Política
Ao atacar erro de Campos Neto, Lula aumenta nervosismo e escala crise que prejudicará governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou a tensão com o Banco Central ao fazer críticas contundentes ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, em uma entrevista à rádio CBN. É inegável que Campos Neto errou ao aceitar participar de um jantar em sua homenagem promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, duas semanas atrás. Contudo, Lula, na posição de presidente da República, também comete um erro ao intensificar a crise às vésperas de uma das reuniões mais cruciais do Copom neste ano.
Lula afirmou que Campos Neto demonstra viés político e carece de autonomia, além de compará-lo a Sérgio Moro, o ex-juiz que agora é senador e foi seu adversário na Operação Lava Jato. Ele também sugeriu que Campos Neto estaria agindo para prejudicar o país, destacando que seria lamentável se a taxa Selic fosse mantida em 10,5% na reunião desta quarta-feira, 19.
Essas críticas poderiam ser apenas um ruído menor, não fosse o fato de que quatro diretores indicados por Lula votarão na decisão do Copom esta semana. As expectativas do mercado indicam que a Selic está prestes a parar de cair, e todos esperam uma decisão unânime para reparar as divisões evidenciadas na reunião de maio, quando esses mesmos diretores divergiram sobre um corte mais profundo de meio ponto percentual. Isso adicionou um componente político à política monetária e contribuiu para a significativa valorização do dólar frente ao real.
Além disso, Lula terá a oportunidade de indicar o próximo presidente do BC no final do ano, quando o mandato de Campos Neto se encerra. A percepção do mercado é que suas declarações sugerindo que o próximo presidente deve ser alguém “maduro” diminuem as chances de escolha de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do BC, que tem 42 anos. Essa declaração foi interpretada como uma tentativa de pressionar Galípolo a votar a favor de um corte na Selic – caso contrário, ele poderia perder essa nomeação.
Embora Lula tenha o direito de criticar as altas taxas de juros, como fizeram seus antecessores, ele erra ao sugerir que a política monetária deva se concentrar exclusivamente na inflação corrente. Desde a implementação do tripé macroeconômico em 1999, que funcionou bem durante seus dois primeiros mandatos, as metas de inflação e as expectativas são cruciais para manter os preços sob controle. No entanto, as expectativas estão aumentando, em grande parte devido à desconfiança de que o governo conseguirá restaurar os superávits primários para conter o crescimento da dívida pública.
Essa desconfiança já levou o dólar a subir 10% este ano, e a moeda provavelmente continuará sua escalada se o ajuste fiscal não ganhar força. Isso resultará em aumentos nos preços de alimentos, remédios importados e até mesmo nos produtos básicos, como mencionado pelo presidente. Os impactos recairão especialmente sobre os mais pobres.
No entanto, é inegável que Lula está se aproximando cada vez mais do discurso econômico de Dilma Rousseff. Ele se mostrou disposto a discutir todo o Orçamento, mas também expressou divergências conceituais sobre o que constitui despesa e investimento – uma área onde, argumenta-se, a definição deve estar nas mãos do presidente da República.
O presidente também criticou os altos gastos tributários no país, uma área que realmente está sob escrutínio e sujeita a medidas do Ministério da Fazenda. No entanto, a revisão dessas despesas pode aumentar a arrecadação do governo, enquanto o grande desafio fiscal reside no risco de ultrapassar o teto de gastos, estabelecido em 2,5% acima da inflação.
Portanto, o governo enfrenta um desafio significativo nessa agenda. As três principais despesas que crescem acima desse percentual são vinculadas ao salário mínimo, à Previdência e às regras de correção dos pisos de saúde e educação, ligadas às receitas governamentais.
Conforme reportado pelo Estadão, o Ministério da Fazenda já está desenvolvendo uma proposta que mantém o crescimento real dessas despesas dentro do teto de 2,5%, garantindo que todas as categorias cresçam no mesmo ritmo. Isso visa tornar sustentáveis políticas que protegem os mais pobres e garantem recursos para áreas cruciais como saúde e educação, ao invés de serem apenas medidas passageiras.
