Ciência
Brasil é o quarto país mais estressado do planeta: Saiba como o estresse pode se espalhar entre as pessoas

O estresse, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é caracterizado como um estado de preocupação ou tensão mental diante de situações adversas. Esse fenômeno é preocupante, pois pode ser transmitido entre os seres vivos, incluindo os humanos. Embora o estresse seja uma resposta natural do corpo, as entidades de saúde estão atentas aos seus efeitos na saúde física e mental, além dos altos índices de estresse na população. Recentemente, o Brasil foi classificado como o quarto país mais estressado do mundo, conforme um relatório divulgado na última segunda-feira (14).
Por que o estresse pode ser transmitido?
Nos últimos anos, diversas pesquisas têm investigado como o estresse pode ser transmitido entre os seres vivos. Um estudo realizado em 2018 com camundongos, publicado na revista “Nature Neuroscience”, analisou as reações neurais de animais expostos ao estresse (submetidos a pequenos choques nas patas) em comparação a outros que não passaram por esse estresse. Os resultados mostraram que os camundongos do segundo grupo, mesmo sem terem sido estressados, começaram a produzir o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), que contribui para a regulação do estresse.
Embora a pesquisa tenha sido realizada com camundongos, a psicóloga Amanda Rangel destaca que os achados oferecem insights valiosos sobre os mecanismos biológicos envolvidos na transmissão do estresse. “Camundongos são frequentemente utilizados em estudos comportamentais e neurológicos devido à similaridade de seus sistemas nervosos com os dos humanos”, explica.
Outro estudo, desta vez com humanos, revisou pesquisas que analisaram o chamado “contágio do estresse” por meio da atividade fisiológica de duas ou mais pessoas, expostas ou não ao estresse, que mantinham uma convivência próxima. Publicado na revista “Psychoneuroendocrinology” em 2019, esse estudo evidenciou a transmissão fisiológica do estresse entre indivíduos, mesmo sem exposição direta.
Os autores explicam que essa transmissão ocorre pela ativação de processos neurobiológicos que aumentam os níveis de cortisol e a atividade simpática.
A neurocientista Ana Carolina Souza explica que a transmissão do estresse (e de outras emoções) pode ser compreendida a partir de duas premissas: somos animais sociais e constantemente processamos informações que são passadas (inconscientemente) de uma pessoa para outra; e as emoções são respostas pré-definidas que ajudam a coordenar comportamentos de forma adaptativa diante de desafios cotidianos.
“Considerando essas duas variáveis, podemos entender que simular internamente a resposta de estresse de outra pessoa ajuda o indivíduo a identificar possíveis riscos em um determinado ambiente, servindo como um indicativo para adotar comportamentos mais eficientes de proteção. Esse comportamento é adaptativo e favorece nossa sobrevivência”, explica a cientista.
Situações que favorecem o contágio do estresse
A psicóloga Amanda Rangel afirma que a transmissão de estresse entre seres humanos pode ocorrer em contextos familiares, profissionais e em outras esferas da vida, exacerbando conflitos, diminuindo a empatia e prejudicando o bem-estar coletivo. “Esse fenômeno é comumente observado em ambientes de trabalho, onde um líder estressado pode impactar negativamente toda a equipe, criando um ciclo de ansiedade e queda na produtividade”, diz a especialista.
Além disso, em relações familiares, o estresse dos pais pode influenciar o comportamento e o desenvolvimento emocional das crianças. “Quanto mais novas as crianças, mais vulneráveis se tornam a essa situação de estresse”, alerta Danielle H. Admoni, pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Como controlar o estresse?
Algumas práticas que podem ajudar a mitigar os efeitos do estresse incluem:
- Aprender a identificar e regular as próprias emoções;
- Desenvolver empatia;
- Praticar meditação, respiração profunda e relaxamento muscular progressivo;
- Encontrar uma rede de apoio forte (tanto no ambiente familiar quanto no de trabalho);
- Criar um ambiente de trabalho colaborativo e promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- Fazer pequenas pausas de 15 minutos entre as atividades laborais;
- Manter uma rotina de atividades que tragam prazer (hobbies);
- Cuidar da higiene do sono (práticas saudáveis para garantir uma boa qualidade e duração do sono) e seguir uma alimentação equilibrada e saudável.
