Argentina: da riqueza à crise, a história de um país que perdeu o rumo
Connect with us

Mundo

Argentina: da riqueza à crise, a história de um país que perdeu o rumo

Publicado

em

portal plural argentina

FAST AÇAÍNuvera15 topo humberto plural

“A Argentina começou o século 20 como o país mais rico do mundo e hoje tem 40% de pobres e 10% de indigentes.”

 

Esta frase, repetida diversas vezes durante a campanha presidencial pelo economista “libertário” Javier Milei – que disputará o segundo turno no domingo (19/11) contra o governista Sergio Massa – reproduz um conceito que está impregnado no subconsciente dos argentinos: esta nação, submersa há décadas em sucessivas crises econômicas, já soube ser uma superpotência.

Vários apelidos remetem a esse passado glorioso. O mais famoso é “celeiro do mundo”, uma referência ao poderoso modelo agroexportador que enriqueceu a Argentina há um século e hoje continua a ser o seu principal suporte econômico.

Há também “a Paris da América do Sul”, uma alusão à arquitetura de estilo europeu da capital argentina, hoje em desarmonia com a realidade de um país onde 56% das crianças são pobres.

“A Argentina pode voltar a ser uma potência mundial”, afirma repetidamente o economista ultraliberal.

“Se aplicarmos todas as reformas pró-mercado, nos primeiros 15 anos poderemos parecer com a Itália ou a França; em 20 anos como a Alemanha; em 35 anos como os Estados Unidos”, diz ele.

Ele não é o primeiro político a entusiasmar eleitores com promessas de volta a esse passado próspero.

O ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) – cujo campo político foi representado nestas eleições pela candidata Patricia Bullrich – propôs na época transformar a Argentina numa “nova Austrália”, um país que na primeira parte do século XX teve uma trajetória econômica semelhante à Argentina, mas que conseguiu se manter no caminho do desenvolvimento, algo que muitos argentinos tomam como exemplo do que sua nação deveria ter feito.

Mas será que a Argentina era realmente o país mais rico do mundo?

E como passou de uma das nações mais prósperas a um dos países com a maior inflação do planeta?

Número 1?

Comparar a riqueza de diferentes países é tarefa complexa, mas a maioria dos especialistas considera que a melhor forma de fazê-lo é medir o Produto Interno Bruto por habitante (PIB per capita, ou PIBpc).

Dado que o PIB dos países periféricos, como a Argentina, só começou a ser medido oficialmente em meados do século 20, informações anteriores a esse período devem ser vistas com cautela.

No entanto, economistas de várias ideologias concordam que a fonte mais confiável é a base de dados do Projeto Maddison, que usa diferentes estatísticas econômicas históricas para estimar o PIBpc no passado.

Em 2018, esta série estatística – criada pelo economista britânico Angus Maddison e mantida, até hoje, pela Universidade de Groningen, na Holanda – estimou que a Argentina foi o país mais rico do mundo em 1896, e que permaneceu entre os mais ricos nas primeiras décadas do século XX.

No entanto, a metodologia utilizada foi questionada por muitos historiadores econômicos, levando à publicação de uma nova série estatística em 2020 que tirou o troféu de número 1 do país sul-americano, relegando-o para o sexto lugar em 1896.

De qualquer forma, esta edição – que ainda é a mais atual – confirma que a Argentina começou o século XX como uma das nações mais ricas do mundo, uma prosperidade que a levou a estar no “top 10” das nações ricas até a Primeira Guerra Mundial (1914-18).

A partir daí, o país declinaria até atingir o atual 66º lugar.

Quão rica foi a Argentina?

Em 1913, antes do início da Primeira Guerra, o PIBpc da Argentina era de US$ 6.052 (a preços em dólares de 2011), segundo cálculos do Projeto Maddison.

Isso era menos que o PIBpc dos Estados Unidos (US$ 10.108), do Reino Unido (US$ 8.212) e da Austrália (US$ 8.220).

Mas era o dobro da Espanha (US$ 3.067), da qual se tornou independente há quase um século, e superior à da Alemanha (US$ 5.815), da França (US$ 5.555) e da Itália (US$ 4.057), entre outras nações europeias.

Foi também muito superior ao rendimento dos países asiáticos que hoje dominam a economia, como a China (US$ 985) e o Japão (US$ 2.431).