Fonte: Estadão
Economia
Lula sanciona com vetos projeto de renegociação das dívidas dos Estados com o governo federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, o projeto que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos Estados com o governo federal. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14).
Lula vetou trechos que, na visão do governo, geravam impacto no resultado primário das contas públicas, ou seja, na busca pelo equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos.
Esses trechos deverão ser analisados novamente pelo Congresso, que pode, se atingir um número mínimo de votos, restaurar as partes vetadas e incluí-las novamente no texto.
“A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos Estados, possibilitando a redução dos juros, o alongamento das dívidas e o uso de ativos para abatimento dos débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do País”, informou o governo.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado essa posição do governo. Segundo ele, mudanças feitas pelo Congresso no projeto original não contavam com o aval da equipe econômica.
O valor da dívida dos Estados, segundo o Tesouro Nacional, estava em quase R$ 800 bilhões no ano passado. A maior parte do montante se refere a quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O projeto recebeu o apoio do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará o cargo daqui a duas semanas. Minas Gerais, Estado que o elegeu, é um dos principais beneficiados pela renegociação das condições dessas dívidas. O Estado deve cerca de R$ 163 bilhões à União, segundo a Secretaria da Fazenda mineira.
O que prevê a nova lei
Pelas novas regras, os Estados poderão renegociar as dívidas com desconto nos juros e parcelamento em até 30 anos com a União. Para isso, terão que comprovar o atendimento a algumas regras de boa gestão. No atual modelo, as dívidas são corrigidas pelo que for menor entre a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação oficial do País mais 4% ao ano.
O texto do projeto aprovado pelos parlamentares mantém o formato atual dos juros (IPCA + 4%), mas prevê mecanismos para reduzir e até zerar esses 4% adicionais. Estados que comprovarem “boa situação fiscal” terão direito, ainda, a usar um fundo de “equalização federativa”.
A tentativa de renegociar as dívidas dos Estados se estende pelo menos desde 1993. Em 1997, a União assumiu os débitos dos entes junto ao mercado. Então, os Estados passaram a dever ao Tesouro Nacional. A Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, trouxe mais rigidez ao punir Estados que atrasam os pagamentos.
Fonte: O Sul.
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Fernando Classmann é nomeado secretário adjunto de Desenvolvimento Urbano no Governo do Estado
Fernando Classmann foi nomeado secretário estadual adjunto de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano. Fernando é sobrinho do líder da bancada do União Brasil, deputado Aloisio Classmann; é advogado e foi vereador nos municípios de Boa Vista do Buricá e Santa Rosa, onde atuou como secretário de Esportes. Atualmente é assessor especial da Casa Civil do Governo do Estado, cargo que deixa para assumir a pasta..
Destaque
“Gusttavo Lima quer ajudar o país”, diz presidente do PL em meio a disputa de partidos pelos cantor
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, elogiou à CNN a intenção do cantor sertanejo Gusttavo Lima de entrar na política. Para o dirigente do partido de Jair Bolsonaro, o cantor quer “ajudar o Brasil” e, por isso, merece elogiado.
“Gustavo é um grande cara e quer ajudar o país”, disse Valdemar. “Acho que ele quer melhorar o Brasil. Temos de aplaudir e querer bem quem tem a situação dele e se interessa pelo país”, completou. O aceno do dirigente de direita ocorre no momento em que siglas de centro-direita, como PP e União Brasil, se propõem em filiar o cantor.
No PL, as chances de o sertanejo se filiar e ser candidato a presidente em 2026 são consideradas improváveis.
A escolha do candidato do partido será feita por Jair Bolsonaro, que tem preferência, caso se mantenha inelegível, pelo filho Flavio Bolsonaro (PL-RJ).
Uma eventual candidatura de Gusttavo Lima ao Senado Federal por Goiás, no entanto, é defendida por dirigentes da legenda.
No ano passado, o assunto chegou a ser tratado pela cúpula do partido, mas foi interrompido após o cantor anunciar a intenção de se candidatar a presidente, não a senador.
A aposta tanto de lideranças do PL como do PT é que uma candidatura presidencial do cantor é “fogo de palha”. Ou seja, deve durar por pouco tempo.
Fonte: G1.
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