Fonte: CNN Brasil
Ciência
Sete planetas estarão alinhados no céu nesta sexta-feira

Um desfile de planetas. É assim que o Observatório Nacional descreve o que se tem configurado no céu nos últimos dias. Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e, nesta sexta-feira (28), também Mercúrio, estão “alinhados”. Três planetas podem ser vistos a olho nu: Marte, Vênus e Júpiter. Os demais são mais difíceis de serem observados. Apesar de não ser raro, o fenômeno não deixa de ser um convite para olhar para cima e admirar.
“Como é um fenômeno que está distribuído em uma área muito grande do céu, não é um fenômeno para você olhar com o telescópio, é um fenômeno para você olhar com os olhos. Deitar em um lugar seguro, com a visão livre do Oeste, do poente, e apreciar essa grande essa beleza. Você vai ter, realmente, vários planetas visíveis no céu”, diz o astrofísico do Observatório Nacional Ricardo Ogando.
Ogando explica que Marte, Vênus e Júpiter estarão mais visíveis e serão mais fáceis de serem observados. A dica é olhar para o ponto onde o Sol se põe. Mercúrio aparecerá ali por um momento, mas será muito difícil vê-lo. Já Urano e Netuno são planetas muito distantes da Terra e, por isso, a luz que eles refletem é muito fraca, o que impossibilita a observação a olho nu. De acordo com o astrofísico, Mercúrio e Saturno tipicamente são visíveis a olho nu, mas estarão muito perto do Sol no céu e serão ofuscados por ele.
“O céu começa a ficar mais escuro, você consegue ver bem Vênus. E aí, um pouco mais acima, Júpiter e, depois, Marte. Além disso, a Lua vai estar no céu nesse momento. Não é um planeta, é o nosso satélite, mas estará lá. É como se tivesse essa grande parada, um desfile de planetas”, descreve o astrofísico.
Para localizar os planetas, a dica de Ogando é usar um aplicativo para celular. É possível baixar gratuitamente aplicativos que mapeiam o céu.
O astrônomo e diretor do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Thiago Gonçalves, explica que planetas, ao contrário de estrelas, não cintilam, ou não piscam.
“À primeira vista, o planeta vai quase sempre parecer uma estrela muito brilhante”, orienta o astrônomo. “A particularidade dos planetas é que eles não cintilam. Eles estão mais próximos da gente. A cintilação acontece por conta de um efeito atmosférico. É a luz atravessando a atmosfera que faz com que pareça que as estrelas piscam um pouquinho. Mas, como os planetas estão mais próximos da gente, eles não cintilam”.
Entenda o alinhamento
De acordo como Observatório Nacional, embora o termo alinhamento planetário seja o mais usado, ele não descreve exatamente o fenômeno observado. Quando os planetas estão aparentemente próximos no céu, o correto é dizer que estão em “conjunção”.
Há vários tipos de conjunção, sendo a mais comum a conjunção em ascensão reta, explica o Observatório. Assim, em vez de “alinhamento”, o mais adequado seria falar sobre a visibilidade simultânea dos planetas no céu. Além disso, os planetas não formam exatamente uma linha, mas sim um arco no céu quando observados da Terra.
“O que acontece na prática é que, como todos eles estão mais ou menos na mesma direção, a gente consegue ver todos eles no céu ao mesmo tempo, supostamente. Isso quer dizer que em um dado momento da noite, você poderia, teoricamente, olhar para o céu e ver todos os planetas”, ressalta Gonçalves.
Ele explica que usa o termo teoricamente porque na prática, isso não ocorre. É preciso que haja condições muito ideias para que todos possam ser avistados, mesmo com equipamentos astronômicos.
O fenômeno não é raro. O Observatório divulgou que ainda este ano, de 12 a 20 de agosto, antes do Sol nascer teremos Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno ao mesmo tempo visíveis no céu.
Conjunção entre Vênus e Júpter
O destaque será para o dia 12 de agosto, quando haverá uma conjunção entre os dois planetas mais brilhantes do céu: Vênus e Júpiter.
Para Gonçalves, ainda assim, é uma boa oportunidade para olhar para o céu. “Eu gosto de dizer que é uma boa oportunidade para que a gente aumente digamos a divulgação sobre a importância da ciência e de olhar para o céu”, diz. “A gente tem cientistas trabalhando bastante e esse momento é bom para estabelecer um contato, estabelecer a comunicação, aparecer nas redes sociais para que as pessoas consigam se conectar um pouco com o céu e com os astrônomos brasileiros”.