E este não era um fenômeno regional, como mostram os índices dos seus vizinhos e de outros países latino-americanos como o Uruguai (US$ 4.838 ), o Chile (US$ 4.836), o México (US$ 2.004) e o Brasil (US$ 1.046).

Então, quando foi que a Argentina começou a perder seu lugar privilegiado no mundo e por quê?

“100 anos de decadência”

Se observarmos como o PIB por habitante evoluiu no mundo no século passado, veremos que a posição da Argentina no ranking mundial tem caído constantemente ao longo dos últimos cem anos.

Embora a riqueza de todos os países – incluindo a Argentina – tenha aumentado ao longo do tempo, a nação sul-americana começou o século XX com a renda de um país rico e aos poucos foi ficando cada vez mais relegada na tabela internacional.

Muitos chamam o fenômeno de “os 100 anos de declínio argentino” e afirmam que este é o único exemplo no mundo de um país que passou de desenvolvido a em desenvolvimento.

Alguns até usam o caso argentino para ensinar o que não fazer.

Isto foi feito pela revista britânica The Economist, que em 2014 publicou uma famosa reportagem de capa intitulada “A Parábola da Argentina”, na qual explicava “o que outros países podem aprender com um século de declínio”.

O artigo apontava claramente um culpado pela queda: o peronismo, o movimento político fundado por Juan Domingo Perón e sua esposa, Eva Duarte (a famosa “Evita”), que desde 1946 foi principal força a governar a Argentina.

Segundo a revista, o peronismo gerou “uma sucessão de populistas economicamente analfabetos” que levaram a Argentina “à ruína”.

Esta é uma opinião amplamente difundida entre setores liberais do país sul-americano.

Mas será verdade?

O peronismo

O economista Fausto Spotorno é vice-presidente da Fundação Norte e Sul, dedicada a questões de desenvolvimento, e compilou as estatísticas econômicas da Argentina desde sua fundação em 1810 até 2018.

Spotorno disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que “os dados mostram que o crescimento econômico argentino começou a desacelerar a partir de 1930”, quando o país sofreu um duplo golpe: os impactos da crise internacional, devido à quebra da bolsa de Wall Street, e seu primeiro golpe de Estado militar.

No entanto, ele observou: “Fica claro pelos números que as coisas começaram a ficar complicadas depois do peronismo”.

“A Argentina se assemelhava a uma economia desenvolvida, em termos de padrão de vida, renda per capita e taxa de crescimento, até 1946”, explicou. Ou seja: até a chegada de Perón.

“É aí que a inflação começa a aparecer”, disse ele, referindo-se ao problema mais persistente enfrentado pela Argentina.

Embora o país já tivesse tido aumentos de preços antes, esclareceu, a partir desse momento eles subiram para além de 20% pela primeira vez.

E por que a inflação começou a subir?

“Porque os gastos aumentaram muito”, explicou o economista, que destacou que “a Argentina tinha gastos públicos de 8,5% do PIB e na segunda metade da década de 1940 isso aumentou para 12%”.

No entanto, Spotorno esclareceu que muitos dos problemas que Perón enfrentou surgiram antes da sua chegada e foram agravados pelo contexto internacional desfavorável que a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) trouxe.

Os países europeus para os quais a Argentina exportava produtos de sua agricultura atrasaram pagamentos, afirmou. E o país, que durante décadas teve um superávit primário – isto é, mais receitas do que despesas – “começou a ter um deficit na década de 1940”.

Este rombo não poderia ser resolvido – como fizeram os governos anteriores – com empréstimos externos, também por causa da guerra, disse o especialista.

Mas estas limitações não frearam Perón, que, apesar do contexto, aumentou drasticamente os gastos sociais.

“A Argentina aumentou as despesas sem poder financiá-las”, disse Spotorno.

“Perón nacionalizou o Banco Central para poder imprimir dinheiro, o que desencadeou a inflação.”

Esse problema (gastar mais do que se tem) foi piorando a cada governo posterior, explicou o economista.

E as soluções adotadas por todos – seja emitindo mais dinheiro ou solicitando mais empréstimos – foram o que levou a Argentina a se tornar um dos países com mais inflação e mais incumprimentos (ou cessação de pagamentos de dívidas – os famosos calotes) do mundo.

