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Saúde

Apresentação de estudo sobre uso do vermífugo em COVID-19 se mostra eficaz na fase precose

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O governo federal apresentou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 19, resultados de um estudo clínico sobre o uso do vermífugo nitazoxanida na fase precoce da covid-19. O Ministério da Ciência e Tecnologia diz que os testes mostraram eficácia do produto, mas a pesquisa não foi divulgada. Na apresentação, em evento com o presidente Jair Bolsonaro e ministros do primeiro escalão, um gráfico usado no material promocional não tem base em dados reais. A fonte da animação de um gráfico em barras decrescente genérico é um banco de imagens

É possível ver o momento que o gráfico é usado a partir dos 26 minutos no vídeo que está no ar no canal oficial do próprio Planalto. “A missão dada pelo governo federal ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações foi cumprida. E o resultado comprovou de forma científica a eficácia do medicamento na redução da carga viral na fase precoce da doença”, diz o narrador no trecho da gravação em que o gráfico fraudado é usado

O gráfico em movimento está disponível no banco de imagens Shutterstock pelo ID 1054927550. Procurado pela reportagem, o ministério apenas enviou uma cópia do discurso feito no evento pela coordenadora do estudo, a professora da Universidade Federal do Rio (UFRJ) Patrícia Rocco, que não menciona o gráfico

“Temos um medicamento que é comprovado cientificamente capaz de reduzir a carga viral”, disse o ministro da Ciência, Marcos Pontes. “Estamos anunciando algo que vai começar a mudar a história da pandemia”, disse.

Coordenadora da pesquisa promete publicação em revista científica

Patrícia Rocco disse que o estudo ainda será publicado em uma revista científica. “Infelizmente, nesse momento não poderei relatar mais detalhe sobre o estudo já que ele foi submetido à uma revista internacional e isso faria com que perdêssemos o ineditismo, limitando a publicação. Entretanto, no Brasil continuam morrendo em torno de 500 indivíduos por dia”, disse.

Rocco afirmou que a pesquisa foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também aos conselhos de ética de cada unidade hospitalar onde o estudo foi feito. No comunicado à imprensa do ministério, é afirmado que as pesquisas com a nitazoxanida se basearam em um estudo do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, organização vinculada ao ministério. Segundo o governo, a nitaxozanida foi o fármaco que apresentou a melhor capacidade de inibir a carga viral da covid-19 nesse estudo.

Segundo Patrícia, foram 1.575 voluntários. Foram admitidos os que tinham até três dias de sintomas da covid-19. Parte dos pacientes receberam doses de 500 miligramas do medicamento, três vezes ao dia, por cinco dias. Outro grupo recebeu placebos – um “falso remédio” sem qualquer efeito. Segundo o governo, o estudo foi conduzido em centros de saúde de sete cidades, São Caetano, Barueri, Sorocaba, Bauru, Guarulhos, Brasília e Juiz de Fora (MG). Pontes disse que o medicamento não pode ser usado de forma profilática, ou seja, para prevenir a doença.

O ministro afirmou ainda que ele mesmo foi voluntário nos testes Ele divulgou ter contraído a covid-19 no final de julho. A iniciativa faz parte das ações da RedeVírus, comitê formado por pesquisadores da saúde criado pela pasta em fevereiro deste ano.

FONTE CONTEUDO ESTADÃO
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Geral

A falta de sexo pode prejudicar a saúde?

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Foto: Divulgação
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A falta de sexo pode ocorrer por diversos motivos, como ausência de interesse sexual ou libido, falta de oportunidade ou por escolha própria. Considerando que o sexo traz vários benefícios para a saúde, comprovados cientificamente, será que a abstinência sexual poderia causar impactos negativos no corpo e na mente?

“O sexo faz parte das relações humanas e é superimportante para a saúde física e emocional. Durante a relação sexual, o corpo libera endorfinas essenciais para o controle do estresse, para o relaxamento, além de melhorar o humor e fortalecer o sistema imunológico”, afirma a ginecologista e sexóloga Carolina Dalboni.

