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Agro brasileiro exportou R$ 1 milhão por minuto em 2020; total no ano foi de US$ 100,8 bi

Receita é recorde em real e segunda maior da história em dólar; embarques do complexo soja e de carnes respondem por mais da metade do valor arrecadado com a venda ao exterior

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Agro respondeu por 48% da exportação total do Brasil em 2020. Foto: Ivan Bueno

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O agronegócio brasileiro exportou o equivalente a US$ 100,81 bilhões em 2020. Em dólar, essa é a segunda maior receita da história, perdendo apenas para o resultado de 2018, quando o setor atingiu US$ 101,17 bilhões. Porém, em real, os embarques renderam mais, por conta da taxa de câmbio elevada.

Antes da divulgação do dado oficial, o professor de agronegócio da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Fava Neves, estimava que os embarques alcançariam de US$ 101 bilhões a US$ 102 bilhões. Em sua análise, ele afirmou que considerando a média do dólar em R$ 5,15, seria possível dizer que o Brasil havia exportado quase R$ 1 milhão por minuto.

“Fiz uma conta a um câmbio médio de R$ 5,15. Isso representa que a agricultura brasileira, nossos produtos exportados, trouxeram ao Brasil ao recorde em reais. São R$ 520 bilhões o que a agricultura do mundo para dentro do Brasil, espalhando desenvolvimento. Isso daí dá praticamente R$ 43 bilhões por mês, R$ 1,4 bilhão por dia e R$ 60 milhões por hora e R$ 1 milhão por minuto”, disse.

Com os dados oficiais, o resultado foi de R$ 985 mil por minuto, segundo apurou o Canal Rural — R$ 519,17 milhões divididos por 527.040 minutos, pois 2020 foi ano bissexto.

Em relação a 2019, houve crescimento de 4,1% nas vendas externas do setor. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a expansão foi resultado do aumento da quantidade exportada (+9,9%), uma vez que o índice de preço caiu 5,3%.

O agronegócio foi responsável por quase metade das exportações totais do Brasil em 2020, alcançando a participação recorde de 48%.

Por outro lado, houve queda de 5,2% nas importações de produtos do agronegócio, cuja cifra foi de US$ 13,05 bilhões. O aumento das exportações e queda das importações resultou em um saldo superavitário de US$ 87,76 bilhões para o setor.

Principais produtos exportados

O complexo soja (grão, óleo e farelo) foi o principal produto da pauta exportadora, com US$ 35,24 bilhões e 101,04 milhões de toneladas.

As carnes ocuparam a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio em 2020, com US$ 17,16 bilhões. As vendas de carne bovina representaram 49,4% desse montante, com crescimento de 11,1% ante 2019. As exportações de carne bovina in natura registraram recorde em valor (US$ 7,45 bilhões) e quantidade (1,72 milhão de toneladas).

As exportações de carne de frango representaram 34,9% do total exportado pelo setor de carnes nos 12 meses, com US$ 5,99 bilhões. Já as vendas externas de carne suína somaram US$ 2,25 bilhões, do quais 94,1% corresponderam ao produto in natura. O montante registrado nas exportações de carne suína in natura foi recorde histórico, tanto em valor (US$ 2,12 bilhões), quanto em quantidade (901,10 mil toneladas).

China foi a principal compradora

Em relação aos compradores, a China adquiriu 73,2% da soja em grão exportada, o que correspondeu a US$ 20,91 bilhões (2,2% superior a 2019). E também foi o principal destino da carne bovina in natura exportada, 54,2% (US$ 4,04 bilhões). O país contribuiu para o crescimento dessas vendas, uma vez que adquiriu US$ 1,35 bilhão a mais do que em 2019 (+50,3%).

Projeções para exportação em 2021

Fava Neves afirma que as exportações têm tudo para superar o recorde do ano passado em 2021, chegando a US$ 105 bilhões. “Lembrando que alguns produtos estão com preços mais altos em dólar e devem continuar assim, compensando assim a valorização do real”, diz.

Balança comercial em dezembro

Em dezembro de 2020, as exportações do agronegócio somaram US$ 7,30 bilhões, recuo de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 7,59 bilhões). A queda ocorreu em função da redução do índice de preço e de quantum dos produtos exportados, que caíram 1,1% e 2,7%, respectivamente.

As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 1,21 bilhão em dezembro de 2019 para US$ 1,35 bilhão em dezembro de 2020, alta de 11,5%.

Os destaques do mês foram milho e açúcar. Os embarques de milho foram de 5 milhões de toneladas ou o equivalente a US$ 945,3 milhões (+33,5%). Três países compraram mais de US$ 100 milhões de milho brasileiro: Egito (US$ 164,39 milhões; +427,4%); Vietnã (US$ 148,32 milhões; +96,8%) e Irã (US$ 119,57 milhões; +91,2%).

As vendas externas de açúcar em bruto foram de US$ 740,08 milhões (+119,3%) ou 2,6 milhões de toneladas. A China foi a maior importadora de açúcar, com US$ 156,84 milhões (+665,3%). Outros países que importaram mais de US$ 50 milhões foram: Argélia (US$ 98,34 milhões; +72%); Malásia (US$ 69,86 milhões); Nigéria (US$ 56,17 milhões; +15,3%) e Emirados Árabes Unidos (US$ 50,69 milhões).