Os militares

Mas muitos também dizem que seria injusto dizer que a Argentina “perdeu o rumo” por causa do peronismo.

Afinal, as potências com as quais o país conviveu no início do século se beneficiaram pelo Plano Marshall, que depois da Segunda Guerra lhes permitiu regressar ao caminho do desenvolvimento.

Em contraposição, a Argentina, que demorou a declarar guerra à Alemanha e ao Japão, foi excluída dos mercados europeus.

Quanto à inflação, economistas lembram que Perón conseguiu reduzi-la para menos de 4% antes de ser derrubado por um golpe de Estado em 1955.

E observam que, depois desse acontecimento, o peronismo foi banido por mais de 18 anos.

Acadêmicos como Eugenio Díaz Bonilla, economista e professor da Universidade George Washington, destacam que se compararmos a trajetória econômica da Argentina com a da Austrália – que sofreu os mesmos ataques internacionais e não foi incluída no Plano Marshall – pode-se perceber que o verdadeiro colapso do país sul-americano não teria ocorrido com a ascensão do peronismo, mas décadas depois, com a chegada do último regime militar, que aplicou políticas neoliberais.

“Se compararmos os dois países tomando como referência a distância em relação à renda per capita dos Estados Unidos, vemos que a relação permanece entre 1900 e 1975. A mudança ocorreu com o golpe de 1976”, disse Díaz Bonilla à BBC Mundo após a polêmica gerada pela revista The Economist.

O historiador argentino Ezequiel Adamovsky concluiu o mesmo.

“Nos trinta anos após 1945, a Argentina dobrou sua renda per capita e expandiu seu PIB a taxas superiores às dos Estados Unidos e também às do Reino Unido, Austrália ou Nova Zelândia (embora tenha sido superada pelos de alguns países europeus)”, observou numa coluna de opinião no jornal El Diario AR.

“Com todos os seus problemas, a economia argentina crescia a um ritmo mais rápido do que o das principais potências ocidentais”, observou.

“Só em 1975 é que a economia local sofreu um declínio abrupto e perdeu terreno em comparação não só com os países mais avançados, mas praticamente com o mundo inteiro. Desde 1975, sim, pode-se dizer que o país sofreu um declínio”, escreveu ele, em referência a um período marcado pela crise de hiperinflação.

Um problema de base

Mas há algo com que analistas de várias ideologias concordam: para além das falhas de governos específicos, o problema subjacente que afetou a Argentina é uma instabilidade institucional que levou a seis golpes de Estado no século XX.

Neste ano, o país está comemorando, pela primeira vez, 40 anos ininterruptos de democracia.

Uma pesquisa conduzida pelo professor de economia da Universidade de Liubliana, Rok Spruk, destacou que esta fraqueza existe desde o início.

“Em comparação com EUA, Canadá e Austrália, a Argentina nunca completou a transição para uma democracia aberta sustentada pelo Estado Democrático de Direito”, escreveu Rok num artigo intitulado “The Rise and Fall of Argentina” (A ascensão e queda da Argentina, em tradução direta), publicado em 2019 na revista Latin American Economic Review.

“Quando os militares quebraram formalmente a ordem constitucional em 1930, a Argentina embarcou no caminho do desenvolvimento institucional instável e das frequentes transições de idas e vindas entre ditadura e democracia.”

“Em vez de embarcar no caminho do desenvolvimento institucional sustentado, a Argentina sofreu uma fraude eleitoral tumultuada com uma quase erosão do sistema de freios e contrapesos que precipitou a ascensão de líderes populistas”.

Spotorno diz que esta instabilidade democrática fez com que a Argentina perdesse a atratividade que tinha no final do século XIX e início do XX.

“Se há um golpe de Estado volta e meia e as instituições são violadas, obviamente os investimentos começam a bambear”, disse ele.

Para o economista, a Argentina começou a sofrer um declínio “quando duas coisas deixaram de ser respeitadas: as instituições e a relação básica entre receitas e despesas do Estado”.

“A falta de instituições permitiu que os governos procurassem sempre atalhos, em vez de fazerem as coisas direito, e isso culminou em sucessivas crises fiscais.”

“O país viveu um momento de ordem, entre 1860 e 1930, onde todos estavam concentrados no mesmo lado”, resume. “Depois disso, tudo se resumia a encontrar atalhos e gastos excessivos.”

