Alexandre de Moraes abusou de seus poderes no TSE?
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Alexandre de Moraes abusou de seus poderes no TSE?

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Foto: ANTONIO AUGUSTO/SECOM/TSE

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem sido alvo de controvérsia devido às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem agido contra políticos e aliados bolsonaristas, alvo de inquéritos em seu gabinete.

O TSE, responsável por conduzir eleições a cada dois anos e garantir sua integridade, produziu relatórios sobre suspeitos de espalhar desinformação e atacar autoridades, a pedido de Moraes. Esses relatórios foram usados em decisões do STF, como bloqueio de contas em redes sociais, suspensão de passaportes e congelamento de contas bancárias. No entanto, houve críticas sobre a falta de observância das etapas processuais habituais.

Moraes atuou como presidente do TSE em um período de intensos ataques ao processo eleitoral, culminando no 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF. O ministro justificou suas ações argumentando que, como presidente do TSE, tinha autoridade para solicitar os relatórios.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os documentos foram produzidos pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), ligada à presidência do TSE. Mensagens privadas entre assessores indicam que Moraes teria influenciado o conteúdo dos relatórios para atingir alvos específicos e impor determinadas punições.

A BBC News Brasil contatou o TSE, mas não obteve resposta sobre as críticas à atuação de Moraes. A atual presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, elogiou o papel de Moraes, afirmando que ele desempenhou um grande papel nas eleições de 2022. Moraes, por sua vez, nega qualquer ilegalidade, afirmando que todos os procedimentos foram oficiais e documentados nos inquéritos e investigações do STF.

O episódio levantou questões sobre os limites do poder do TSE. Especialistas em direito eleitoral discutem os poderes do tribunal e se houve abuso na atuação de Moraes.

1. O que faz a Justiça Eleitoral?

A Justiça Eleitoral tem uma função distinta de outros ramos do Judiciário. Sua principal função é conduzir eleições e garantir sua integridade, além de aprovar resoluções que regulamentam leis eleitorais e criar novas diretrizes quando necessário, como a restrição ao uso de inteligência artificial nas campanhas.

Além disso, o TSE realiza e fiscaliza as eleições, podendo criar órgãos como a AEED e tomar decisões administrativas proativas. “A Justiça Eleitoral tem funções administrativas significativas e é responsável por organizar e fiscalizar o processo eleitoral”, explica Horácio Neiva, professor do Instituto de Ensino Superior (iCEV).

A presidência do TSE é rotativa entre ministros do STF e outros membros nomeados pelo presidente da República.

2. O que é o poder de polícia? Houve abuso por Moraes?

O poder de polícia é a autoridade para fiscalizar e garantir o cumprimento de normas. No Judiciário, a Justiça Eleitoral é a única com esse poder, segundo o artigo 35 do Código Eleitoral. Esse poder é usado para coibir ilegalidades no processo eleitoral, mas deve respeitar limitações, como a proibição de censura prévia e a aplicação de multas apenas em casos específicos.

Alguns analistas acreditam que Moraes ultrapassou esses limites, usando o poder de polícia para decisões fora do âmbito eleitoral, como bloqueio de contas e multas de ofício, o que não seria permitido pela legislação. Moraes defende que suas ações estavam dentro da legalidade e que o TSE não acionou a Polícia Federal (PF) devido à falta de colaboração desta instituição.

3. O que é a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação?

Criada em 2022, a AEED tem o objetivo de combater desinformação e ataques ao sistema eleitoral. A portaria de 2019 estabeleceu o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que se tornou uma política permanente em 2021. No governo Moraes, a AEED ganhou um caráter investigativo.

Mensagens revelam que Moraes e seus assessores direcionaram o trabalho da AEED, que produziu relatórios sobre figuras como Rodrigo Constantino. No entanto, não há documentos oficiais que confirmem que esses relatórios foram produzidos a pedido de Moraes ou do STF. Críticos apontam que a AEED pode ter sido usada de forma irregular, enquanto defensores afirmam que a atuação do órgão estava dentro dos limites legais.

A BBC News Brasil não obteve resposta do TSE sobre as críticas à AEED. Para alguns especialistas, como Carolina Lobo, o uso da AEED para produzir relatórios sobre conteúdos ilegais está dentro do poder de polícia. Outros críticos, como Deltan Dallagnol, argumentam que o órgão foi utilizado de maneira questionável.

Horácio Neiva considera que, embora a AEED possa produzir relatórios, é controverso se ela estava sendo direcionada para dar uma aparência de legitimidade a decisões do ministro, além do seu papel de monitoramento e combate a ilegalidades.

Fonte: BCC News

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Geral

Bolsonaro compartilha vídeo chamando Marçal de ‘traidor’ e ‘arregão’ após ato na Paulista

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fOTO:© Getty Images
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo em sua lista de transmissão no Telegram, no qual o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) é criticado como “traidor”, “arregão” e “aproveitador”. O vídeo, narrado por um locutor, alega que Marçal tem “medo” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o principal alvo da manifestação de sábado, 7 de setembro, na Avenida Paulista. Marçal, que é candidato a prefeito pelo PRTB, participou do ato, mas chegou quase no final da passeata. De acordo com assessores próximos a Bolsonaro, essa chegada tardia foi vista como uma tentativa de evitar o foco anti-STF do protesto.

