Bolsonaro diz que só conservadores sofrem atentados
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Política

Bolsonaro diz que só conservadores sofrem atentados

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Foto: Embaixada EUA no Brasil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou neste domingo (14), em um evento em São Paulo, que “somente pessoas conservadoras sofrem atentado”. “Atentados são contra pessoas de bem e conservadoras”, afirmou Bolsonaro, referindo-se ao ataque ao ex-presidente americano Donald Trump, com quem mantém aliança.

Entretanto, essa afirmação ignora atentados contra políticos de outros espectros ideológicos. No Brasil, em 2018, a vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi assassinada a tiros enquanto voltava para casa. Além disso, o presidente John F. Kennedy foi baleado durante uma visita a Dallas, nos Estados Unidos, sendo um dos quatro presidentes americanos mortos por atentados durante o exercício do mandato.

Bolsonaro também mencionou o atentado que ele próprio sofreu. “Ele [Trump] foi salvo, como eu fui. Os médicos dizem que foi um milagre eu ter sobrevivido em 2018, considerando a gravidade dos ferimentos. Ele foi salvo por questão de poucos centímetros. Isso, no meu entender, é algo que vem de cima”, completou o ex-presidente. Bolsonaro não quis responder se falou com Trump após o atentado.

O ex-presidente participou do lançamento da pré-candidatura da vereadora Sonaira Fernandes (PL), em um evento que contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O evento ocorreu na sede da Igreja Renascer em Cristo, em São Paulo, reunindo cerca de 2 mil pessoas.

Após o evento, em entrevista ao Estadão, Bolsonaro afirmou que não está “nem um pouco preocupado” com o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias. “É só você ler a lei, decretos e portarias. Os presentes que eu recebi são meus”, sustentou o ex-mandatário.

Entretanto, a própria Secretaria-Geral da Presidência da República de Bolsonaro revogou, em novembro de 2021, a portaria da gestão Michel Temer que definia joias, semijoias e bijuterias como itens de caráter personalíssimo. Em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) notificou a Secretaria-Geral da Presidência sobre a necessidade de ex-ministros de Bolsonaro devolverem relógios de luxo recebidos durante uma viagem oficial a Doha, no Catar, em 2019. O ministro Antonio Anastasia afirmou que o recebimento de presentes caros extrapola os “princípios da razoabilidade e da moralidade” pública, previstos na Constituição.

Ainda na entrevista, Bolsonaro indicou que manterá a pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio de Janeiro, apesar da PF ter encontrado um áudio de uma reunião em que Bolsonaro, Ramagem e o general Augusto Heleno discutem um plano para proteger o senador Flávio Bolsonaro no inquérito da rachadinha. “Vou estar com ele (Ramagem) quinta, sexta e sábado”, declarou.

Orações por Trump

Michelle Bolsonaro foi a primeira a discursar no evento, afirmando que “nós fomos negligentes, como cristãos, por falar que não podia misturar religião com política e, por conta disso, o mal tomou conta”. Sem citar o presidente Lula, a ex-primeira-dama disse que o “mal está governando” e pediu orações para Trump.

Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro voltou a questionar o resultado da última eleição, apesar de dizer que é “página virada” e que não tem “obsessão pelo poder”. O ex-presidente mencionou novamente o atentado que sofreu em 2018. Aliados de Bolsonaro têm atribuído o atentado contra Trump a políticos de esquerda, comparando o episódio à facada que atingiu Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 e levou à prisão de Adélio Bispo.

Filhos de Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou-se nas redes sociais, afirmando que “ainda há quem ache que a diferença entre direita e esquerda é só política. Saiba que se pudessem eles meteriam uma bala na cabeça de cada opositor, só precisam da oportunidade para fazê-lo”.

Jair Renan (PL-SC), também filho de Bolsonaro, publicou uma montagem no Instagram com a foto de Bolsonaro no momento da facada e a de Trump ao ser atingido de raspão durante o comício na Pensilvânia. “E a história se repete. Se não podem vencer, tentam matar. Trump irá voltar”, disse o filho mais novo de Bolsonaro.

Fonte: Jornal o Sul

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Aliados de Bolsonaro temem que generais decidam fazer delação

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/stf-libera-integra-do-video-que-embasou-operacao-da-pf-veja-o-que-bolsonaro-disse/ Copyright © 2024, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
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Após a conclusão das investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, cresce a preocupação no entorno do ex-presidente e entre altos militares de que mais membros das Forças Armadas decidam se tornar colaboradores da Justiça.