A especialista explica que há diversos estudos mostrando a relação entre a atividade sexual contínua e o fortalecimento do sistema imunológico, devido aos estímulos sensoriais que a prática oferece ao corpo. “Além disso, o sexo fortalece a relação interpessoal e a conexão com o parceiro. Para a saúde mental, principalmente, o sexo saudável é de extrema importância”, completa Dalboni.

Quando ocorre o orgasmo durante o sexo, os benefícios podem ser ainda maiores. Segundo Tamara W. Zanotelli, sexóloga e terapeuta sexual, o clímax pode ajudar no relaxamento e promover um sono reparador. “Durante a atividade sexual, o corpo libera hormônios como endorfina e serotonina, que geram sensações de prazer e relaxamento, resultando em um grande bem-estar”, afirma Zanotelli.

É fundamental lembrar que os benefícios do sexo são obtidos por meio de uma relação consensual e saudável.

Efeitos da falta de sexo no corpo

Se o sexo traz tantos benefícios para a saúde, faz sentido pensar que sua falta traria efeitos negativos? Não necessariamente. Segundo Zanotelli, os efeitos não são os mesmos para todas as pessoas. “Algumas pessoas não sentem nenhum impacto negativo na saúde mental devido à falta de sexo, isso pode acontecer”, afirma a sexóloga.

Se a abstinência sexual for uma escolha pessoal, é provável que não haja efeitos negativos na saúde mental. No entanto, em outras situações, pode haver impactos negativos.

“Alguns estudos indicam que jovens que ficam de 20 a 30 dias sem sexo podem experimentar irritabilidade, nervosismo e ansiedade”, afirma Dalboni. “Algumas pessoas também podem sentir frustração significativa, que pode levar à depressão e à raiva. Por isso, a liberação de substâncias relaxantes durante o sexo é importante”, acrescenta.

Além disso, em relacionamentos sérios e casamentos, a falta de sexo pode gerar problemas de conexão entre os parceiros. “A atividade sexual é uma parte importante do vínculo emocional. A ausência de sexo pode levar à sensação de desconexão, insatisfação e diminuição da intimidade no casal, além de impactar negativamente a autoestima”, completa Zanotelli.

Saúde física

A abstinência sexual também pode trazer efeitos negativos para a saúde física, segundo estudos. “Alguns artigos sugerem que homens que ficam sem ejacular por muito tempo têm mais chances de desenvolver câncer de próstata. Também pode haver diminuição da vasodilatação e, em alguns casos, atrofia vaginal, ou seja, encurtamento da vagina”, afirma Dalboni.

Fonte: CNN Brasil

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Geral

Como o cérebro se comporta quando estamos doentes

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GETTY IMAGES
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Quando somos avisados de que vamos pegar uma gripe, geralmente pensamos nos sintomas físicos: dores musculares, tosse e febre. No entanto, o que realmente nos afeta é o cansaço extremo, a apatia, a irritabilidade e aquela névoa mental que parece interminável.

Esse conjunto de sintomas é conhecido como comportamento de doença, e embora seja desagradável, desempenha um papel importante.

Comportamento de doença

Os sintomas que surgem durante uma infecção viral ou bacteriana não são apenas efeitos colaterais da doença, mas têm uma função benéfica: eles ajudam a direcionar a energia do corpo para combater os patógenos invasores. Em outras palavras, sentimos mal para eventualmente ficar bem.

No entanto, o comportamento de doença pode se tornar um efeito colateral indesejado em pacientes com câncer ou doenças autoimunes. Essas pessoas frequentemente recebem tratamentos com interferons, moléculas imunológicas produzidas pelas células do sistema imunológico durante uma infecção. O uso terapêutico desses interferons pode provocar sintomas desconfortáveis.

A barreira hematoencefálica

Para entender como a doença afeta a função cerebral e o estado mental, precisamos conhecer a barreira hematoencefálica, uma estrutura complexa que protege as células do cérebro. Essa barreira bloqueia a entrada da maioria dos patógenos e moléculas imunológicas no cérebro. No entanto, mecanismos específicos permitem que certos mensageiros atravessem a barreira e influenciem o comportamento.