No vídeo, Marçal afirma que “não tem problema nenhum com Alexandre de Moraes” e que “não vai arrumar briga com o STF”. O locutor responde: “Pode não ser a sua briga, Marçal, mas é a nossa briga. Brigar pela liberdade de expressão é a nossa briga.”

O vídeo encerra com o locutor alertando que “a direita não pode ser enganada novamente e se dividir”, destacando que isso é “tudo o que o sistema quer”.

Esse episódio intensifica a tensão entre o ex-presidente e o ex-coach, após um período de aparente aproximação. Em nota enviada ao Estadão no sábado, Jair Bolsonaro acusou Marçal de “querer fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros”. Silas Malafaia, organizador do ato anti-STF e aliado de Bolsonaro, também chamou Marçal de “palhaço”. A assessoria de Marçal foi contatada para comentar as declarações, mas não respondeu.

A relação entre Jair Bolsonaro e Pablo Marçal parecia estar se estreitando no final de agosto, com o aumento nas intenções de voto para Marçal. No entanto, na semana passada, o candidato do PRTB apresentou oscilações dentro da margem de erro nas pesquisas, indicando uma estagnação por enquanto.

Fonte: Notícia ao minuto

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Política

Blinken diz que González continua sendo “melhor esperança” à Venezuela

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Foto: Kevin Mohatt/Reuters
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Nesta segunda-feira (9), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, publicou uma mensagem no X reiterando seu apoio ao ex-candidato da oposição à presidência da Venezuela, Edmundo González.

“Os venezuelanos escolheram a mudança. A repressão pós-eleitoral de Maduro resultou em mortes e prisões de milhares de pessoas, e Edmundo González continua sendo a melhor esperança para a democracia”, afirmou Blinken.

Ele acrescentou: “Não podemos permitir que Maduro e seus aliados permaneçam no poder pela força. A vontade do povo deve ser respeitada.”

González busca asilo político na Espanha

No domingo (8), Edmundo González chegou à Espanha após solicitar asilo político no país. Ele afirma ter sido perseguido pelo governo de Nicolás Maduro.

O Ministério Público da Venezuela havia emitido um pedido de prisão contra González após ele não comparecer a três audiências relacionadas a uma investigação sobre a publicação de atas eleitorais. A oposição alega que essas atas mostram a vitória de González, em contraste com o resultado apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral, que não divulgou as atas oficiais.

Nos últimos dias, González procurou abrigo em embaixadas estrangeiras antes de deixar a Venezuela. Inicialmente, ele se refugiou na embaixada dos Países Baixos e, posteriormente, na residência oficial do embaixador da Espanha na Venezuela.

Ele chegou à Europa em um voo da Força Aérea Espanhola na manhã de domingo. O Ministério Público da Venezuela declarou que a saída de Edmundo González do país levará ao arquivamento do processo contra ele.

Fonte: CNN

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Política

Saiba o que pode e o que é proibido durante a campanha eleitoral

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Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
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Desde 16 de agosto, candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador estão autorizados a realizar campanha eleitoral no Brasil. A legislação define as regras que devem ser seguidas, e irregularidades podem ser denunciadas pelo aplicativo Pardal Móvel, da Justiça Eleitoral. A seguir, algumas dúvidas comuns sobre o que é permitido:

Candidatos podem fazer eventos em espaços públicos?

Sim, mas é necessário informar à Polícia Militar com pelo menos 24 horas de antecedência, para garantir a segurança. Se houver carreatas, desfiles de veículos ou despesas com combustível, o comunicado também deve ser enviado à Justiça Eleitoral dentro do mesmo prazo, para controle dos gastos.

Artistas podem apoiar candidatos em apresentações?

A legislação eleitoral proíbe apresentações artísticas em comícios ou eventos eleitorais, e descumpri-la pode ser considerado abuso de poder. No entanto, shows são permitidos em eventos de arrecadação para campanhas. Candidatos que são artistas podem continuar a exercer sua profissão, desde que não façam apresentações em rádio ou TV e não participem de comícios como animadores.

Candidatos podem distribuir brindes?

Não. A distribuição de cestas básicas, roupas, bonés, chaveiros ou qualquer outro tipo de brinde é proibida, pois pode ser vista como compra de votos ou propaganda irregular.

Oferecer lanches em eventos políticos é permitido?

Não. Fornecer lanches em reuniões ou eventos políticos também é proibido, sendo considerado uma forma de compra de votos ou abuso de poder.

Propaganda eleitoral pode ser colocada em postes ou pontos de ônibus?

Não é permitido exibir propaganda em postes, pontos de ônibus, árvores ou qualquer outro bem público. Quem desrespeitar essa regra tem 48 horas para remover o material, sob pena de multa de até R$ 8 mil. A exceção são bandeiras móveis ao longo de vias públicas, desde que não atrapalhem a circulação de pedestres e veículos, além da distribuição de folhetos.

É permitido adesivar veículos e imóveis?

Sim. Em propriedades particulares, como janelas de imóveis, carros, motos e bicicletas, adesivos com até meio metro quadrado são permitidos.

Candidatos podem participar de inaugurações?

A partir de 6 de julho, candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas ou divulgar serviços públicos. Essa medida visa impedir o uso da máquina pública para favorecer candidatos, evitando a desigualdade na disputa.

Candidatos podem visitar escolas?

Não. Assim como os templos religiosos, as escolas são consideradas bens públicos, e é proibido usá-las para promover candidaturas ou realizar atividades eleitorais.

Fonte: Jornal o Sul

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