Entre os nomes que mais geram apreensão estão os dos generais Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência e um dos principais articuladores do plano, segundo a PF, e Estevam Teophilo, comandante que ofereceu suas tropas para apoiar o golpe e que integrava o Alto Comando do Exército até 2023, já sob o governo Lula.

O inquérito, que resultou no indiciamento de 37 pessoas, sendo 25 delas integrantes ou ex-integrantes das Forças Armadas, foi encaminhado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou à Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (27). Agora, cabe à PGR decidir se denunciará os indiciados.

Fontes consultadas pelo blog afirmam que, embora o acordo de delação com Mauro Cid, revelado em setembro de 2023, tenha sido fechado pela PF, ainda não há indícios de novas delações. No entanto, nada impede que outros investigados procurem a PGR para tentar colaborar e, assim, reduzir possíveis penas caso sejam condenados.

Os 37 indiciados são acusados de tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa – crimes cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão, sem contar eventuais agravantes ou atenuantes.

Para que um delator seja aceito, ele precisará fornecer informações novas e relevantes, além de apontar líderes superiores dentro da organização criminosa.

Teophilo é descrito por militares próximos ao governo Bolsonaro como um dos generais mais alinhados ao ex-presidente, e a PF acredita que ele tinha conhecimento do esquema em andamento, com a ambição de alcançar o posto de comandante do Exército.

Oficialmente, assessores de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente não está preocupado, alegando que ele não participou de nenhuma tentativa de golpe. A estratégia de Bolsonaro, portanto, é se distanciar da trama golpista.

Fonte: G1

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Geral

Não se faz golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais”, declara Bolsonaro sobre o indiciamento

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Foto: Cristobal Herrera/EFE
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Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25) que nunca discutiu a possibilidade de aplicar um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse ter estudado “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas da Constituição”. O ex-presidente concedeu uma entrevista coletiva ao retornar a Brasília para se reunir com seus advogados e discutir os próximos passos após seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder. Foi a primeira vez que falou publicamente desde o indiciamento.

— Como o Temer disse hoje, uma obviedade: golpe de Estado precisa da participação de todas as Forças Armadas, senão não é golpe de Estado. Ninguém dá golpe de Estado em um domingo, em Brasília, com pessoas com bíblias debaixo do braço e bandeiras do Brasil na mão, nem usando estilingue, bolinha de gude e muito menos batom. Não tinha um comandante… Vamos tirar isso da cabeça. Ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe — disse Bolsonaro.

— Se alguém viesse falar sobre golpe comigo, eu diria: “Tá, tudo bem, e o dia seguinte? Como o mundo reagiria?”. Agora, todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei — afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente ressaltou que a palavra “golpe” nunca esteve em seu vocabulário.

— Não faço e jamais faria algo fora das quatro linhas. Para mim, é possível resolver os problemas do Brasil dentro da Constituição — disse ele.

No documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (21), a PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo os generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército), o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres — pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A PF aponta Bolsonaro como o “líder” da organização criminosa, cujo objetivo era mantê-lo no poder.

O relatório também indica que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, em 2022. Além de mensagens de celular, vídeos, gravações e depoimentos da delação premiada do tenente-coronel Cid, há uma minuta de um decreto golpista que, de acordo com a PF, foi redigida e ajustada por Bolsonaro.

Fonte: GZH

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Política

Ex-presidente Michel Temer elogia pacote do governo e afirma que o ministro da Fazenda é uma grata surpresa

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-presidente da República Michel Temer elogiou nesta segunda-feira (25), durante uma conversa com jornalistas após participar de um evento da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o pacote de cortes de gastos que o governo Lula está prestes a anunciar.

“É um bom projeto, acredito que cortar gastos é sempre benéfico. Ao estabelecer um teto para os gastos públicos, você reduz a dívida pública e, consequentemente, os juros. Quando você paga juros, isso não traz nenhuma utilidade. Por outro lado, ao reduzir a dívida pública, os juros diminuem, trazendo vantagens para o País”, afirmou Temer.

O ex-presidente também comentou que a economia está indo razoavelmente bem e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se mostrado uma agradável surpresa. No entanto, ponderou que o governo Lula precisa indicar claramente suas intenções para os próximos dois anos de mandato, a fim de proporcionar tranquilidade e segurança social.

“Acho que a economia está indo razoavelmente bem, e Haddad, nesse sentido, é uma agradável surpresa. No entanto, o que a população realmente deseja é saber quais serão as ações principais de um governo de quatro anos ao longo do tempo. Isso proporciona uma certa tranquilidade e segurança social. Acredito que seria útil se isso ainda fosse feito”, disse Temer.

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