Mundo
Câmara dos EUA aprova segundo impeachment de Trump; processo segue para o Senado
Republicano se tornou nesta quarta o primeiro presidente americano a sofrer dois impeachments. Ao contrário do processo anterior, desta vez dez membros de seu próprio partido votaram a favor de retirá-lo do cargo.
Donald Trump se tornou o primeiro presidente da história dos Estados Unidos a sofrer dois impeachments. Nesta quarta-feira (13), a Câmara aprovou pela segunda vez um pedido para que ele seja afastado do cargo, a apenas seis dias do final de seu mandato.
Foram 232 votos a favor e 197 contra, e quatro deputados não votaram. Entre os que votaram a favor estão 10 membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump. Outros quatro republicanos não votaram. Os democratas foram unânimes nos votos a favor e apenas um não votou.
Desta vez Trump foi considerado culpado por incitar à violência que resultou na invasão do Capitólio, a sede do Congresso americano, na semana passada. Antes, em 2020, ele havia sido sido declarado culpado por obstrução ao Congresso e abuso de poder.
Diferentemente do Brasil, o presidente dos EUA não é afastado quando o processo de impeachment é aberto no Senado. A sua remoção ocorre de forma definitiva após o processo ser analisado e aprovado pelos senadores.
Trump deve permanecer no cargo até a próxima quarta-feira (20), quando Joe Biden toma posse como novo presidente.
Em seu primeiro processo, Trump foi absolvido no Senado, de maioria republicana. Naquele caso, nenhum deputado de seu partido votou por sua condenação, e apenas um senador o fez.
Agora, porém, dez deputados republicanos foram favoráveis a seu afastamento. Isso estabelece um recorde: antes, apenas cinco deputados tinham votado pelo impeachment de um presidente de seu próprio partido, quando cinco democratas ficaram contra Bill Clinton, em 1988.
Na terça-feira (12), o presidente americano falou com jornalistas pela primeira vez desde a invasão e afirmou que há “muita raiva” sobre o novo processo de impeachment e que se trata da “continuação da maior caça às bruxas da história da política”.
Votação no Senado
Nunca um presidente americano teve o impeachment aprovado no Senado. Antes de Trump, Andrew Johnson e Bill Clinton também tiveram seus processos de impeachment aprovados pela Câmara e foram absolvidos pelos senadores. Já Richard Nixon renunciou antes de o processo ser votado na Câmara.
A dúvida é se os senadores republicanos que romperam com Trump conseguirão formar a maioria de dois terços no Senado para destituí-lo (na Câmara é preciso apenas maioria simples para o processo avançar). Outra incógnita é se o Congresso pode seguir com o impeachment após o presidente deixar o cargo.
Apesar disso, o líder do Partido Republicano, Mitch McConnel, afirmou a interlocutores que está satisfeito que os democratas estão tentando tirá-lo da Casa Branca e que o presidente cometeu crimes passíveis de impeachment, segundo o jornal “The New York Times”.
McConnell, senador pelo Kentucky que apoiava Trump até a invasão ao Capitólio – que resultou em cinco mortes -, disse reservadamente que será mais fácil expulsar Trump do partido com o impeachment.
Biden não toma posição
Ao contrário dos congressistas democratas — como a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder do partido no Senado, Chuck Schumer —, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, se recusou a endossar o processo de impeachment e deixou a decisão a cargo do Congresso.
O futuro presidente não quer inflamar os ânimos entre os republicanos e agregá-los novamente em torno de Trump, em um momento em que o presidente e seu partido estão enfraquecidos. Ele também foge do desgaste político, da paralisia legislativa e de um desvio de rota de sua agenda no Congresso.
Para Biden, o ideal seria que o processo de impeachment sofresse uma pausa no Senado. Assim, não poria em risco os planos para combater a pandemia do novo coronavírus e seus reflexos na economia americana.
G1
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Primeira estação de telefonia móvel é inaugurada na Antártida
A Telenor, empresa norueguesa, anunciou nesta segunda-feira (5) a inauguração da estação base de telefonia móvel mais ao sul do mundo, localizada na Antártida. Essa iniciativa marca a introdução dos primeiros serviços regulares de telefonia em uma região isolada do continente gelado.
O novo serviço 4G abrange a distante estação de pesquisa Troll e seus arredores, proporcionando maior segurança para cientistas e equipe. Além disso, viabiliza o uso de dispositivos capazes de coletar e transmitir informações em tempo real, de acordo com informações divulgadas pelo grupo.
A estação Troll, vinculada ao Instituto Polar Norueguês, mantém uma equipe ao longo do ano, dedicando-se a pesquisas que abrangem desde o estudo de geleiras e geologia até análises meteorológicas, climáticas e de radiação.
O serviço recém-implementado complementa a recente instalação, também pela Telenor, das torres de telefonia móvel mais ao norte do planeta, localizadas no assentamento Ny-Aalesund, no arquipélago ártico de Svalbard. Christian Skottun, executivo da Telenor, responsável pela construção de ambas as instalações, destacou que essa iniciativa “abre novas possibilidades para a coleta de dados de sensores em um ambiente de clima severo”. Mesmo utilizando a mesma tecnologia de telefonia móvel empregada em outros lugares, foram implementadas medidas especiais para proteger o equipamento contra ventos de alta velocidade e temperaturas extremamente baixas.
Fonte: G1
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