O que os camundongos revelam

Para investigar como uma infecção pode levar ao comportamento de doença, pesquisadores alemães expuseram camundongos a um vírus que causa uma infecção breve. Eles então avaliaram os efeitos do patógeno no comportamento dos roedores usando um teste padrão para depressão, o labirinto aquático de Morris. Neste teste, os camundongos devem nadar em um recipiente com água até encontrar uma plataforma para sair. Camundongos saudáveis geralmente lutam para encontrar a plataforma, enquanto os deprimidos rapidamente desistem e começam a boiar. Os camundongos infectados passaram quase o dobro do tempo boiando, sugerindo que o vírus estava alterando seu comportamento e causando depressão visível.

Os pesquisadores identificaram que o vírus induzia a produção de interferon-β nos camundongos, o qual, por sua vez, estimulava receptores localizados na barreira hematoencefálica.

Genética e comportamento de doença

Para entender se esses receptores eram responsáveis pelo comportamento de doença, os pesquisadores compararam camundongos normais com aqueles geneticamente modificados para não possuir esses receptores. Ao ativar as mesmas respostas imunológicas nos dois grupos, os camundongos modificados encontraram a plataforma cerca de 50% mais rapidamente do que os normais, sugerindo que a ausência do receptor os tornava menos suscetíveis à depressão.

O papel da CXCL10 no cérebro

Os pesquisadores descobriram que, em resposta ao interferon-β, as células dos vasos sanguíneos produzem a CXCL10, uma molécula com atividade inflamatória conhecida por sua relação com a artrite reumatoide. Medições da atividade elétrica dos neurônios no hipocampo, uma área do cérebro que influencia memórias e emoções, mostraram que a CXCL10 alterava as respostas neuronais, reduzindo a capacidade de aprendizagem dos camundongos.

Esse estudo elucidou, em nível celular e eletrofisiológico, a base do comportamento de doença e abriu possibilidades para encontrar maneiras de mitigar esse comportamento em pacientes com câncer ou doenças autoimunes tratados com interferons.

Embora incômodos, os sintomas da doença não são sem propósito. Eles são uma parte vital da resposta do corpo às infecções, ajudando o sistema imunológico a focar no combate aos invasores.

Fonte: BCC News

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Geral

Pesquisa revela alterações cerebrais em pacientes com COVID longa semelhantes às do Alzheimer

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Foto: Divulgação
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Um estudo revelou que os comportamentos cognitivos observados em pacientes com COVID longa são semelhantes aos encontrados em pessoas com Alzheimer e outras demências. A pesquisa, conduzida pelo Centro Sanders-Brown sobre Envelhecimento da Universidade de Kentucky, buscou compreender a névoa cerebral, um dos sintomas persistentes da COVID-19.

A COVID longa dura entre dois e seis meses, em média, mas pacientes muito graves podem ter sequelas duradouras. A névoa cerebral inclui sinais como perda de memória, confusão mental e dificuldade de concentração, que podem perdurar por meses após a recuperação da infecção pelo coronavírus.

Segundo Yang Jiang, uma das autoras do estudo, a desaceleração e a alteração no comportamento cerebral em pacientes com COVID longa são semelhantes às observadas no Alzheimer e em demências relacionadas. A análise sugere que essas condições podem compartilhar mecanismos biológicos subjacentes, o que pode abrir caminhos para o estudo de novos tratamentos.

Tanto a COVID longa quanto a doença de Alzheimer envolvem neuroinflamação, ativação de células de suporte do cérebro chamadas astrócitos e atividade cerebral anormal, fatores que contribuem para deficiências cognitivas significativas.

O Papel dos Astrócitos

Um dos principais achados do estudo é o papel dos astrócitos, células de suporte do sistema nervoso que são menos estudadas do que os neurônios. A pesquisa sugere que a ativação ou o dano dessas células pela COVID-19 pode causar disfunções sinápticas, levando à atividade cerebral anormal.

Os pesquisadores acreditam que o trabalho pode ter um impacto direto no atendimento ao paciente. Para eles, o exame de eletroencefalografia (EEG) pode ajudar a prever os resultados de longo prazo em pacientes com COVID longa e avaliar a eficácia de tratamentos que previnam o declínio cognitivo.

Fonte: GZH

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