O brasileiro Vinicius Junior foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa nesta terça-feira (17), ao receber o prêmio “The Best”. A conquista, que contrastou com a decisão da Bola de Ouro – onde o espanhol Rodri foi escolhido como o melhor em outubro –, gerou polêmica e pautou a cobertura internacional.

O jornal espanhol Marca foi objetivo ao destacar a vitória de Vini Jr., celebrando seus feitos na temporada e mencionando a controvérsia com a Bola de Ouro. “Depois da comoção na Espanha pelo resultado da Bola de Ouro e a vitória de Rodri Hernández sobre Vinicius, na festa virtual da Fifa em Doha, o troféu vai para o brasileiro”, publicou.

Já o também espanhol Mundo Deportivo enfatizou o primeiro grande troféu individual de Vinicius, chamando atenção para a divergência de critérios entre as duas premiações: “Suas conquistas no Real Madrid, com o qual venceu La Liga, a Liga dos Campeões, e a Copa América com o Brasil, permitiram a ele erguer seu primeiro grande troféu individual, evidenciando a disparidade de critérios, já que, para o júri da Bola de Ouro, o melhor de 2024 foi Rodri Hernández”.

O francês Le Parisien classificou o feito como uma “pequena vingança” para o brasileiro, relembrando a derrota na Bola de Ouro: “Desta vez, é para ele (Vinicius)”.

A emissora britânica BBC relembrou o boicote do Real Madrid à cerimônia da Bola de Ouro, após descobrir que Rodri seria premiado. “É o primeiro prêmio de Vinicius, que conseguiu um final mais feliz para a temporada do que no boicote de outubro”. A emissora também destacou o discurso emocionante do jogador, que mencionou suas origens em São Gonçalo (RJ).

Vinicius Junior tornou-se o primeiro brasileiro a vencer o prêmio da Fifa desde Kaká, em 2007. Na temporada 2023/24, ele foi um dos grandes destaques do Real Madrid, ajudando o clube a conquistar a Liga dos Campeões e La Liga, com atuações decisivas e números extraordinários.

Durante seu discurso de agradecimento, o camisa 7 relembrou sua trajetória e prestou homenagens:

“Parecia impossível chegar até aqui. Eu era uma criança que jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto do crime. Poder alcançar isso é muito importante para mim. Estou fazendo por muitas crianças que acham que é impossível, mas que podem chegar. Agradeço à minha família, que deixou seus sonhos de lado para viver os meus. Ao meu time, que me ajudou a chegar aqui. Quero seguir por muito tempo jogando no Real Madrid, o maior clube do mundo. E, claro, ao Flamengo, que me viu crescer nos campos e nas ruas. Não poderia ter chegado aqui sem o Flamengo.”

Fonte: Jornal o Sul