Tecnologia
Bill Gates avança com projeto nuclear destinado a revolucionar a geração de energia

Bill Gates e sua empresa de energia, TerraPower, iniciaram a construção de uma usina nuclear de última geração em Wyoming, que promete revolucionar a geração de energia.
Gates esteve na pequena comunidade de Kemmerer na segunda-feira, 10, para marcar o início da construção. O cofundador da Microsoft é presidente da TerraPower, que solicitou à Comissão Reguladora Nuclear (NRC) em março uma licença de construção para um reator nuclear avançado que utiliza sódio, e não água, para resfriamento. Se aprovado, o reator funcionará como uma usina nuclear comercial.
O local escolhido fica ao lado da Usina Elétrica Naughton, da PacifiCorp, que deixará de queimar carvão em 2026 e gás natural uma década depois. Os reatores nucleares operam sem emitir gases de efeito estufa, e a PacifiCorp planeja obter energia livre de carbono do reator, avaliando a quantidade de energia nuclear a ser incluída em seu planejamento de longo prazo.
O trabalho iniciado visa preparar o local para que a TerraPower possa construir o reator rapidamente, caso a licença seja aprovada. Atualmente, a Rússia lidera o desenvolvimento de reatores resfriados a sódio.
Durante a cerimônia de abertura, Gates disse que estavam “pisando no que em breve será o alicerce do futuro energético dos Estados Unidos”. Ele destacou que este é um grande passo em direção a uma energia segura, abundante e sem carbono, crucial para o futuro do país.
Os reatores avançados usam um líquido de resfriamento diferente da água e operam em pressões mais baixas e temperaturas mais altas. Essa tecnologia existe há décadas, mas os EUA continuaram a construir grandes reatores convencionais resfriados a água. O projeto em Wyoming é o primeiro em cerca de quatro décadas a tentar colocar um reator avançado em funcionamento como uma usina comercial nos Estados Unidos, segundo a NRC.
Chris Levesque, presidente e CEO da TerraPower, destacou a necessidade de mudar para tecnologia nuclear avançada, que utiliza modelos computacionais e de física mais recentes para criar usinas mais simples, baratas, seguras e eficientes.
O projeto de demonstração do Natrium da TerraPower é um reator rápido resfriado a sódio com um sistema de armazenamento de energia de sal fundido. Levesque afirmou que o setor tradicionalmente não tem inovado, mas a demanda por eletricidade e a necessidade de resolver os problemas de custo com a energia nuclear atual fazem da inovação uma prioridade.
Recentemente, uma empresa de serviços públicos da Geórgia concluiu os dois primeiros reatores americanos construídos do zero em uma geração, a um custo de quase US$ 35 bilhões. O projeto TerraPower deve custar até US$ 4 bilhões, metade dos quais provenientes do Departamento de Energia dos EUA. Levesque explicou que esse valor inclui custos inéditos de projeto e licenciamento, de modo que os futuros reatores custarão menos.
A maioria dos reatores nucleares avançados em desenvolvimento nos EUA depende de um tipo de combustível conhecido como urânio de baixo enriquecimento de alto teor, que possui uma maior porcentagem de urânio-235 do que o combustível usado em reatores convencionais. A TerraPower adiou a data de lançamento em Wyoming para 2030 porque a Rússia é o único fornecedor comercial desse combustível, e a empresa está trabalhando com outras para desenvolver suprimentos alternativos. O Departamento de Energia dos EUA também está desenvolvendo esse combustível internamente.
Edwin Lyman, coautor de um artigo na Science, levantou preocupações sobre o uso desse combustível para armas nucleares. Lyman, diretor de segurança de energia nuclear da Union of Concerned Scientists, destacou que o risco é atualmente pequeno, mas aumentará se os reatores avançados exigirem quantidades maiores de combustível. Ele espera que a conscientização sobre o perigo leve a um reforço da segurança internacional em torno do combustível.
O porta-voz da NRC, Scott Burnell, afirmou que a agência está confiante de que seus requisitos atuais manterão a segurança de todos os reatores construídos e de seu combustível.
Gates cofundou a TerraPower em 2008 para impulsionar a energia nuclear avançada e fornecer energia segura, abundante e livre de carbono. O reator de 345 megawatts (MW) da empresa pode gerar até 500 MW em seu pico, suficiente para abastecer até 400 mil residências. Inicialmente, os reatores fornecerão eletricidade, mas a TerraPower prevê que futuros reatores possam ser construídos perto de plantas industriais para fornecer calor elevado, substituindo os combustíveis fósseis usados atualmente.
O calor de reatores avançados poderia ser usado para produzir hidrogênio, produtos petroquímicos, amônia e fertilizantes, explicou John Kotek, do Nuclear Energy Institute. Ele destacou a importância do investimento de Gates, um defensor do clima, na energia nuclear para enfrentar a crise climática. Isso tem ajudado a abrir os olhos das pessoas para o papel vital que a energia nuclear pode desempenhar no futuro.
Há um grande impulso para a construção de novas usinas nucleares nos EUA e para o uso de uma gama mais ampla de tecnologias nucleares do que vimos em décadas, concluiu Kotek.
Fonte: Terra
Tecnologia
Justiça do Trabalho gaúcha registra aumento no número de ataques hackers

O TRT4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região), com sede em Porto Alegre, registrou um aumento significativo no número de ataques cibernéticos efetivos – aqueles que geram algum impacto nos sistemas – entre 2022 e 2024.
Enquanto 12 incidentes foram contabilizados em 2022 e 13 em 2023, o número saltou para 19 em 2024. No entanto, o diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações da Corte, André Farias, ressaltou que o volume de tentativas de ataques virtuais registrado diariamente é muito maior.
“Centenas de milhares de tentativas de ações maliciosas são registradas todos os dias, 24 horas por dia, todas devidamente bloqueadas pelos sistemas de segurança da informação”, afirmou Farias.
“O número, a complexidade e o poder danoso dos ataques têm aumentado cada vez mais ao longo dos anos”, disse o diretor, destacando a importância de manter sistemas robustos e atualizados para conter essas ameaças.
Somente entre 11 e 21 de novembro de 2024, os sistemas do tribunal bloquearam um robô (programa automatizado) que disparou 183 milhões de requisições ao sistema PJe (Processo Judicial Eletrônico). Frente ao avanço dos ataques hackers, o TRT4 tem intensificado a sua defesa cibernética.
Os ataques hackers mais frequentes enfrentados pela Justiça do Trabalho gaúcha são varreduras de rede, phishing e negação de serviço distribuído (DDoS, na sigla em inglês).
As varreduras de rede tentam identificar vulnerabilidades nos sistemas para futuras explorações. O phishing busca capturar credenciais de usuários ou induzi-los a executar programas maliciosos (softwares prejudiciais). Já os ataques DDoS visam sobrecarregar os sistemas e indisponibilizar o acesso a serviços digitais, como o PJe e o site do TRT4.
A origem dos ataques, muitas vezes, é mascarada por meio de técnicas que dificultam a identificação dos agressores. Contudo, investigações apontaram ações de organizações criminosas internacionais altamente especializadas.
Fonte: O Sul.
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