Confira o vídeo do professor Fava Neto:

Fonte Canal Rural
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Agro

Dia de Feira do Peixe em Santa Rosa

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Os amantes de frutos do mar têm um compromisso marcado para hoje em Santa Rosa: mais uma edição da renomada Feira do Peixe. O evento, que tem início às 08h30min com a cerimônia de abertura oficial, promete encantar os visitantes com uma ampla variedade de pescados frescos.

Sob a liderança do presidente Juca Batista, a feira prevê a comercialização de aproximadamente 14 toneladas de peixe.

Ao longo do dia, a feira continuará a receber os visitantes, garantindo o funcionamento normal das atividades. É uma oportunidade imperdível para adquirir produtos frescos e de qualidade diretamente dos produtores locais.

A Feira do Peixe é um evento tradicional em Santa Rosa, que celebra a riqueza da culinária regional e promove o comércio local de forma sustentável, e fica aberta até as 19h.

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Agro

Abertura oficial da Colheita da Soja no Estado é marcada por otimismo

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Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi
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Expectativa de uma safra de soja recorde, com incremento de 71%, em relação ao ano passado. É com esse otimismo que a Colheita da Soja no Rio Grande do Sul foi oficialmente aberta nesta segunda-feira (25/3), no município de Tupanciretã. O secretário adjunto da pasta da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, representou o governo do Estado no ato que reuniu produtores rurais, autoridades, entidades e empresas privadas na Agropecuária Richter.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apontam uma área plantada de cerca de 6,6 milhões de hectares em 426 municípios do Estado. A expectativa é de uma safra que deve resultar em 22,2 milhões de toneladas de soja.

“A frustração das safras nos últimos anos trouxe prejuízos para o município e a região, mas acreditamos que esta deve ser de grande recuperação, com produtividade recorde. Isso reposicionará o Rio Grande do Sul no cenário nacional”, ressaltou o secretário adjunto.

Madalena também citou uma das pautas prioritárias da secretaria, que é a irrigação, e tratou do programa do governo do Estado que vai subsidiar em até R$ 100 mil os projetos de irrigação dos produtores rurais. “A reservação de água e a irrigação devem ser assuntos permanentes, e o governo estadual tem essa discussão como prioridade para que o nosso agronegócio não venha a sofrer no futuro o que já aconteceu em épocas de estiagem”, afirmou.

Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul deve ficar em segundo lugar no ranking de produtividade, atrás apenas do Mato Grosso.

O prefeito de Tupanciretã, Gustavo Herter Terra, destacou que o município sempre liderou o ranking de maior produtor, mas que, no ano passado, em razão da estiagem, a produtividade foi menor. Para 2024, a expectativa é de que a cidade volte a ocupar o primeiro lugar. “Aqui no município produzimos soja em cerca de 150 mil hectares, com produção de 9 milhões de sacas por ano”, contabilizou.

Fonte: Governo do RS/Secom

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Agro

Colheita da soja chega a 3% da área plantada no RS

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Foto: Divulgação
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De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21/03), a colheita da soja avançou para 3% da área cultivada no Rio Grande do Sul.

No período entre os dias 15 e 17 de março, ocorreram chuvas intensas, principalmente nas regiões a Oeste do Estado. Nessas áreas, a continuidade das atividades de colheita e os tratamentos fitossanitários foram interrompidos devido ao excesso de umidade e algumas lavouras apresentaram danos por erosão em razão dos grandes volumes precipitados. Na Campanha, as chuvas foram menos intensas, porém ainda significativas, superando 35 mm, o que foi crucial para mitigar os efeitos da estiagem em municípios que estavam há quase 60 dias sem chuvas expressivas.

A fase predominante no Estado é o enchimento de grãos, atingindo 59%, e a maturação 27%. Os rendimentos iniciais das lavouras precoces variaram de 1.500 kg/ha, nas regiões que estão obtendo menor produtividade e tiveram chuvas insuficientes, a 4.800 kg/ha, nos Campos de Cima da Serra, onde as chuvas foram mais frequentes. A área cultivada no Estado está estimada em 6.681.716 hectares. A produtividade projetada é de 3.329 kg/ha.

Segundo o informe da Emater/RS-Ascar, nas zonas em que ocorreram mais chuvas, os produtores enfrentam dificuldades relacionadas ao excesso de umidade no solo para o trânsito de pulverizadores. Eles também estão preocupados em relação a possíveis perdas por ferrugem nas lavouras que receberam aplicações há mais de 20 dias, pois o período residual dos fungicidas está praticamente expirado. Outro problema, observado em várias regiões, é a infestação de plantas daninhas como a buva e o caruru, revelando falhas no protocolo de controle por meio de aplicações de dessecantes ou por resistência das plantas aos produtos aplicados.

O valor médio da saca de 60 quilos de soja, de acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou em 2,56%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 109,77 para R$ 112,58.

Fonte: Emater Ascar

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