Informações falsas
Segundo Ogando, esse fenômeno ganhou projeção e há informação falsas sendo divulgadas sobre ele. Uma delas é justamente que se trata de um fenômeno raro.
“Esse ‘alinhamento’, curiosamente, ganhou uma visibilidade. E, junto com ela, umas uns penduricalhos errados, falando que é super raro, que só acontece em um trilhão de anos. Eles nem têm ideia do que é um trilhão de anos. O universo tem 13,7 bilhões de anos. É muito engraçado ver como o pessoal realmente criou um monte de fantasia em torno disso e aí isso, isso cria uma expectativa no público, que se decepciona depois”, diz.
Outra informação enganosa é que o alinhamento pode gerar fenômenos e desastres naturais na Terra por conta da gravidade dos planetas. De acordo com Ogando, isso é impossível.
“É uma força ínfima. Os planetas estão muito distantes. Por mais que Júpiter, por exemplo, seja um planeta com uma massa muito grande, muito maior do que a da Terra, ele está a uma distância muito grande. Então, a influência gravitacional é ínfima”, explica.
O Sistema Solar
A Terra faz parte do chamado Sistema Solar. Ao redor do Sol orbitam os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, nesta ordem. Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são os planetas mais próximos do Sol e são formados principalmente por rochas.
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são planetas gasosos, mais distantes do Sol e formados por gases diversos. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Enquanto a Terra demora 365 dias, ou um ano, para dar volta a redor do Sol, Netuno, o planeta mais distante demora o equivalente a 165 anos para completar essa volta.
Fonte: Correio do Povo.
Ciência
Cientista brasileiro embarca em missão espacial para investigar tratamentos para autismo e Alzheimer

O professor Alysson Muotri, que lidera o laboratório Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, participará de uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. A missão visa investigar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos – ou até a cura – para os casos mais graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer. Analisando os efeitos da microgravidade no cérebro humano, ele e mais quatro cientistas serão os primeiros pesquisadores brasileiros a viajar para o espaço. Ainda não foram definidos outros nomes para a expedição.
A equipe embarcará no foguete Falcon 9 da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), levando organoides cerebrais como ferramentas de estudo. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides são pequenas estruturas com neurônios criadas a partir de células-tronco de indivíduos vivos, que reproduzem aspectos do funcionamento cerebral. Os cientistas levarão organoides derivados de pacientes com Doença de Alzheimer e autismo, principalmente daqueles que necessitam de acompanhamento constante e correm risco de vida.
Esta não é a primeira vez que o laboratório envia organoides ao espaço. Desde 2019, realizam missões espaciais, mas sem a presença de cientistas. Os “minicérebros” viajam em caixas automatizadas, que são conectadas a tomadas para funcionar durante um período determinado pelos pesquisadores.
Então, por que as respostas para a cura e tratamentos do autismo e Alzheimer podem estar na microgravidade? Segundo Muotri, ao levarem os organoides para o espaço, seria como se os cientistas viajassem no tempo. “O aceleramento do desenvolvimento ou envelhecimento dos organoides cerebrais permite que estudemos o que acontece em outras etapas da vida da pessoa”, explicou ele. Na Terra, precisariam esperar muitos anos para, por exemplo, verificar como surge e se desenvolve a Doença de Alzheimer, que costuma aparecer na velhice.
No espaço, como os organoides envelhecem mais rápido do que na Terra, conseguem acelerar os processos para prever como o cérebro humano se comportará em diferentes estágios da doença ou transtorno. A partir daí, realizam testes em busca de tratamentos – e até da cura – dessas condições neurológicas. “Eu poderia cultivar o organoide por 80 anos? Poderia, mas não estarei mais aqui quando ele estiver maduro o suficiente para eu estudar o Alzheimer”, destacou o cientista.
A missão espacial contará, pela primeira vez, com interferência humana. Para isso, testarão fármacos ou bioativos derivados da floresta amazônica, que serão manualmente inseridos nos “minicérebros” durante a viagem, para testá-los como agentes de proteção contra o Alzheimer. “Precisamos colocar, em cada um desses organoides, o equivalente a um microlitro do volume de uma das drogas da Amazônia”, explicou ele.
Fonte: CNN Brasil
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Pesquisador gaúcho coordenará a maior expedição científica latino-americana à Antártica

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