ao chavismo, declararam Maduro como vencedor, mas não apresentaram as atas detalhadas de cada local de votação.
Após a vitória de Maduro ser anunciada, o país enfrentou violentos protestos, resultando em 24 mortes e perseguição a opositores. Na segunda-feira (2), o Ministério Público solicitou a prisão de González, acusado de crimes como usurpação de funções eleitorais, falsificação de documentos oficiais, incitação a atividades ilegais, sabotagem e associação criminosa.
“Hoje na Venezuela, todos têm medo, não só de perder a liberdade, mas também a vida”, declarou Corina ao blog. “Mas meu compromisso com o povo venezuelano é firme e eu não vou abandoná-lo.”
Até a última atualização, a prisão de González ainda não havia sido efetuada. Em comunicado, ele disse: “O que o país precisa ver são as atas eleitorais, não ordens de prisão.”
Repercussão internacional
Corina ressaltou a importância de “Nenhum governo democrático do mundo ter reconhecido a fraude de Maduro.” Ela defendeu que os países devem intensificar a pressão sobre o regime.
“Maduro não pode continuar sem legitimidade, sem apoio, sem financiamento e sem reconhecimento internacional.”
A ONG Human Rights Watch documentou “abusos generalizados por parte de autoridades e grupos armados pró-Maduro” e também pediu que o Brasil se posicione em defesa da justiça na Venezuela.
“A única solução estável e pacífica é uma transição organizada para a democracia. Quem acredita que Maduro possa se manter no poder à custa da violência não entende a situação”, disse Corina.
Anistia para Maduro
Corina mencionou que uma negociação para a transição poderia incluir a possibilidade de anistia para Maduro e seus apoiadores. “Em uma negociação, é necessário oferecer garantias, mas todos sabem que há crimes que não podem ser perdoados, enquanto outros podem”, disse ela, destacando que as metas da negociação devem ser claras.
“Todos os venezuelanos entendem que estamos vivendo o pior momento de repressão da nossa história”, afirmou Corina, descrevendo o nível de perseguição como “brutal”.
Fonte: G1
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Casal que viralizou após conquistar nova integrante de trisal está junto há 21 anos e fez campanha nas redes sociais em busca da pretendente
Um casal de Goiânia, junto há 21 anos, viralizou nas redes sociais após expandir sua relação para um trisal, buscando ativamente uma nova integrante para compartilhar a vida a três. Regislene, psicóloga de 39 anos, e Lucas Erick, bancário de 42, encontraram Hassana, de 21 anos, por meio de um aplicativo de relacionamento.
“Queríamos expandir nosso amor e viver o poliamor. Nossa intenção é namorar, noivar, casar e seguir a vida juntos”, afirmou Lucas ao g1.
O anúncio oficial da nova integrante foi feito na última segunda-feira (2) durante uma live no Instagram. Hassana, que trabalha como auxiliar administrativa, revelou que já havia tido uma experiência em um relacionamento entre três pessoas. “Este não é o meu primeiro trisal, mas espero que seja o último”, comentou.
Lucas explicou que, nos últimos dois anos, ele e Regislene mantinham um relacionamento aberto em algumas ocasiões. Quando decidiram buscar uma terceira pessoa, compartilharam o desejo nas redes sociais, expressando o desejo de amar e viver essa experiência de forma leve e divertida.
“Queremos compartilhar momentos de carinho, amor e felicidade. Nosso objetivo é encontrar alguém para ser nossa amiga e parceira nesse relacionamento a três”, declarou o casal em uma postagem.
Há três meses, Lucas e Regislene criaram um perfil no Instagram para encontrar a terceira pessoa ideal para formar o trisal. Ao apresentar Hassana, eles publicaram uma mensagem que dizia: “Celebramos a união de três corações que se escolheram, sem medo de amar além dos limites impostos. O preconceito não tem lugar quando a felicidade é verdadeira.”
Lucas mencionou que suas parceiras, que se identificam como bissexuais, não se abalam com comentários negativos nas redes sociais. “Elas não se importam com as críticas e sempre mostram que nossa relação é séria”, concluiu.
Fonte: G1
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Nasa confirma abertura completa de vela solar de nave que pode navegar pelo espaço com a energia do Sol
A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, anunciou o sucesso na abertura completa da vela solar da espaçonave Advanced Composite Solar Sail System, a primeira capaz de navegar pelo espaço como um “barco à vela”. A nave foi lançada em abril deste ano pela empresa Rocket Lab, a partir do Complexo de Lançamento 1, localizado na Península de Mahia, Nova Zelândia. Diferente de sistemas de propulsão convencionais, as velas solares utilizam a pressão da luz solar para se movimentar, eliminando a necessidade de motores mais pesados e com alcance limitado.
Nas próximas semanas, a equipe da Nasa realizará testes para avaliar a capacidade de manobra da vela no espaço. Alterações na órbita da nave vão fornecer dados essenciais para o desenvolvimento de futuras missões científicas e de exploração utilizando essa tecnologia.
A espaçonave orbita a Terra a uma altitude cerca de duas vezes maior do que a da Estação Espacial Internacional. Visto de cima, o sistema de vela forma um quadrado com aproximadamente 80 metros quadrados de área, equivalente a metade de uma quadra de tênis.
Como a nave se movimenta?
Semelhante ao funcionamento de um barco à vela, que usa o vento para se deslocar, a vela solar reflete a luz para gerar movimento. Os fótons, partículas de luz sem massa, ao colidirem com a superfície reflexiva da vela, transferem parte de seu impulso, resultando em propulsão. No vácuo espacial, com a exposição contínua a fótons, a energia se acumula, permitindo à nave ganhar velocidade ao longo do tempo.
Dentro do sistema solar, onde a radiação solar é abundante, a vela pode continuar acelerando à medida que reflete a luz solar. Isso possibilita que naves com velas solares alcancem velocidades significativamente maiores que as dos foguetes tradicionais movidos a combustível líquido.
As principais vantagens desse sistema são a leveza e a ausência de necessidade de combustível. No caso da Advanced Composite Solar Sail System, a vela possui uma área total de 1.652 metros quadrados quando completamente aberta. Ela é feita de um polímero revestido com alumínio, com espessura microscópica, inferior à de um fio de cabelo humano.
A Nasa também vislumbra o futuro da tecnologia: “No futuro, poderemos posicionar grandes lasers no espaço que direcionariam seus feixes para essas velas, acelerando-as a velocidades cada vez mais altas, até que estejam rápidas o suficiente para alcançar outra estrela em um período razoável de tempo”, declarou a agência em um comunicado.
Fonte: Jornal o Sul
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