Saúde
Brasil terá aumento de 98,6% em mortes por câncer em 2050, indica projeção
O Brasil poderá registrar cerca de 554 mil mortes causadas por câncer em 2050, um aumento de 98,6% em relação aos óbitos ocorridos em 2022 (279 mil). As projeções foram divulgadas nesta quinta-feira (1º), pela Iarc (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer).
Ainda segundo as estimativas da agência, que faz parte da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país também registrará 1,15 milhão de novos casos até 2050, um valor 83,5% maior do que a incidência de 2022 (627 mil).
O levantamento da agência foi feito junto a uma pesquisa sobre o financiamento de serviços oncológicos e cuidados paliativos e mostra que existe um desafio global na luta contra o câncer. A pesquisa foi feita em 115 países e se baseou em dados de 2022, mostrando que a incidência e mortalidade pelo câncer continuará crescendo ao longo dos anos.
A projeção para 2050, segundo a Iarc, é que o mundo tenha 35 milhões de novos casos de câncer, um aumento de 77% nos casos de câncer em relação a 2022 (20 milhões). Na visão da agência, o rápido crescimento da incidência global de câncer está associada ao envelhecimento e ao crescimento da população, além da maior exposição da fatores de risco como tabaco, álcool, obesidade e poluição do ar.
Dados por tipo de câncer em 2022
Novas estimativas disponibilizadas no Observatório Global do Câncer, da Iarc, mostram que 10 tipos de câncer representaram cerca de dois terços dos novos casos e mortes em todo o mundo em 2022. Os dados abrangem 185 países e 36 tipos de câncer.
Segundo o estudo, o câncer de pulmão foi o mais comum em todo o mundo, com 2,5 milhões de novos casos (representando 12,4% do total de casos). O câncer de mama feminino ficou em segundo lugar, com 2,3 milhões de casos (11,6%), sendo seguido por câncer colorretal, com 1,9 milhão de casos (9,6%), câncer de próstata, com 1,5 milhão (7,3%) e câncer de estômago, com 970 mil (4,9%).
O câncer de pulmão também foi a principal causa de morte por câncer, com 1,8 milhões de óbitos (18,7% do total), seguido por câncer colorretal, com 900 mil óbitos (9,3%), câncer de fígado, com 760 mil (7,8%), câncer de mama, com 670 mil (6,9%) e câncer de estômago, com 660 mil (6,8%).
Desigualdade entre países no acesso a serviços
A pesquisa da Iarc mostrou, ainda, que, apesar do número crescente de casos e mortes por câncer, apenas 39% dos países envolvidos no estudo tinham tratamento oncológico como parte dos serviços de saúde oferecidos universalmente a todos os cidadãos; e apenas 28% deles ofereciam serviços de cuidados paliativos a quem necessitava.
Os dados mostram que existe um “impacto desproporcional nas populações carentes” e uma “necessidade urgente de abordar desigualdades no câncer em todo o mundo”, segundo comunicado da agência à imprensa.
Fonte: CNN.
Destaque
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Geral
Após cinco anos, Brasil recupera certificado de país livre do sarampo
O Brasil está novamente livre do sarampo. Nesta terça-feira (12), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao Ministério da Saúde a recertificação de eliminação do sarampo, rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).
O país já havia recebido o certificado de área livre do sarampo em 2016, mas perdeu a certificação em 2019 devido a surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, foram registrados 10.374 casos, com o pico em julho de 2018, quando houve 3.950 casos.
Em junho de 2024, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones de sarampo (aqueles com transmissão dentro do território nacional). O último caso autóctone foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá, sendo os casos subsequentes todos de pessoas vindas de outros países.
Para obter a recertificação, o Brasil teve que comprovar que estava há pelo menos um ano sem transmissão local do vírus e que fortaleceu a vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida aos casos importados.
“Desde então, a vigilância foi intensificada, a cobertura vacinal aumentou, e conseguimos a recertificação. Avançamos especialmente nas coberturas vacinais”, afirma o infectologista Renato Kfouri, presidente da Câmara Técnica de Verificação da Eliminação do Sarampo no Brasil.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e grave, que pode ser prevenida por vacina. Uma pessoa infectada pode contagiar de 12 a 18 pessoas. A transmissão ocorre por secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas incluem manchas vermelhas pelo corpo, febre alta, tosse seca, conjuntivite, coriza e mal-estar intenso. As complicações da doença incluem pneumonia, infecção de ouvido, encefalite aguda e morte.
Vigilância contínua
Eliminar uma doença é uma conquista importante, mas é necessário manter a proteção da população para evitar seu retorno, uma vez que o vírus ainda circula globalmente. A vacinação é essencial para manter essa proteção.
“Se mantivermos a população vacinada, permaneceremos livres do sarampo”, afirma Kfouri, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Se uma pessoa infectada de outro país encontrar alguém suscetível no Brasil, o vírus pode voltar a circular e causar novos casos autóctones.
Mesmo com o status de “livre do sarampo”, a vigilância e a vacinação continuam essenciais. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, está disponível na rede pública para pessoas de 12 meses a 59 anos. As crianças devem receber uma dose aos 12 meses e outra aos 15 meses. Quem não completou o esquema vacinal quando criança deve fazê-lo na fase adulta: duas doses, com um mês de intervalo, para pessoas até 29 anos, e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.
A cobertura vacinal da primeira dose, que chegou a 95% em 2016, caiu para 74% em 2021. Em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, já alcançou 91%. A segunda dose, que também registrou baixas nos últimos anos, ultrapassou os 80% neste ano, mostrando uma recuperação importante na cobertura.
Fonte: G1
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Suposta vítima de agressão é resgatada pela Brigada Militar de Catuípe
A Brigada Militar auxiliou em um atendimento na noite de ontem (12), após receber uma ligação anônima informando que um indivíduo, supostamente agredido, estava caído sobre os trilhos nas proximidades da antiga Estação Férrea, em Catuípe.
No local a vítima foi encontrada e identificada como um homem. Ele estava muito ferido e apresentava sangramento volumoso na cabeça, braços, fratura exposta na perna esquerda e praticamente em parada cardiorrespiratória, correndo risco de vida.
A vítima foi socorrida pela guarnição e encaminhado até o Pronto Atendimento de Catuípe, sendo transferido imediatamente, devido ao estado das lesões, para o Hospital de Clínicas Ijuí (HCI), onde permanece internado. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Ijuí.
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