Como um pêndulo

Há outro fator que vários especialistas destacam e que ajuda a compreender a dificuldade que a Argentina teve em decolar economicamente no último século.

O país não tem sido apenas um pêndulo político, oscilando entre democracias e governos autoritários.

Também tem ido e vindo com as suas políticas econômicas, saltando – sem parar – do nacionalismo ao neoliberalismo, do protecionismo ao mercado livre, da ortodoxia à heterodoxia… em um vaivém interminável que ocorreu mesmo em diferentes governos do mesmo partido.

As pesquisadoras Valeria Arza e Wendy Brau, do Centro de Pesquisas da Transformação (Cenit), analisaram em 2021 “o pêndulo argentino em números” – ou seja, quantas vezes a política econômica oscilou – e constataram que nas seis décadas entre 1955 e 2018 houve houve mais de 30 mudanças de rumo, das quais 16 foram “mudanças radicais”.

Também revelaram outras evidências da falta de continuidade da política econômica argentina: “em média, os ministros da economia duraram 13 meses no cargo” durante esse período.

“A característica dominante da política econômica é a oscilação extrema”, resumiu Adamovsky na revista Anfibia.

Fonte: BBC

Compartilhe

Geral

Justiça dos Estados Unidos decide devolver para o Brasil esmeralda de 380 kg descoberta na Bahia

Publicado

em

portal plural justiça dos eua determina que esmeralda de quase 380 kg encontrada na bahia seja devolvida ao brasil
Foto: Andrew Spielberger/AP
15 topo humberto pluralNuveraFAST AÇAÍ

Após anos de disputa judicial, a Justiça dos Estados Unidos atendeu, na quinta-feira (21), ao pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para a repatriação da Esmeralda Bahia. A pedra, encontrada em 2001 em Pindobaçu, na Bahia, pesa cerca de 380 kg e é considerada um tesouro nacional. A esmeralda foi retirada ilegalmente do Brasil e comercializada nos EUA, conforme a Advocacia-Geral da União (AGU).

O juiz Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, acatou o argumento brasileiro de que a pedra foi extraída e exportada de maneira ilícita. Walton determinou que o Departamento de Justiça dos EUA protocole a decisão final de repatriação até 6 de dezembro.

Ainda há possibilidade de recurso, o que pode resultar na suspensão temporária da repatriação até nova decisão judicial americana. Atualmente, a esmeralda está sob a custódia da Polícia de Los Angeles, na Califórnia.

A decisão foi celebrada por autoridades brasileiras, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias, que destacou a importância cultural da Esmeralda Bahia. “Mais do que um bem patrimonial, ela é um bem cultural brasileiro, que será incorporado ao nosso Museu Geológico”, afirmou Messias.

A pedra foi retirada do Brasil sem autorização e enviada aos EUA com documentos falsificados, conforme alegado pela AGU. Em 2017, a Justiça Federal de Campinas condenou dois empresários pelo envio ilegal da esmeralda aos EUA, além de determinar que a União fizesse jus à posse da pedra.

A ação para repatriar a esmeralda teve início com um pedido de cooperação jurídica internacional da AGU e do Ministério Público Federal (MPF), transmitido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e também contou com o apoio do Departamento de Justiça dos EUA. Desde 2015, a AGU tem trabalhado para garantir o cumprimento da decisão judicial que ordena a devolução da pedra ao Brasil.

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Mundo

Texas oferece terras para Trump construir instalações de deportação

Publicado

em

portal plural texas oferece terras para trump construir instalações de deportação
Foto: Reprodução
15 topo humberto pluralFAST AÇAÍNuvera

As autoridades do Texas disponibilizaram 1.400 acres de terra para o presidente eleito Donald Trump, visando a potencial construção de instalações de deportação. A comissária de Terras do Texas, Dawn Buckingham, enviou uma carta mencionando que o Estado adquiriu recentemente terrenos no condado de Starr, perto da cidade de Rio Grande, ao longo da fronteira.

Buckingham afirmou que seu escritório está “totalmente preparado” para firmar um acordo com agências federais e construir uma instalação destinada ao processamento, detenção e deportação de criminosos violentos, prometendo ser a maior operação do tipo na história do país.

Trump, durante sua campanha, destacou a deportação em massa como uma de suas principais metas, prometendo combater a imigração ilegal. Segundo Buckingham, o antigo proprietário das terras havia impedido a construção de um muro fronteiriço e bloqueado o acesso das autoridades. Agora, com a posse do Estado sobre o terreno, Buckingham declarou que a construção do muro será iniciada.

“Como Comissária de Terras do Texas, minha promessa aos texanos é usar todas as ferramentas disponíveis para obter controle operacional total da nossa fronteira sul”, escreveu Buckingham. Ela ofereceu os 1.400 acres ao presidente eleito Trump para auxiliar em seus planos de deportação, priorizando a segurança e o bem-estar dos americanos.

Em uma entrevista à Fox News, o governador Greg Abbott foi questionado sobre a oferta de terras e outras medidas do Texas para combater a imigração ilegal. Abbott afirmou que o Texas continuará seus esforços para impedir a entrada ilegal no estado e criticou a administração do presidente Joe Biden por “marginalizar” a agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE). Abbott assegurou que, sob Trump, o ICE retomará suas atividades de campo e advertiu que imigrantes ilegais estariam “sujeitos a deportação”.

Consequências Econômicas

Líderes empresariais dos Estados Unidos estão preocupados com a promessa de Trump de deportar milhões de trabalhadores ilegais, temendo escassez de mão de obra que poderia fechar restaurantes, paralisar fazendas e pequenas empresas, além de aumentar os preços. Produtores de alimentos, manufaturas e hotéis estão contratando advogados para auditar a situação de seus trabalhadores e treinando funcionários para lidar com possíveis visitas surpresa de autoridades de imigração antes da posse de Trump.

Amy Peck, advogada de imigração da Jackson Lewis, comentou: “As pessoas estão preocupadas com o preço dos alimentos agora? Espere até [os produtores de alimentos] não conseguirem trabalhadores”. Segundo o Centro de Estudos de Migração, os EUA tinham cerca de 11,7 milhões de pessoas em situação ilegal no ano passado. Trabalhadores estrangeiros representavam 18,6% da força de trabalho em 2023, conforme o departamento de trabalho, embora não houvesse uma definição clara sobre o status de imigração desses trabalhadores.

Fonte: O Sul

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Geral

Pesquisadores desenvolvem método para transformar plásticos em sabão e detergente

Publicado

em

portal plural pesquisadores desenvolvem método para transformar plásticos em sabão e detergente
Foto: Lusa
15 topo humberto pluralFAST AÇAÍNuvera

Uma equipe de pesquisadores da Virginia Tech, nos Estados Unidos, descobriu uma abordagem inovadora para transformar certos tipos de plástico em produtos como sabões, detergentes, lubrificantes, entre outros. A pesquisa, conduzida ao longo de cinco anos, pode representar um avanço importante na luta contra a poluição plástica.

Liderado pelo professor Greg Liu, do Departamento de Química do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia, o estudo foi publicado na revista científica Nature Sustainability e anunciado pela agência Europa Press. O método desenvolvido pelos cientistas envolve duas etapas principais. Na primeira, ocorre a termólise, um processo de decomposição térmica em que os plásticos são aquecidos em um reator especializado a temperaturas entre 340°C e 400°C.  Durante o aquecimento, o plástico se decompõe em uma mistura de petróleo, gás e resíduos sólidos mínimos. O gás gerado pode ser reutilizado como combustível, enquanto o petróleo é transformado quimicamente para produzir novos produtos, como sabões, detergentes e lubrificantes.

O processo, que leva menos de um dia, é altamente sustentável, com quase zero emissões de poluentes atmosféricos, o que o torna uma solução promissora para o problema global da poluição por plásticos.

Embora o método tenha sido bem-sucedido em laboratório, Liu reconhece que o próximo passo será o mais desafiador: expandir a tecnologia para torná-la economicamente viável. O pesquisador busca financiamento para construir um reator em escala contínua, seja em seu laboratório ou em parceria com empresas privadas. Ele está focado em reduzir ainda mais os riscos associados ao processo para atrair o interesse do setor privado e facilitar sua adoção em larga escala.

Fonte: Notícias ao minuto

 

Compartilhe
[mailpoet_form id="1"]
Continue Lendo

Compartilhe

[DISPLAY_ULTIMATE_SOCIAL_ICONS]

Trending

×

Entre em contato

×